23 December 2009

O Flyshop




Logo no finzinho de novembro, finalmente fui conhecer o FlyShop do Morelli (Fly&Cia), durante um dos cursos de atado oferecidos pela casa. Enquanto o curso rolava, eu e os demais colegas que estavam por ali para conhecer o flyshop conversamos bastante sobre tudo que envolve o esporte, desde equipamentos até pescarias. E obviamente, como bem falou o Cacosa "Eu não consigo ver um santo e não rezar...". Logo, sai do flyshop com alguns pacotes de EP mais umas ferramentas de atado.

Não foi a primeira vez que estive em um flyshop. Já estive em alguns nos EUA, Chile e Argentina. No caso de flyshops fora do pais, é aquela mentalidade de : "Vamos aproveitar", "Levo o que couber na mala e não estourar o cartão de crédito". Compreensível certo ? Quantas vezes no ano, nós pescadores de mosca brasileiros temos a oportunidade de comparar dois equipamentos in loco ? Quando muito uma ou duas vezes.

Depois da visita ao Fly&Cia, fiquei pensantivo sobre a evolução do mercado de fly no Brasil. Quando comecei em meados de 2004, tinhamos uns 2 colegas que se dedicavam integralmente ao comércio de equipamentos de fly, mais algumas lojas de pesca que até vendiam equipamentos de fly, tanto os famosos combos chineses, quanto caniços, linhas e carretilhas (em SP, não sei dizer sobre o resto do pais). Agregado a este cenário, tinhamos ainda uma série de colegas que se davam ao trabalho de comprar material dos EUA e revender.

O cenário que descrevi me levou a adotar a atitude de "Garimpeiro", ou seja, ficar na cola dos classificados nos fóruns de pesca, nas lojas de pesca e até a encomendar material em sites como Cabelas, Orvis, BassPro Shops e etc... O problema de ser garimpeiro, é que na maior parte do tempo você não encontra aquilo que de fato quer, e acaba se conformando com o que acha. Afinal é melhor do que nada.

Segundo Einstein o universo está em constante evolução. Nos anos seguintes outras iniciativas tomaram corpo, FlySul (2005 se não me engano) AldeFly (2006), FlyShopBrasil (oficialmente em 2007 ? Não sei dizer ao certo...). Notoriamente iniciativas movidas muito mais pela paixão do proprietário do que necessarimente pelo mercado em si. O importante é que passamos a ter acesso "fácilitado" a mais equipamentos e material de atado.

Hoje, Dezembro de 2009, tá "fácil" de começar a pescar com mosca, ao menos do ponto de vista da aquisição de equipamentos ! Temos flyshops estabelecidos, que trabalham com equipamentos para todos os bolsos (ou para a boa parte deles), material de atado também, vises nacionais de qualidade. Hoje, em uma visita à um site, você consegue comprar : um livro ou um dvd (em portugues do Brasil !!!) para aprender sozinho, um kit completo de fly (de qualidade) que vai lhe proporcionar não apenas aprendizado, mas boas pescarias em seus primeiros anos na pesca com mosca. O resto é evolução.

Como diria Jhon & Paul : "It's a long and Winding Road", são necessários alguns anos de muita batalha até que os Flyshops brasileiros ofereçam o mesmo inventário que uma Kaufman, uma Orvis disponibilizam. Creio que é uma questão de evolução, com o tempo, outras iniciativas vão surgir, algumas vão desaparecer ... Tem toda a parte de serviços de manutenção, garantia, e etc as quais começam a despontar... Vamos torcer para darem bons frutos.

Minha filosofia de compra de material de fly, migrou de "Garimpeiro" para "Seletivo". Hoje não compro o que aparece, mas sim o que faz sentido, o que já está no Brasil (preferencialmente) e claro, que caiba no bolso. E ainda prefiro ir no flyshop pessoalmente e comprar ao vivo. Por que ? Por que é muito mais legal !! Flyshop, socialmente falando, deve ser O lugar para se marcar pescarias, aprender a atar contar causos e tudo mais.

