21 December 2007

E Chegamos ao fim !



Finalmente Chegamos ao fim de 2007 !
Realmente, este ano foi um absurdo de complicação ! Nunca trabalhei tanto ! Nunca foi tão complicado explicar e se fazer entender ! Em 2007 não foram poucos os momentos em que achei que não dava mais e que era hora de chutar tudo para o alto !
Mas graças a Deus, 2007 também foi o "Ano da truta e do Black Bass". Tive a sorte de realizar pescarias fantásticas, de aprender muita coisa nova, de conhecer novas pessoas !
E por tudo isso sou muito grato, pelas dificuldades superadas e por todas as alegrias  de 2007!
Logo, Ficam aqui, meus sinceros votos de Feliz Natal e próspero Ano novo ! Em especial a todos com colegas pescadores que diariamente acham um pouco de tempo para frequentar os fóruns de Fly na Web !
Dentro em breve, estarei de volta, com muitas novidades no blog, e com muito material preparado para os posts de 2008 !
Até !
JGZR

O antes e o depois

Uns 4 anos atráz, eu era +- assim :


 
Só pescava em PP, sequer sabia manusear o peixe de maneira decente, ou pior ainda, manusear o próprio equipamento de pesca... Pela cor da minha camiseta na foto, dá para imaginar o tamanho das asneiras que rolavam .

Hoje em dia, Graças ao bom Deus, estamos em constante evolução então, sou +/- assim :



   É, eu sei, a barriga não mudou nada ! 

Deixar de pescar, e engajar na pesca esportiva, é mais ou menos como deixar de jogar futebol na rua com bola de capotão, e começar a jogar em um time sério (não necessariamente profissional) , com uniforme, objetivos e principalmente dedicação.  Para muitos, o futebol de rua é e sempre será muito satisfatório, e estes nunca vão mudar. Porém para outros, é só uma fase bacana, mas que entrou na memória e lá vai ficar !

Não tem nada de errado com um e muito menos com o outro, é apenas uma questão de achar o seu jogo. Mas uma vez que o processo de evolução é iniciado, é impossível de deter seu avan'

20 December 2007

Envelhecendo




Estava pensando esta semana que agora no mês de dezembro, creio que completaram uns 4 anos que pesco com mosca quase que exclusivamente. Quase que exclusivamente por quê nos primeiros meses após a compra do meu primeiro conjunto de fly, eu pescava bastante com molinete e varinha de mão.

Parece que o tempo não passou, tenho a impressão de que descobri o fly há apenas alguns poucos meses. Ainda bem que tenho fotos ! As fotos não me deixam enganar pela memória ! Muitas fotos de paisagem, algumas fotos de peixes (sem photoshop !), diversas novas amizades, e muito aprendizado, não apenas técnico, mas sobre a natureza, rios e lagos, peixes e as tantas espécies de seres vivos que habitam as águas. E do delicado equilíbrio entre natureza e o mundo moderno. Enfim, o fly vêm sendo uma tremenda de uma viagem !

O que aprendi nestes poucos anos de pesca com mosca é que arremessar, ou castear o no dialeto mosqueiro, é uma das coisas mais legais de se fazer, seja praticando no gramado, seja pescando em PP com raçãozinha de EVA, ou apresentando uma mosca seca no rio Silveira.
Praticar e estudar são atividades importantes, e devem ser engajadas, porém é muito mais importante desfrutar da pesca com mosca e de tudo que ela oferece : Amizades, viagens, paisagens incríveis e o precioso tempo para se escutar o silêncio da natureza.


18 December 2007

Bead Head Prince

Até minha primeira ida a Ausentes em 2005, eu nunca tinha atado nenhuma mosca, ou sequer conhecia o processo de se fazer uma mosca. A única coisa que de fato eu fazia, e que não tem nada a ver com atado, era fazer umas rações de cortiça com anzolzinho meia boca cola bonder. Claro, não é atado !
De fato, eu não queria atar ! Logo para essa 1a empreitada, comprei todas as moscas do Gregório e de mais alguns figuras. Eu também não conhecia muita gente do fly na época, não freqüentava os fóruns online etc.
Porém, nessa 1a empreitada em Ausentes,  O Beto Vaucher levou todo o seu material de atado. Quando vi todo aquele material, pensei comigo : "Esse lance de atado, realmente não é para mim.". Logo na primeira noite em ausentes, após a janta, o Beto puxa a morsa, prepara as ferramentas, e ata um bead head prince, de maneira muito calma, quase que um tutorial.
Depois de umas duas ou três moscas, eu ainda pensava : "Realmente esse treco de atado não é comigo" !
Para encurtar a história, quando voltei para a realidade depois de uma semana pescando e descansando em ausentes, comecei a prestar mais atenção no atado, comecei a dar uns "googles" em receitas e tutoriais na web, fazendo umas pesquisas de preço aqui e ali... Surgiu uma morsa (do Nelsão) no escambo da carterva, compra umas ferramentas aqui, improvisa uma tesoura ali e BUM ! Tá aqui mais um viciado em atado ! E Honestamente, tudo começou vendo o Beto Vaucher e mais alguns colegas lá em ausentes atar uma bead head prince, depois umas wooly buggers, wooly worms e pancoras.
A Bead Head prince, ou apenas a prince (sem o bead) é uma mosquinha (alguns chamam de ninfa, outros de wet fly) coringa, pode ser atada com lastro também. Não é tão simples de se atar, mas é um padrão de mosca que se você praticar legal, te dá todos os fundamentos para atar moscas mais complicadas. Por fundamentos aqui quero de fato dizer coisas como : prender o material no anzol, enrolar o peacock herl, acertar a posição do biot (biot em V é punk no começo), acertar o hacklezinho ralo antes do bead também.
E o mais legal da prince (com ou sem bead) ela funciona sempre ! Junto com a montana (a Montana eu abordo outro dia) são as duas moscas que salvam a pescaria ! 
Segue um link (hoje sem youtube hehehe) de um tutorial, com fotos bem nítidas do passo a passo do atado da bead head prince !  

17 December 2007

Peacock Herl


Quando me propus a atar minhas primeiras moscas, eu não tinha um roteiro definido do que eu iria atar ou ainda de quaisquer técnica a seguir. Inclusive já tratei deste assunto aqui no blog alguns posts atráz. 

Porém, um dos materiais que mais me chamava a atenção no começo da atividade era justamente o Peacock herl. Sempre achei mutio bacana o brilho do material, e o efeito que ele dá nas moscas no geral. A tonalidade e o brilho que ele traz a mosca é tão natural que sempre me impressiona.

A grande sacada do peacock, é que ele é um material que engana muito bem também ! Inicialmente, você pode imaginar que qualquer peacock server para atar, vai e compra muita pena em loja de artesanato, Caudas inteiras, afinal é tão barato né ?! Cinco Pilas e você faz a festa né ? 

Não é exatamente assim, quando você compra um material em lojas de artesanato, este geralmente possui fibras mais fracas, o que ocasiona o constante rompimento da fibra durante o atado, que diga-se de passagem, é realmente muito irritante. Notem que não estou dizendo que todo peacock comprando em loja de artesanato é ruim, sempre tem uma meia dúzia de fibras que dá para usar, porém a relação custo benefício se altera um pouco.

O peacock herl produzido para o atado, é longo, tem excelente resistência a tração, e via de regra tem uma cor muito mais vívida, de um verde bem intenso. O curioso que só descobri isso a muito pouco tempo, alguns meses de fato. E Acreditem, faz toda a diferença do mundo ! Outro fator pertinente também é o preço, a quantidade de fibras que vem em um pacote de peacock para atado, no caso específico da hareline (sem jabá aqui heim galera !), vem muita fibra, é notório que o material passou por uma seleção, as fibras tem o mesmo tamanho, ou uma variação muito pequena. 

Na hora de atar faz toda a diferença também. É muito difícil de quebrar, e enrola muito facilmente, tornando o atado de corpos de ninfas e dries em peacock muito mais simples e ainda fornecendo um resultado mais vistoso (aos olhos do atador claro, já do peixe não sei). 