A seguir uma pequena lista de links de flyshops as quais eu gosto de comprar, e recomendo aos demais companheiros :

02 December 2009

Upgrade no atado

Recentemente dei um "upgrade" em minhas ferramentas de atado, de maneira especial no Vise (morsa). E depois de "testar" o novo equipamento por uns bons 15 dias, decidi então escrever sobre a experiência toda.

Via de regra, não gosto de citar marcas, lojas e etc aqui no vôo da mosca. Porém hoje, não conseguirei me ater a regra. Afinal de contas como comparar morsa A com Morsa B sem citar devidamente os fabricantes ?

Desde 2006 até algumas poucas semanas atráz eu usei uma Apex da americana Anvil. Sempre gostei muito dela, pois é parruda, simples, rotatória, segura bem anzóis do 2/0 ao 24 (na spec do fabricante está descrito como de 7/0 até 32). Segundo a revista americana "The American Fly tier" a Apex está no top 10 na categoria "Iniciantes" bem como na relação "custo benefício"




Agora vem a implacável questão : "Se o equipamento é tão bom, e faz tudo isso ai, por que trocar ?".

A lista de motivos não é extensa, e em grande parte formada por preferências pessoais, ou ainda em função de habilidades e técnicas que eu acredito que uma morsa com mais recursos venha a colaborar no desenvolvimento nos próximos anos.

Desde o começo de 2009 eu comecei a pesquisar morsas que tivessem as seguintes características :
  • Rotatória com centro no Anzol e não na alavanca ou corpo da morsa.
  • Mais firmeza para atar bugs em pelo e etc...
  • Mesmos tamanhos de anzois que a Apex segura.
  • Conforto na minha mesa de atado.
  • Utilizasse o sistema "Canned" para abrir e fechar os jaws.
  • Que viesse com Base, C-Clamp e Bobbing Hanger e Parachute Hanger.
Durante alguns meses, conforme a vida permitia, fui estudando morsas das mais variadas marcas, modelos, nacionais, importadas, soluções caseiras (algumas muito criativas por sinal), e para encurtar uma longa história, fiquei entre 3 modelos de 3 distintos fabricantes são estes :


A priori, minha preferência foi obviamente pegar a Atlas da Anvil, que nada mais é do que um "upgrade" da Apex adicionando a esta a habilidade de rotacionar mantendo o anzol no centro do movimento (primeiro tópico da minha lista).



A renzetti vinha logo em seguida, já conhecia a qualidade do material, e vamos ser honestos certo ? O Nome rezentti tem um pusta peso !




Já a Dyna King eu só tinha visto o equipamento nos EUA alguns anos atráz, nunca tinha usado.

Bom, encurtando a história, no começo de setembro via FlyShopBrasil, tirei o escorpião do bolso e mandei vir a DynaKing Barracuda Indexer. Depois do habitual período de espera, finalmente chegou o brinquedo !




E que brinquedo... A morsa vem completa, com bobbing hanger,clip, Base (pesada que é um absurdo) Ferramentas diversas (chaves sextavadas e triangulares) que dão acesso aos parafusos e bicos de ajuste do equipamento. Vem ainda uma ferramenta um tanto curiosa que ajuda a ajustar o Jaw em relação ao eixo rotativo, só vendo para entender.

A construção é toda em Aço Inox, com Knobs em latão, ajuste rotatório da abertura do jaw (parece um mandril de furadeira manual), com alavanca de pressão reforçada.