Outra coisa que aprendi semana passada (enquanto atava uns stimulators) e prender todas as fibras de peacock herl ao anzol e segurar a outra ponta com um hackle plier, usando este para "torcer" as fibras levemente entre si, e só depois enrolar estas no corpo do anzol.

Mais uma vez recorro a um videozinho do Youtube para demonstrar a técnica. Geralmente escolho vídeos onde o atador fale pouco, ou que seja mais simples de entender, porém não achei nenhum simples o suficiente desta vez. O Cara fala muito, porém, imagino que a demonstração da técnica não necessite de muitas palavras, é realmente muito visual.

Espero que gostem !

15 December 2007

Pouca Luz

Sempre Gostei de fotos feitas em "B", ou ainda em baixa velocidade. Acho muito interessante o que uma foto feita com longa exposição revela um panorama um tanto mais curioso na minha perspectiva.

Este tipo de fotografia, demanda muito mais do fotógrafo do que as feitas com a utilização de um flash ou ainda com auxilio de luz auxiliar. Coisas como um bom tripé, e um disparador a distância são obrigatórios nesta modalidade. No entanto, levar um tripé numa viagem de aventura ou ainda em uma pescaria é um tanto incômodo, e dai, como diz a suposta sabedoria popular : "A gente fazemos o que a gente podemos"

Um dos lugares mais perfeitos para este tipo de fotografia é a Caverna do Diabo, localizada no vale do Ribeira (+/- 3hs de Cananéia). A Carverna dispõe de diversas formações rochosas impressionantes e muito curiosas.

Abaixo, segem duas fotos que fiz utilizando uma máquina fotográfica digital compacta, sem tripé, com tempo de exposição de até 3 segundos prendendo a respiração e rezando para a foto sair boa !

Pedra Translúcida



Formação "Bolo de Noiva"

14 December 2007

Pesca com Mosca na TV Chilena

Um dos meus sites preferidos de pesca com mosca é o excelente Rios y Senderos totalmente dedicado a pesca na patagônia em 99% dos casos Patagônia Chilena. Parada obrigadória para quem um dia pensa em uma aventura patagônica.

Semana passada, enquanto dava um rolé pelo site, vi o anuncio de um programa de TV totalmente dedicado a pesca com mosca. E o mais curioso, o programa vai ao ar em TV Aberta !!!

É possível, via YouTube, ver alguns trechos de menos de 1 minuto de cada uma das edições tanto da temporada 2007 como da 1a temporada 2006. Também estão a venda em DVD todos os episódios da temporada 2006. 

Vale a pena dar uma conferida nos traillers disponíveis na net !  Aqui segue dois clips que dão uma boa idéia da produção e do conteúdo animado do programa !

Segue também o link da produtora dos programas também !






13 December 2007

Atado simples e eficiente


Com já mencionei anteriormente, o atado pode ser feito para pescar ou para exibir, como atividade complementar à pesca com mosca ou assumir um papel mais artístico. A linha que separa estas duas vertentes é um tanto tênue e muitas vezes difícil de ser percebida pelo pescador/atador.

Por isso, acho muito interessante as mosquinhas mais simples, que utilizam poucos materiais, com infinitas variações de tamanho, cor e peso. Por exemplo, cito as ninfas mais utilizadas para se pescar em lagos. São, em sua maioria, super simples, e utilizam não mais de 3 ou 4 materiais distintos e em sua maioria sintéticos.

Para ilustrar este tipo de mosca, selecionei uns videozinhos do YouTube que ensina a atar uns Chronomids, o primeiro mais simples e o segundo, uma variação um pouco mais complexa.

Há ! Já esta me esquencendo... Este tipo de mosca é muito interessante para tilápias na natureza !





11 December 2007

Os Dilemas de um líder !


   Provavelmente devo estar plagiando algum título de livro de auto-ajuda para empresários, gerentes e etc... Porém, acho que cabe bem ao que gostaria de por em pauta hoje.

O líder, forma o elo entre a mosca e o Fly Line, desempenha um papel crucial tanto no arremesso quanto na apresentação da mosca seca, ou ainda (descobri recentemente) na eficiência do arremesso de iscas mais volumosas. Mas dai bate a pergunta : Que líder usar para que ?

Se você digitar no google : "Fly fishing leader receipt", com certeza você passará o resto de seus dias lendo receitas diferentes de leaderes, de muitas bitolas para muitos peixes diferentes, para moscas secas, para Czech nimphing, para bass bug, para pescar na amazônia e etc...

Na minha concepção simplista sobre o assunto, acredito que um bom começo é usar lider de monofilamento, atado por você mesmo, de até 4 partes, sendo que o de 3 partes é muito mais recomendado nos primeiros meses. Uma receita interessante e bem genérica para diversas pescarias seria, mais leves seria :
  • 0,40 (60%)
  • 0,30 (20%)
  • 0,20 (20%)
Onde as porcentagens indicam de fato a metragem em relação ao tamanho final do lider. Para um lider mais parrudo, troca-se as bitolas do monofilamento na mesma proporção. Outra dica seria não utilizar leaderes de comprimento superior ao da vara. 

Com o tempo, e conforme o seu cast for evoluindo, suas necessiades de leader também vão mudar,  e é neste momento que você começa a desenvolver suas próprias recitas de leaderes de acordo com suas necessidade de pesca. 

Temos que ter sempre em mente que a função do líder em todo o sistema, é suavizar a transferência de energia (gerada pela vara, transmitida pelo Fly line) de maneira a proporcionar uma apresentação suave da mosca. Outro fator, é que um líder, quando bem balanceado com o resto do equipamento proporciona grandes melhoras no cast. 

Quer fazer a prova dos 9 ? Faça um líder de apenas duas partes 50/50, execute alguns arremessos, repare na formação do loop. Depois pegue um líder de 3 partes, como o da receita acima, e repita os arremessos, repare no loop. Depois, caso você tenha um lider cônico em mãos, faça uns arremessos com ele também, repare no loop e tire suas conclusões...

Claro que existem técnicas e técnicas e tudo mundo é diferente e tem uma opnião diferente a respeito deste assunto, procurei expor acima, como achei o lider ideal para minhas pescarias do dia a dia... O fato é que para começo de conversa, temos que partir de uma receita conhecida, como esta que apresentei acima. No livro do Paulo Cesar (pescando com mosca) tem boas receitas de líders para diversas finalidades, bem como uma excelente explicação de que tipo de monofilamentos utilizar entre outros.

Na minha concepção, os lideres cônicos são show de bola, o que há de mais bacana no mercado, e ainda duram um tempão, pois você só troca a pontinha ! Em segundo lugar os lideres feitos em monofilamento com nós feitos em casa, e em 3o. o líder trançado, que só uso para streamers e pescarias um pouco mais pesadas, não sei ao certo, mas realmente não me adaptei aos leaderes trançados, e curiosamente todo mundo parece gostar deles.

10 December 2007

Clínica de Atado com Gerson Kawamoto.


No dia anterior a clinica de Arremesso, o Betinho também promoveu uma clínica de atado também com o Gerson Kawamoto, seguido de um belo almoço e também, claro, muita conversa, muita história de pescaria e muita informação sendo compartilhada !

O foco da clínica foi o atado de moscas secas, principalmente, utilizando materiais sintéticos como o EVA, material de brilho e coisas simples de se achar no mercado brasileiro.

Além das três moscas apresentadas durante a manhã, após o almoço o Gerson voltou a morsa e mostrou algumas outras variações agora em anzóis bem pequenos (bem menores que 20 e 22).

O que mais aprendi nesse dia foi  simplicidade ! A simplicidade de se atar moscas secas, em azois pequenos, usando materiais simples, de fácil acesso, e que além de tudo são muito eficientes. 

Segue então, um slide show com as fotos que fiz durante a clínica. 



09 December 2007

Domingão de Atado




Em função de manter todos os neurônios, evitando a morte celebral por inanição televisiva, aproveitei a tarde de hoje para atar algumas mosquinhas que pretendo utilizar na próxima empreitada patagônica.
Eu gosto muito de atar Stimulators, não sei exatamente o por quê... Tá certo que ano passado elas foram muito produtivas, cheguei a pegar diversas trutas com a mesma mosca.  
De maneira geral, Stimulator, como o próprio nome já diz, é uma mosca "Original", ou seja não imita inseto nenhum, porém tem características muito atrativas a diversas espécies de peixes, em especial as trutas.
Seguem as fotos do Stimulators que atei hoje ! Espero as críticas e sugestões de todos !!








08 December 2007

A província de Neuquém


A todos os colegas que sofrem da febre pré Patagônica !! Achei esse videozinho (no youtube claro) que mostra muito bem os principais rios de Neuquém (Chimerruim, Malleo, Alumine) e além de tudo é muito bem produzido !




Ninfas Genéricas que funcionam muito bem

Neim só de woolly bugger e Dry fly vive o mosqueiro certo !? De fato, as ninfas midges e larvas representam a maior fatia do sucesso nas pescarias tanto de trutas quanto de tilápias e até de lambaris.

Separei aqui, dois vídeos do youtube de ninfas simples de serem atadas e muito eficientes na pescaria :

1o Uma ninfa marron Genérica, 




2o. A famosa e muito efetiva hares ears aqui com Bead Head !




07 December 2007

A difícil equação da pescaria !


A semana toda passou chovendo, A previsão do tempo jura de pé junto que amanhã faz sol e tempo bom, A pressão atmosférica Tá variando mais que a cotação do dólar em mês de eleição presidencial. Só para ajudar, ainda estou meio atacado de sinusite.

Tem duas grandes pescarias chegando, uma de fim de ano, a já tradicional pescaria de robalos em Cananéia, e se tudo der certo, mais uma empreitada patagônica logo no começo do ano ! Ou seja Tem bastante coisa para atar...

Arrisco a Pescaria ? (Claro ! Pesca é pesca !) 
E se chover  ?  (Se molha pô)
E se a sinusite piorar ?  (Daí não tem birita na Praia)
E se a água estiver suja e não pegar nada ?  (São os ossos do ofício)
        E se for a melhor pescaria de todos os tempo e eu não for ? (dai sim estou lascado !)

A razão pergunta, e a vontade de pescar responde...

06 December 2007

Adams & Adams Parachute

O padrão de mosca seca Adams e sua variação com o hackle em forma de parachute, talvez representem a forma de mosca seca mais popular do mundo mosqueiro.

Contando com diversas variações de cor e tamanho, é fatal para os pequenos e vorazes lambaris e deixam as trutas malucas e com um pouco de sorte também mandam bem na tilápia.

Gosto bastante de atar este padrão, tanto a regular, quanto a com hackle em parachute, e para dividir com todos os colegas mosqueiros, segue dois vídeos do YouTube, o primeiro mostrando como se atar uma adams parachute, e o segundo mostrando como se fazer o Hackle



05 December 2007

Coma mais Salmão !! Salve as reservas naturais do Alaska !!!


Eu sei, eu sei, salmão é bem caro ! Principalmente salmão do atlântico, para nós brasileiros o custo é absolutamente proibitivo.
Porém o título do post é uma tradução livre do Slogan de uma campanha contra a instalação de uma mineiradora de ouro em Bristol Bay no Alaska. A instalação destruiria os principais rios salmoneiros (running salmons), sendo que estes rios são os últimos que restam a espécie (ou espécies) de salmão. Sem contar demais danos ao meio ambiente ao redor dos rios.
A associação para a conservação dos meios naturais no Alaska, formada por pescadores esportivos, nativos e a indústria pesqueira, entoam a mesma canção de protesto contra a criação da mina.  
Bristol Bay, atualmente é protegida por leis rígidas de pesca e caça, aplicáveis tanto a pesca esportiva quanto a pesca profissional. Inclusive os Nativos obedecem as temporadas de caça e pesca.  Atualmente, a pesca profissional do salmão, é a principal fonte de renda da população local, que tem enraizada em sua cultura a pesca e o processamento do pescado bem como a posterior venda aos mercados americanos e europeus. 
Uma vez que as temporadas de pesca são estabelecidas em função do ciclo de vida do salmão bem como dos costumes nativos. A pesca é um recurso natural renovável que tende a perdurar por gerações.
Em contra-partida, a mina de ouro, teria vida útil de 50 anos, empregaria 5 vezes mais trabalhadores do que a indústria pesqueira, e durante sua operação despejaria litros e litros de agentes químicos nos rios da região. Destaque aqui para o cianureto de potássio utilizado no processo de mineração.
A população que é a favor da mina de ouro, alega que os benefícios em termos de desenvolvimento local, bem como os novos negócios gerados pela mina são imensamente superiores aos gerados pela pesca, turismo e caça. E que uma vez que esta nova infra estrutura seja estabelecida, ela deve perdurar, logo a região em si não mais necessitaria de seu meio ambiente para o sustento da população.
Já a parcela da população formada por famílias de pescadores, guias de pesca e caça, defende a idéia que não há patrimônio maior que o meio ambiente, e que a industria de pesca como está estabelecida hoje, pode sim sustentar um crescimento de recursos e serviços na região de maneira controlada. 
Para provar que é possível sustentar a região com a pesca profissional e demais atividades voltadas ao turismo. A população local de pescadores, lançou a campanha : EAT MORE SALMON !! And save The Bristol Bay !
Aumentar o valor do Salmão defumado no mercado, é a alternativa mais viável de manter toda a região de Bristol Bay como é hoje : um santuário de pesca e caça controlado e manipulado pela população local que faz da conservação do meio ambiente seu meio de sobrevivência.
Será que um dia teremos que comer mais robalo para preservar a espécie ? Será que um dia teremos temporadas de pesca controladas e principalmente fiscalizadas ? 





04 December 2007

Impressionistas, Realistas e semi acabadas...



Que o Atado é uma forma de arte, ninguém discute. Desde uma simples mosquinha tipo uma San Juan Worm até uma Silver Doctor clássica, todas as receitas demando, aprendizado, prática e de certa maneira um estado de espírito um tanto "Zen" durante as sessões de atado.
Escutando o Excelente programa AskAboutFlyFishing.com onde o convidado era o Gary Boger, que tem credenciais de sobra quando o assunto é atado : Doutor em biologia, tem diversos livros publicados especificamente sobre insetos, é "Designer" the moscas para a Umpaqua, ministra cursos, tem dvds e livros editados sobre a arte do atado. De maneira resumida : "O Cara é Fodão !"

O fato, é que o Sr Boger, faz uma grande distinção entre moscas realistas e moscas impressionistas, defendendo que o atado voltado a pesca deve ser muito mais impressionista do que realista. 
Uma mosca impressionista, tem por objetivo imitar os aspectos mais proeminentes do inseto que está sendo imitado. Já a realista objetiva copiar de maneira detalhada um determinado inseto.
Para uma mosca impressionista, aspectos de simetria, principalmente a relação entre o tamanho do hackle e o comprimento do anzol, ou ainda, o formato do corpo em relação ao tamanho da calda da mosca (caso ela tenha cauda claro), é muito mais importante do que detalhes de cores e etc...

Uma  estratégia interessante do Sr Borger é a recomendação de levar moscas Semi acabadas para a pescaria ! Por exempo, vc leval uns azois com deer hair atado como se fosse um hair ball grossamente aparado, mais uns hackles... Chega na beira do rio e derrepente se depara que você não em uma mosca no formato que os peixes estão buscando... Dai você saca seu Pseudo Hair ball, corta ele no formato desejado (no exemplo que ele deu, um grilo), mesmo que grosseiramente e manda um cast ! 

Talvez, para mim, essa história de moscas semi-prontas para pescarias seja um pouco demais. não sei se teria a paciência ou ainda a habilidade de aparar um hair ball de maneira que este fique parecido com um gafanhoto, atar uns rubber legs no meio do rio deve ser bem complexo.
Quem sabe um dia...

03 December 2007

Bimini Twist !


Nas palavras de Mel Krieger, no vídeo "40 Years Fishing in Patagonia", "Se você quer certeza que seu nó é forte o suficiente para aquela Truta marrom do Rio Grande, só existe um nó que nunca abre - Bimini Twist

O Bimini twist é amplamente utilizado, não somente no fly, em pescarias em água salgada onde se perseguem peixes grande, como Marlins, Galos, ou ainda peixes popularmente conhecidos por sua força nos primeiros instantes da briga. 

Eu tenho dedicado um certo tempo a aprender este nó. Na realidade, não tenho problemas com os nós que uso em minhas pescarias semanais, já faz algum tempo que não tenho problemas de nó aberto e etc... Porém, tenho pensando muito em tentar as carpas gigantes da fazenda Kiri (nunca vi ninguém tirar uma das grandes mesmo em qualquer modalidade de isca artificial), e se eu der a sorte de fisgar uma delas, realmente vou querer ter certeza que o nó vai aguentar a empreitada !

Para ilustrar o Post, mais um vídeo do YouTube, ilustrando em 3D como executar o bimini Twist !

 



02 December 2007

Memórias


Até começar a decolar umas mosquinhas, eu nunca tinha entendido por quê, os personagens do Ernest Hemingway de maneira geral, sempre referenciam experiências anteriores durante o preparativo de novas aventuras, mas nunca com fatos concretos sobre a atividade, quero dizer, eles nunca mencionavam, o tamanho do anzol, ou a linha ou a faca que usaram em suas aventuras. Mas sempre os companheiros de aventura, os assuntos discutidos, as conversas e controvérsias.

 Hoje, acho que entendo o que o Sr. Hemingway quis de fato mostrar através, de seus personagens.

Vendo a coleção de fotos que fiz em 3 anos de pescarias em São José dos Ausentes, consegui constatar que pouco me lembro de que mosca pegou que truta, o tamanho do tippet, a ação da vara e etc...

Porém, e de maneira muito viva em minha memória estão, todas as conversas que tive com enquanto caminhava a beira do rio Silveira, ao longo das sessões de atado e tudo mais.

No vídeo que segue, procuro passar um pouco destas memórias, a todos os colegas que também já estiveram por aquelas bandas.



01 December 2007

Tucunaré em Miami

Não, você não leu errado o título do Post... 

Depois de escutar no excelente podcast AskAboutFlyFishing.com sobre a pesca de Tucunaré em Miami, e em alguns outro lugares da Flórida fiquei um tanto intrigado. Tucuna é uma espécie tipacamente sul americana. O que tucunas estariam fazendo em Miami ? Visitando o Mikey ?

No mesmo programa, minutos depois, vem a resposta, o entrevistado explica que os Tucunas de Miami, são transplantes originários de diversos pontos da Amazônia

Abaixo, segue mais um vídeo que mostra alguns mosqueiros gringos pescando os transplantes...





29 November 2007

Livros, livros e mais livros


Uma coisa que sempre me perguntam, é sobre livros, livros de pesca com mosca, livros de atado e por aí a fora.

Bom, eu tenho um certo problema com livros, leio todos que caem na minha frente (e que posteriormente são debitados no cartão de crédito). Leio de tudo, ficção, temas ligados a ciência da computação e, claro, livros de pesca com mosca !

Hoje, temos o Livro do Paulo Cesar (Pescando com mosca) em lingua portuguesa, porém, meia dúzia de anos atraz só livros em inglês. Bom, tornando uma longa história curta, li muitos livros de fly em inglês, tanto de atado, quanto de cast bem como sobre nós de pesca e nós específicos de fly.

Um fato interessante sobre comprar livros importados, é que livros não são taxados pela receita federal. Ou seja, você paga, o valor do livro e o frete para o Brasil, e recebe o livro na porta da sua casa.

Para facilitar a vida, criei uma lista de livros no site www.amazon.com contendo todos os livros de Fly que já tive contato ou que ainda tenho em casa.

Para acessar a lista, basta clicar aqui !

28 November 2007

Extremos em atado

Srs, hoje, enquanto voltava para casa, vim pensando em como o atado pode ser uma atividade mais simples, ou ainda muito mais complicada. 

Talvez seja como a fotografia, Tirar foto todo mundo tira, Agora construir uma imagem, escrever com a luz é uma arte para poucos fotógrafos obstinados que perseguem a perfeição em cada click. 

No atado não é diferente, Atar qualquer um ata, é uma questão de aprendizado, prática e em pouco tempo você está atando algumas moscas que já são bem usáveis em pescarias. Porém é para poucos a arte de atar ou ainda criar as moscas para pesca do Salmão do Atlântico. 

As moscas de salmão são um tanto exóticas e usam, em sua maioria, materiais exóticos, caros e raros de serem encomtrados. 

Hoje procuro ilustrar esses dois lados do atado com dois vídeos. O primeiro de tão simples que é chega até a ser meio ridículo uma minhoca marron atada com uma tira de chenile... Já o segundo é uma coleção de fotos de "Salmon Flies" exóticas e que acredito não são feitas para pescar, e sim para concursos de atado ou como objetos de decoração.





 

27 November 2007

Fogon Mosqueiro - Pesca com mosca ao estilo Latino !

Chamar os colegas argentinos, que compõe o fogon mosquero de um grupo de pescadores que trocam idéias pela internet, é uma simplificação grosseira de tudo que este grupo faz na Argentina, e mundo a fora pela internet.
Tudo começou com uma lista de mensagens via email (prática comun e anterior a criação dos softwares de fóruns online). A qual foi evoluindo, virou grupo de discussão sediado no Yahoo, depois um site, já a algum tempo uma revista digital.
Além de toda a atividade que toma corpo na internet, o grupo ainda promove um evento de base bimestral ou trimestral, chamado de Angus Castle, com o intuito de reunir toda a comunidade de mosqueiros para que além da habitual troca de idéia, um dos propósitos do encontro é que os pescadores levem seus equipamentos e disponibilizem para que todos os participantes possam "Castear" um pouco, entrando em contato então com uma boa diversidade de equipamentos.
Muitos dos que vão ao Angus Castle pela primeira vez, buscam justamente isto, testar diversos equipamentos distintos antes de comprar um equipamento novo.  Além do mais, sempre tem alguém mais experiente disposto a observar seus casts e lhe contar o que está acontecendo de errado !
Um capitulo a parte sobre o Fogon, é a revista que o grupo, produz e distribui gratuitamente na internet, no formato PDF e em duas resoluões (Alta com uma qualidade impressionante e uma em baixa resolução que quebra bem o galho)




Este mês a Galera do Fogon, ainda está promovendo um concurso internacional de fotografia, totalmente dedicado a temas ligados a pesca com mosca !

Em resumo, vale a penha conhecer o site do fogon, baixar a revista e ao menos tentar ler a revista (ou ver as figurinhas hehehe) 

26 November 2007

Clinica de Cast Com Gerson Kawamoto

No meio deste ano, tive o prazer de participar de mais uma clínica de arremessos presidida pelo Colega Gerson Kawamoto, e promovida pelo Betinho.

Foram dois dias de clínica, no primeiro dia, o foco foi o atado de pequenas moscas secas (o qual, deve ser assunto para um próximo post) e no segundo dia, a tão esperada Clinica de Arremesso !

O Gerson, como sempre muito paciêncioso, ia de aluno em aluno, focando de maneira a ensinar cada um dos presentes aquilo que o aluno precisava ou ainda almejava a aprender.

No meu caso, procurei focar nas técnicas de Roll Cast, de maneira a formar a base para aprender as diversas técnicas de Spey Cast. Coisas como o D-Cast, Snake Cast, Snap D e por ai a fora.

Ao fim do dia, o Gerson deu um pequeno resumo "ao vivo" de algumas das técnicas, as quais tentei fotografar em sequência, de maneira a ilustrar o dia de aprendizado. Bom, juntei toda a sequência de fotos, coloquei um Blues de fundo e coloquei o vídeo no YouTube para dividir com o resto dos mosqueiros !




Caso você tenha a oportunidade de participar de uma clínica com o Gerson, ou mesmo de um treino, não deixe a oportunidade passar !!  De Corrigir a forma como você empunha a vara até os famosos Roll Casts e Spey Casts e ET Casts (hehehe) com certeza, todos temos muito a aprender com o Colega Kawamoto !


25 November 2007

Atado - mais videos tutoriais


Seguem mais algums vídeos com tutoriais de atado, hora do youtube, hora do hook.tv ?
Woolly Bugger !



Phesant Tail - A receita clássica ?



Lefty Deceiver (com direito a ver o Lefty Krieg dando uma lambida na mosca no fim !)





Técnica - Como atar um Anti Enrosco :






Da Janela...

Moro na mesma casa, há mais de 20 anos, e uma das coisas que mais gosto aqui em casa é a vista da janela do meu quarto.  Durante anos, ela vem se alterando, se urbanizando, porém ainda me considero um sortudo, pois ainda tenho linha do horizonte.

Quando morava em SP capital, uma das coisas que mais me dava a sensação de claustrofobia, era abrir a janela do apartamento e dar de cara com outro apartamento. Ou ainda abrir outra janela não ter horizonte, só aquela massa cinzenta e pesada. E o pior que depois de alguns anos, você se acostuma com isso... e esquece como é bacana ver a linha do horizonte.

Aqui algumas fotos da minha janela...








23 November 2007

Elk Hair Caddis - Parace simples, mas...




Sendo muito honesto, a primeira vez que vi essa mosca pensei comigo "Esse treco não funciona, coisinha insignificante, desajeitada, parace um cavaco de madeira !" Porém "Quem vê mosca não vê ação " (eita trocadilho bem forçado né ?!)

Enfim, ledo engano o meu ! Talvez a Elk hair caddis seja a mosca seca que mais trutas me rendeu ao longo do tempo. Ir a Ausentes ou a Patagônia argentina sem Elk's na caixa é quase um sacrilégio.

Porém esta não seria a última vez que eu negligenciaria este padrão. Quando comecei a atar moscas, por um bom tempo me ative as woollies, depois as ninfas, wet's e etc... Depois de uns meses atando esses padrões que naquele instante achei mais simples, resolvi então tentar atar umas mosquinhas secas.

Para tanto, comecei a pesquisar as receitas de mosca seca, bem como os diversos sites que oferecem tutoriais passo a passo, com o intuito de achar um padrão que :
    1. usasse materiais que eu tinha disponível.
    2. exigisse poucos passos no preparo.
Bom, quando você olha tanto a lista de materiais da Elk Hair Caddis quanto o número de passos que esta exige, ela te engana direitinho, pois os materiais são poucos e mais simples de serem encontrados (tirando o Elk que na época foi complicado) os passos são poucos também.

Porém a técnica exigida em alguns dos passos da mosca, são realmente complicados de se executar. A técnica que mais me exige treino e atenção é justamente a aplicação do ELK sobre o anzol. A sacada atar o ELK de maneira que ele não "abra" ficando , em termos mosqueiros, "Esgarniçado". E é aqui, neste passo, que depois de infinitas tentativas, você passa a valorizar um bom bobbin, um que realmnete exerça pressão na linha, que dê firmeza em cada volta.

Esse passo exige muita prestreza por parte do atador, exercer a pressão sem "forçar" o fio para uma determinada direção , bem como alternar voltas de fio com mais e menos pressão vem representado a chave do sucesso para o atado desta mosca. Porém, de cara 5 Elks atadas hoje em dia, duas são sumariamente descartadas na base da gillete ! (Mosca ruim não voa !).
Enfim, treino e persistência levam ao aprimoramento, um dia chego lá !

Outra coisa interessante, que aprendi com um guia na patagônia argentina este ano, foi subistituir o dubbing que compõe o corpo da elk hair , por um material sintético o qual absorva menos água, e que permita então que a mosquinha permaneça na superfície por mais tempo, "Pescando Mais", como diria o Mário Zuniga ! A primeira sugestão dele foi usar alguns fiozinhos de brilho, a qual dá muito certo.

Com base nessa primeira experiencia com fios de brilho, fui testando outros materiais sintéticos de grande fluabilidade, Folha de espuma (aquela famosa que vem em produtos eletrônicos), Espuma impermeabilizada, e finalmente o EVA.

EVA funciona muito bem !! O que venho fazendo com bom sucesso é cortar uma tira bem fininha de EVA, atar este como se fosse chenille em torno do anzol, com voltar muito próximas uma das outras e empregando bastante pressão em cada uma das voltas. Ao fim (perto do olho do anzol) você prende o EVA com duas ou três voltas de fio de atado, corta e excesso e pronto ! Só enrolar o hackle e o corpo da mosca está pronto !

O que acho mais interessante de se enrolar essas tirinhas de EVA no anzol é, além da simplicidade, é que o corpo da mosca fica muito perfeito parecendo uma peça única. Se você ainda quiser adicionar um complemento, pode ainda, antes de enrolar o hackle você pode enrolar um fozinho de brilho, só para ficar mais atrativo aos olhos do atador, quem sabe da truta também !

Neim só de truta vive a Elk Hair Caddis, os lambaris também gostam bastante deste padrão. Porém, para os lambaris, eu acho interessante eliminar o hackle, o que torna a mosca muito mais efetiva para estes mini predadores !

Abaixo, graças ao YouTube ! dois videos tutorial bem bacana sobre o atado da Elk !



22 November 2007

Caniços rápidos, lentos, médios e a eterna discussão...





Esta discussão, surgiu no fórum www.flyfishingbrasil.net
mais ou menos no final de agosto de 2006. A discussão proposta inicialmente pelo Beto Vaucher , propunha o seguinte questionamento :

" Mosqueiros

Estava lendo algumas mensagens aqui e vi referências sobre varas e ações com termos mole/lento e dura/rapida

Entre os pescadores com quem eu tenho contato e tambem aqui no FFB já discutimos sobre varas rápidas e lentas.

Mas gostaria mesmo de ouvir opiniões é justamente sobre estas caracteristicas.
Eu entendo que há uma grande diferença entre uma vara lenta que lança a linha e uma
vara "mole" que nao consegue lançar a linha.
Da mesma maneira entendo que muitas vezes os pescadores consideram "rápida" uma vara dura que não carrega,
obrigando o pescador a fazer o arremesso com seu proprio braço.

O que Vcs pensam a respeito deste tema??

Um abraço

Beto Vaucher
"

E claro que é uma questão além de muito interessante, muito polêmica, passível do entendimento de cada um, e claro, do que cada fabricante propõe como sendo "Caniços rápidos, lentos, médios".

Depois de uma salutar discussão entre todos os colegas do fórum que opinaram no tópico, imaginei, do alta da minha pretensão de pescador ciêntista, rato de laboratório, que a única forma de atestar o que é lento, rápido e médio seria executar um ensaio laboratorial.

Segue então a proposta que fiz na época do que seria um ensaio para determinar o fim desta eterna questão :

"
Srs,

Quando estou conversando sobre pesca ou vendo sites de pesca e/ou qualquer outra coisa que não seja ligada com atividades de pesquisa e desenvimento de tecnologia (minha atividade profissional) gosto de esquecer totalmetne de ensaios laboratoriais e etc... pq vamos e venhamos pesca é pesca e trabalho é trabalho...

Este tópico, está muito interessante, com muita informação e pontos de vista que se completam ou que ao menos nos levam a pensar, o que é melhor do que ter "Aquela velha opnião formada sobre tudo" (Raulzito que me perdoe pelo plágio), mas enfim... Vamos ao que de fato quero acrescentar ao tópico :

Estamos discutindo a "Ação da vara" com a prerrogativa de que tal ação possa ser Lenta, média, rápida procede ? Onde cada tipo de ação pode causar um efeito colateral dado o tipo de material e técnica de construção da vara...

Pois bem, para se chegar há uma verdade final sobre este assunto, ao menos no espectro laboratorial, seriam necessários os seguintes passos :

1 - Eleger amostras do objeto de estudo (varas) categorizadas por nro de partes, tipo de construção, componentes, peso, altura, tração. Garantir que cada uma das amostras seja estatísticamente significante dentro de sua categoria (ou seja que suas qualidades representem em média a população)

2 - Eleger um conjuto de fly line, backing e carretilha compatível com todas as varas.

3 - Eleger um grupo de usuários (no caso pescadores ehheeh) com significância estatística dentro da população total de pescadores com mosca para um dado território. É importante agrupar classificar por habilidade, idade e tempo de experiência na modalidade.

4 - Qualificar um ambiente com características fisicas tais como temperatura, humidade e metragem quadrada adequada... controladas e mensuráveis.

5 - Qualificar um conjuto de instrumentos de captação e medição capazes de em tempo real capturar informações dos ensaios.

6 - Definir os movimentos (casts) a serem estudados.

Em se tendo os 6 pré requisitos acima, os seguintes ensaios devem ser realizados, preliminarmente :

1 - Para cada uma das varas e de maneira independente os seguintes testes são necessários :

1.1 - Cada cobaia/pescador execute cada um dos movimentos definidos em 6 apenas com a vara (sem linha e carretilha)

1.2 - Cada cobaia/pescador execute cada um dos movimentos definidos em 6 apenas com o equipamento completo. com metragem de linha fixa e menor que uma metragem pré definida.

1.3 - Cada cobaia/pescador execute cada um dos movimentos definidos em 6 apenas com o equipamento completo. com metragem de linha incremental para em função do nro de testes a ser realizados.

1.4 - Repete-se todos os testes acima, variando condições de ambiente tais como temperatura e humidade bem como o horário do dia em que estes são feitos (pessoas tem respostas diferentes para a mesma atividade durante as horas do dia).

2 - Executados os ensaios acima, temos dados suficiente para tabular informações tais como :

2.1 - Influência do fly line no comportamento da vara.
2.2 - Informações captadas tais como :
- Velocidade da ponta da vara para cada movimento p/ pescador
- Trajetória da ponta da vara para cada movimento p/ pescador
- Trajetória do butt da vara para cada movimento p/ pescador
- Velocidade do but da vara para cada movimento p/ pescador
- Dados trigonométricos para referência espacial
2.3 - Por pescador levantar as condições de saúde do mesmo bem como :
- Medir a força muscular empregada em cada movimento.
- Medir o Nro de sinapses realizadas (essa é difíci)
- Características singulares tais de cada um (a cobaia quebra o pulso no arremesso ? A cobia aplica muita força no cabo ?)

2.4 - Para todos os testes em 2.2 a metragem de linha empregada denota influência ?

Eu realmente estou ficando cansado de escrever, então vou simplificar um pouco mais...

Com todos os dados tabulados no passo 2, é possível analisar toda essa massa de informação do ponto de vista da estatística usando ferramentas como o MatLab ou ainda o MiniTab. de maneira a identificar correlações tais como :

1 - A Linha e a Carretilha influênciam na ação da vara ?
2 - O Tipo de arremesso influencia a ação da vara ?
3 - A vara influência o tipo de arremesso ?
4 - O pescador em função de sua faixa etária, experiência e habilidade influência na ação da vara ?

Notem que isto é só o básico do básico... com os testes descritos acima dá para isolar muito mais informações... Agora, você colega pescador, está se perguntado "Por que eu preciso fazer essa Mierda matemática laboratorial da Nasa pra saber a ação da vara ?"

A resposta seria científica clássica seria : "Para não deixar que os sentimentos interfiram nos fatos"

Pq cada um de nós sabe o equipamento que mais gosta, com a ação que mais lhe agrada na hora de pescar... independente da marca, velocidade e etc... que para cada um vai ser melhor que a melhor vara apontada por todo esse teste...

Note que não inventei nada... da uma olhada no que já existe no mercado e na net...:

http://www.sageflyfish.com/default.asp?p=73
Numerical Analysis of a Fly fishing cast
http://seesar.lbl.gov/ANAG/staff/bono/html/ASME_Bioengineering.pdf
O efeito do Loop em um cast.
http://www.sexyloops.co.uk/cgi-bin/theboard_07/ikonboard.cgi?act=Print;f=3;t=4640


"

21 November 2007

Woolly !!




Woolly buggers, Wooly Worms, Woolly wet, Woolly Dry e por ai a fora, a lista de "Woollys" é praticamente interminável. Mal falada pela facção purista de atadores/pescadores , largamente utilizada por muitos. Seja como for as Woollies são patterns simples de serem atadas, de baixo custo, algumas das suas variações bem simples de serem utilizadas em pescarias entre outras virtudes.

Segundo o livro Wooly Wisdom, a primeira woolly foi a Woolly bugger, atada com um tuffo de marabou formando a cauda e tendo o excedente do material enrolado no corpo da mosca para dar o volume e um pequeno hackle apenas a frente, perto do olho do anzol.






Creio que a necessidade e a criatividade dos atadores se encarregaram evoluir as woollies adicionando chenille mais hackle brilhos, lastro, pernas de borracha lã.. e etc.


Se o atado tem por objetivo, imitar a natureza, o que de fato uma woolly bugger imita ? Basicamente, nada e tudo ao mesmo tempo. É o chamado coringa. o que de fato uma woolly bugger faz, no geral, é gerar uma impressão acustica (espécie de rastro) a qual é muito atrativa para diversas espécies de peixes. Em especeial, e no geral os salmonídeos (Salmão, Stealheads, Trutas arco iris, Marrons, Brokies). Essa impressão acustica varia muito de acordo com as quantidades de materiais e a disposição dos mesmos durante o atado. Mais marabou e menos hackle causa um tipo X de impressão, menmos marabou, mais hackle e um bead head causam um tipo Y de impressão acustica por onde passar.

Se a mosca que deixou o rastro X vai funcionar melhor que a que deixou o rastro Y, realmente só Deus sabe. Isso vai variar muito, e vai variar em função de fatores como :
    1. Habitat (que tipos de peixes e crustáceos vivem naquela região)
    2. Temperatura, pressão barométrica, humidade do ar e etc...
    3. habitos alimentares dos peixes da região em que se pesca.
Um fator curioso, e que levanta muita discussão entre atadores e pescadores, é a cor da isca. Segundo o livro citado acima, a cor é menos importante que o formato geral da Woolly (note que isto só se applica a woollies). Em uma escala de importância de 0 (menos importante) a 10 (mais importante) o formato da woolly é 9 a cor é 4.

Eu quase que não concordo com essa escala de valores, mas até que faz sentido, sempre acreditei que a cor mandava no jogo, mas se pararmos para pensar o formato e o rastro que as woollies deixam na água pode vir a aguçar um peixe mais rapidamente do que apenas o estimulo da cor (lembrando que algumas espécies não distinguem cores).




Outro fator interessante é que geralmente, confundimos Wollies com Pancoras. O que não é bem verdade. Uma pancora não é um coringa. A pancora visa imitar um crustáceo largamente encontrado na patagônia e em alguns rios do Brasil também. Essa confusão é bem comum, mesmo por que ambas tem o mesmo aspecto e utilizam materiais bem semelhantes.




Apesar da reconhecida eficiência das Wollies, elas tendem a funcionar melhor quando os peixes estão se comportando de maneira oportunista, ou seja, tiram vantagem de todas as oportunidades de se conseguir alimento. Já quando os peixes estão se comportando de maneira seletiva, as woollies não são tão efetivas, então aconselha-se mais a utilizar outros padrões que de fato imitam insetos e etc... Ou Alguma variação de woolly!

20 November 2007

Feriado Prolongado, Chuva Prolongada

Acabo de voltar de 6 dias de estada em Ilha Comprida, na região do Vale do Ribeira SP. Região muito conhecida pela abudância na pesca, e claro, pelas praias. Por sinal, frequënto a ilha comprida desde, provavelmente, meus 6 anos de idade. Foi lá que comecei a pescar, pesca de praia na época, com aquela chumbadona triangular gigantona, com umas varas telescópicas bem gigantes também e claro, isca viva (Corrupto, caramujo de areia, camarãozinho). Isso tudo muito antes de sequer ouvir falar em fly.




Choveu o feriado todo, ao que me lembro, foram +/- um dia e meio com um tímido sol. Mas no geral tava jóia ! Li um livro muito bom quase que inteiro e ainda, como já previa chuva e mau tempo, levei uns dvds de pesca com mosca para assitir, O primeior deles foi o do Lee Wulf ( The Lee Wulf Masters) DVD Duplo que mostra as melhores pescaria do Mestre dos mares Segundo o Thiago Zaneti (que por sinal me vendeu o DVD)

O vídeo em si, é bem legal, mostra muitas pescarias de salmão no Alaska, bem como diversas pescarias de peixe de bico em mar aberto. Uma das coisa que mais admiro no Lee Wulf é a simplicidade com que ele trata da pesca com mosca. Um dos grandes méritos deste vídeo é também mostrar que o mestre é humano e também erra ! Numa das cenas, com um Salmão "Grandinho" na ponta da linha a carretilha se desprende da vara (aquela varinha de bambu #3 se não me engano, curtinha que se tornou uma das marcas do Lee) e o mestre sem perder a calma faz o que pode para recuperar o equipamento e voltar a pescar. Detalhe, Ele não só recupera a carretilha como também põe o salmãozinho no net !

Outra Série de 3 DVD's bem bacana também é a Walkers Cay Chronicles, principalmente para quem gosta de pescaria em água salgada, a série mostra diversas pescarias de Tarpons, permits e bone fishes. Muito bem produzido. Um pouco cansativa só.

Neim só de Chuva e DVD de pesca vive um feriado chuvoso ! Também tem a caipirinha, a porção de camarão, Siri Mole (iguaria lá do vale, quando eu conseguir uma foto, ou ao menos uma explicação decente eu posto aqui)






Até levei um equipamento de Pesca com mosca, um punhado de Crazy charlies, minha idéia era, mais uma vez arriscar uns arremessos na praia. Acabei deixando a vara quieta no tubo mesmo. Muita chuva, muito vento, e quando o tempo melhorava, a praia entupia de gente gente desesperada por alguns momentos de diversão.

Tenho meus receios em pescar de mosca em praia lotada, afinal, você nunca sabe quando alguém vai estar exatamente atráz de você durante um backcast, em especial crianças. E realmente, ninguém quer interromper o descanço por um acidente causado por uma Crazy charlie no meio da testa de alguém.

Nunca tive sucesso pescando de fly na praia também. Tenho lido sobre o assunto, procurando informações com quem sempre pratica a modalidade, mas até agora nada ! Caso você já tenha tido sucesso numa empreitada em Ilha comprida, Cananéia e arredores, mande um comentário !


14 November 2007

Fly Line, O começo de uma longa história.

Em um esporte como a pesca com mosca, é praticamente impossível dizer que determinada parte do material é menos importante do que a outra. A Melhor vara do mundo (o que também é absolutamente relativo ao gosto do pescador) não irá desenvolver o melhor arremesso do mundo se a linha de mosca (Fly line) não colaborar, entre outros elementos claro... Porém hoje vou dirigir a conversa a linha de mosca, tendo como perspectiva ajudar os colegas iniciantes a comprar uma linha de fly honesta que o possibilite a arremessar de maneira condizente.

Quando comecei no Fly, eu comprei um conjunto da marca Pfluegger, com uma vara +/- uma carretilha bem legal (me arrependo até hoje de ter vendido ela) uma linha de mosca, umas mosquinhas e etc... No momento da compra, o vendedor gente boa me falou : "Colega esse é um bom conjunto de fly, porém a linha de fly não é boa, recomendo você a comprar outra", e eu claro perguntei o preço e ele me disse sem a menor cerimônia... Claro que naquele instante eu infartei !! Só a linha que ele me ofereceu custava 2/3 do valor do final do conjunto todo. Concluí então errôneamente que o vendedor estava tirando proveito da minha ignôrância no esporte.

Bom, quando comecei a pescar em PP usando aquele conjunto, eu estava num estado "Acelerado" da pesca com mosca. Enquanto meus colegas linguiceiros tiravam 2 tilápias na varinha de mão em uma tarde de pesca, eu tirava dez vezes mais na metade do tempo. e neim prestava muita atenção na linha de fly, no cast e etc... Mas, no momento seguinte, quando de fato comecei a me preocupar com arremessar de maneira correta com o loop na ponta da linha e tudo mais, notei então que estava fazendo as coisas de maneira bem errada.

Li muito sobre cast, assisti um vídeo básico de fly em inglês (bem fraquinho por sinal) umas 15 ou 20 vinte vezes. Treinava / pescava todo fim de semana, procurando prestar atenção no que eu estava fazendo de errado. E nada vinha à tona...

Foi quando dando um google no termo "Fly Cast" caí na caterva do Colega Nelson Maciel e Cia Limitada. Nessa pesquisa eu achei um Post, de um dos participantes do fórum, infelizmente não me rocordo mais o nome ou nickname do colega, mas nesse post estava a chave do meu enigma, o colega comentava : "O Conjunto da Pflueger é bem legal, mas a linha de fly que vem no Conjunto é quase uma Level, muito ruim de arremessar". E esse post "Quebrou meu galho". Na mesma época +/- eu comprei um conjunto de fly usado, de qualidade muito, mas muito questionável mesmo. Porém este conjunto usado veio com uma linha de mosca da marca Scientific Angler WFF. A vara desse conjunto usado éra realmente muito ruim, mas ruim mesmo ! Porém a Linha de Fly, casou perfeitamente com a varinha da Pfluegger do primeiro conjunto !

O cast melhorou muito, quero dizer, eu continuava um medíocre, mas um medíocre bem melhor ! Conseguia obter mais controle, um pequeno esboço de loop começava a pintar no arremesso.

Minha grande lição de tudo isso foi : Uma linha de fly meia boca nunca vai somar na qualidade final do arremesso de maneira que uma boa linha de fly vai. Claro que há considerações, Se você é um "Phodão" (sim Phodão com PH) de um Caster, você deve conseguir arremessar qualquer coisa muito bem, muito melhor do que eu.

Ok, vamos a parte prática de tudo isso então. Em se tratando de linhas de mosca, existem diversos fabricantes, tais como Cortland, Scientific Angler, Rio, Wulf, entre tantos outros. Em se tratando da engenharia da linha de mosca, existe uma variedade ainda maior e um tanto complexa. Coisas como : Weight Forward, Double Taper, Level, Shooter, multi-tip, dyna-tip sinking tip, Float, Intermediate, Full sink e por ai a fora. Sem contar coisas realmente específicas que cada fabricante adiciona a seus produtos.

A linha de mosca custa uma quantidade considerável de dinheiro, e se manutencionada de maneira apropriada, dura anos a fio. Logo a escolha de uma primeira linha, é muito importante pois esta tende a lhe acompanhar em muitos anos de pesca com mosca.

Na minha opnião, não há uma grife de linhas de fly, existem sim, empresas com produtos diferenciados, com linhas de produto totalmente diferentes, que vão desde material tradicional, passando por diversas linhas intermediárias até o estado da arte em termos de tecnologia de manufatura de linhas de mosca. Dizer que uma linha de mosca é mais cara por que é de grife, não é de fato um axioma válido.

Basicamente uma linha de mosca é composta de um núcleo, que pode ser tanto um monofilamento quanto uma linha trançada, e de uma manta externa, formada basicamente por um polímero plástico ou algo que o valha.

Existem duas manufaturas mais proeminentes de linhas de Mosca : A Cortland e a 3M detentora da marca Scientific Angler. Existem outras como a Rio e etc... Tanto a Cortland quanto a Scientific angler produzem linhas para outras marcas seguindo especificações técnicas da outra parte. Dos fabricantes citados aqui, apenas a Cortland fabrica a linha de mosca do começo ao fim, inclusive manufaturando o monofilamento utilizado no núcleo de seus produtos. Tanto a 3M quanto os outros selecionam fornecedores de monofilamento e de trançados no mercado. A Manta que envolve o núcleo da linha é de fato o segredo de cada fabricante.

Conheço mais as linhas da cortland e da scientific angler, logo vou me ater a elas. A cortland tem 3 séries de linhas muito conhecidas no mercado todas com diferenças na tradição, no processo de fabricação e nas especificações tecnicas utilizadas para gerir a produção, são estas :
    • Série 333 : Linha mais tradicional da Cortland, produzida da mesma maneira há mais de 50 anos. De fato, primeira linha de fly produzida em polímeros plásticos em escala indústrial. Uma linha de tradição pensanda para uma realidade de equipamentos e performance as quais ainda existem mas já não são tão divulgados mais. Outro fator é que as linhas 333 não possuem núcleo em monofilamento e sim uma aplicação mais densa da manta de polímeros de maneira a formar o núcleo. a grande vantagem da 333 é o preço reduzido. Alguns dizem que esta série não dá performance em varas rápidas de carbono.
    • Série 444 : Linha mais moderna, Pensada para equipamentos mais rápidos e varas de carbono de fato. possuem núcleo em monofilamento . Uma evolução da 333, tanto em processo produtivo, quanto de engenharia. Excelente qualidade, altíssima durabilidade, de valor mais elevado, porém tem seu "por quê"
    • Série 555 : Evolução da 555, tem melhorias do monofilamento utilizado no núcleo e em especial na manta externa nos modelos utilizado em água salgada. Boa durabilidade, custo semelhante ao da 444.
Já da Scientific Angler, tem três séries interessantes de se conhecer, todas as séries porém possuem núcleo em monofilamento são estas :
    • Mastery : Boa Qualidade, altamente durável, A Mastery HeadStart é aconselhada para iniciantes pois possui metragem menor e algumas características que a fazem carregar de maneira muito eficiente durante o cast.
    • Professional : Linhas pensadas para guias de pesca ou pescadores hardcore. a principal característica é a durabilidade. A Professional Ultra 4 bem como a AirCel são muito boas. A airCel em específico tem um custo benefício muito bom !
Existem de ambas as marcas especializações diversas de cada uma das séries, as quais não vou citar, hora por não conhecer hora para tentar manter o texto mais simples.

No fim das contas, você tem que utilizar uma linha que vá se adequar ao resto do seu equipamento, caso exista a possibilidade de testar algumas delas antes da compra é muito recomendável pois você então terá parâmetros empíricos para decidir na compra. Na minha opnião tanto linhas da cortland da série 444 ou da Scientific angler airCel ou ainda da Rio Série MainStream são produtos muito interessantes para se começar. Existem ainda uma outra série produzida pela cortland a AirFlo a qual é muito recomendada para quem está inciando e tem um custo benefício muito desejável. Não consigo porém opniar sobre a durabilidade da mesma.

Gostaria de deixar claro que esta análise aqui é um tanto incompleta e feita de maneira muito mais pessoal do que científica (o que seria impossível para mim e um tanto teórico também) e que de maneira nenhuma promove esta ou aquela marca. Novamente, não acredito em grifes, e sim em produtos.

Em resumo, uma linha Scientific Angler ou Cortland ou Rio Weight forward (peso a frente) Float (flutuante) devem inicialmente somar considerávelmente na qualidade do seu arremesso. Com o tempo, você terá a curiosidade e talvez a necessiade de explorar outras linhas.

Pretendo abordar este assunto, linhas de mosca, em breve para tratar de outros aspectos das mesmas coisas como, dimensões da região de shooter, running, e de especializações das mesmas para espécies ou ainda para climas e tipos de pescarias específicas.

Segue um resultado de uma busca google optimizada para Linhas de mosca

Bom feriado a todos !!

13 November 2007

Trutas Mármores da Slovênia



Cada pescador talvez tenha sua espécie preferida de peixe esportivo. Tucunas, robalos, dourados e por ai a fora. A minha espécie preferida de peixe com certeza é a truta e suas variações, em especial, a arco-íris. Talvez Todos os colegas já tenham notado isso dada a foto no canto superior direito da página.

Enfim, tava assintido alguns clips no www.hook.tv e achei uma sequencia de 8 clipes sobre uma pescaria de "Marble trout" (truta mármore se não me engano) na Eslovênia. Achei esta trutinha muito bonita, de uma coloração amarela bem bacana. O Vídeo foi produzido pelo mesmo povo que produzio o "Angling addiction" e o "The amazon" (você encontra eles aqui no blog num ainda recente)

Segue então a 1a das 8 partes do vídeo de pescaria de trutas mármores na Eslovênia. Tão diferente e intangível quanto o Taimen da mongólia !

Fly fishing in Slovenia

Espero que gostem !

12 November 2007

Moscas no YouTube

Youtube é uma febre certo ?! Talvez uma febre irreversível, uma mídia nova, para novos tempos onde o network e as micro-redes de relacionamento, possibilitiam disponibilizar programas para públicos muito específicos.

Claro, que é possível achar bastante conteúdo sobre pesca com mosca no youtbe. muita coisa muito amadora, vídeos de familias pescando nas férias, alguém fisgando uma truta pela 1a vez e por ai a fora. Mas também tem coisas que valem muito a pena, hora pela diversão, hora pela informação.

Posto aqui, alguns dos meus vídeos de pesca com mosca ou cast preferidos do youtube !

TBD 1 - Patagonia




TBD 2 - new Zeland




Fish Eye - volue 3 - Fishing the big bow



Extreme casting - SDombaj




Mel Krieger - 40 fishing in Patagonia



In the Search for the rising tide



Running Down the man



Running Down the man - Clipe 2 : com trilha sonora muito mais legal !



"The Mouse Film" - Fly fishing



The SteelHead Subculture



Como vocês devem ter notado, não coloquei nenhum video educativo de fly, apenas videos que mostram pescarias e tem trilhas sonoras bacanas (pelo menos para o meu gosto) justamente para inspirar todos nós nas próximas pescarias !!

11 November 2007

Nó ! E que Nó usar ?


Um dos desafios de se começar a pescar, creio que em qualquer modalidade, são os nós. Nó que abre, Nó cego que arrebenta, e depois em o malfadado nó de vento !

Quando eu comecei, eu achava que nó era nó e que as variações eram coisas de perfeccionistas e que não havia muita diferença entre uma coisa e outra. Como é duro ser ignorante né !?
Ainda na fase Pesque e pague, eu perdi muito peixe em nó mal atado que abria. Só com o tempo e com a eminência de uma pescaria de robalos e depois uma de truta pela frente, percebi que de fato tinha que aprender a dar nós de verdade.

Uma fator que deve ficar claro logo em primeira instância é o fato que nós diferentes tendem a ter finalidades distintas. Então antes de sair google a fora procurando tutoriais de nó, veja a finalidade do nó que você quer.

Eu não sou nenhum especialista em nó, porém uso uns 3 deles os quais me são muito úties e que aprendi atar até que bem, são eles :

    1. Nail Knot (nó de prego) : Talvez o mais complicado de se aprender, mais muito forte, muito útil, altamente indicado para atar a linha de mosca no Backing. já vi também algumas receitas de leaderes em monofilamento onde os diferentes pedaços de mono são atados com Nail Knot. Minha dica para esse nó é ao invés de usar um prego usar um tubinho de caneta bic cortado pela metade.
      Tem também a ferramentinha de fazer nail knot... Ainda prefiro o tubinho de bic !
    2. Blood Knot (nó de sangue) : Geralmente utilizado para unir dois pedaços de monofilamento de bitolas iguais um próximas. Uso bastante para prender tippet material no leader, e ainda para construir leaderes. A minha dica aqui é treinar bastante a hora de finalizar o nó, e ainda sempre pusar um pouco de saliva para lubrificar o sistema e fazer com que o aperto final seja bem eficiente.
    3. Improved Clinch Knot (Nó de "Forca" Melhorado) : Este é o nó que uso para atar o anzol ao tippet. Talvez não seja o mais simples, mas é bem forte. Para moscas secas, você deve tomar um cuidado especial com o uso dele, pois ele tende a dar uma "Entortada" na mosca. A dica aqui é, na hora de finalizar o nó dar uma lubrificada nele com saliva e apertar bastante !
Estes três nós são até que simples, o importante é treinar. Para treinar, recomendo que você consiga um pouco de monofilamento de bitolas diferentes, comece treinando apenas com uma bitola bem pesada, 0.60 por exemplo, e depois para as coisas mais leves chegando no 0.10 e etc...

Treinar em casa, no conforto do lar, é muito importante, pois em pescarias mesmo, você vai estar num barco em movimento ou com água até a cintura se preocupando com correnteza, com a vara, com voltar a pescar rápidamente entre outras tantas outras dificuldades normais de pescarias, logo você tem que ter um bom dominio sobre os nós, especialmente os utilizados para emendar tippet e os utilizados para atar a mosca no tippet.

Aqui seguem, alguns links para sites que ensinam mais tipos de nós ou ainda apresentam tutoriais sobre os nós que mencionei acima.

http://www.killroys.com/knots/knots.htm
http://www.graysofkilsyth.com/fishing-knots.htm
http://www.flyfishusa.com/tackle-tips/leaders/knots.html