O visual é meio "Brucutu" se comparado com as Renzetti, não por falta de acabamento ou qualquer outro defeito ou meramente falta de caprixo, mas sim por ser um equipamento "Grandalhão". Talvez, o visual possa ser descrito em uma palavra como : "Robusto"

Do ponto de vista funcional, a morsa é bem mais do que eu esperava. Levei um tempo para aprender a posicionar o anzol, que não é tão obvio quanto parece, mas de fato posso garantir aos colegas que a propaganda que a Dyna-king faz é realmente verdade.
Uma vez que o anzol está preso, que você escuta o click da alavanca, pode descer o braço que não vai soltar, É impressionante. Mesmo anzois #24 presos na pontinha do jaw ficam super seguros. Na Apex os anzóis pequenos, mesmo quando bem presos, deslizavam para fora do jaw, ou até literalmente "espirram" para fora do jaw.

Todo o sistema rotatório é meio que novo para mim. Não sei comparar se a Renzetti rotaciona melhor e etc. Posso dizer que é bem divertido girar o anzol na pena e não a pena no anzol !! Exige treino (claro), mas é muito divertido. O Esquema de indexação é dado por um knob que permite que você ajuste de uma a 8 posições (ângulos) onde o eixo central "Clicar" e ficar seguro ao ponto de continuar atando na posição selecionada.

Bom, escrevi pacas, resumindo : A morsa Anvil Apex é boa demais, e tem um excelente custo benefício, escolher um substituto foi uma tarefa interessante, aprendi bastante sobre morsas no processo. A Dyna King Barracuda pode ser até meio desconhecida no Brasil, porém é um excelente material, pode não ter o visual bacana da Renzetti ou da Abel, mas não tenha dúvidas que ao finalizar o seu primeiro atado numa Morsa da série Barracuda, você vai estar convencido que está de frente à um equipamento TOP.

15 November 2009

Grey Wulf.


Lee Wulf, um dos sujeitos que eu mais adminiro no mundo da pesca com mosca. Ávido pescador, Foi o primeiro em muitas coisas, tais como : primeira operação de pesca "esportiva", primeiro a fazer filmes comerciais sobre a pesca com mosca, criou muitos patterns de mosca, e por ai a fora... Seu legado foi a ponta da lança para o atual estágio do esporte. Já citei algumas vezes o livro The Bush Pilot Angler, digo de novo, novamente mais uma vez, VALE MUITO A PENA !!

Um exemplo prático do legado de Lee ao esporte são os patterns adaptados, ou ainda, criados por ele. No Vídeo a seguir, o senhor que ata uma grey Wulf, aparentemente conheceu o Lee pessoalmente e durante o atado, dá uma boa idéia de como o Lee atava suas moscas : Ná mão (sem morsa), sem muitos detalhes, atava para peixes, não para pescadores... Legal né ?!

Enfim, 9 minutos de vídeo que agregam muito na cultura geral do atador...


08 November 2009

Re-re-reTrabalho


Domingo chuvoso, dia de atado, sem dúvida nenhuma... Mesmo por quê, assistir TV de domingo não é viável né ?! "Ô loco meu ! E agora mais do que nunca..."

Antes de começar a atar, resolvi fuçar as caixas de mosca, ver o que tava faltando coisa e tal... Calhou que foi um bom exercício, achei um monte de moscas que eu já tinha testado e comprovado que não funciona, além de uma série de moscas em EP do começo da carreira de atador de EP (heheh). Também tinham coisas bacanas, como poppers resinados, uns hair bugs do Gregório e etc...

Enfim, esses patuás pataxós aí, foram todos retirados das caixas, alguns até pegam peixe, outros foram resultantes de experiências fracassadas, tudo parte do grande barato que é a ciência não exata de se atar moscas.

Agora vem a parte legal, começar tudo do começo (preferencialmente) mais uma vez ! Limpar os anzóis, pesquisar novas moscas com os colegas, fóruns e sites, e sair atando tudo de novo !!

01 November 2009

A farpa !

Todo mundo já viu aquele vídeo "punk" do sujeito que enrosca uma mosquinha seca na retina, creio que quem tinha dúvida sobre utilizar óculos na pescaria não tem mais...

Agora, colaborando com o espírito de esporte seguro, segue um bom exemplo do porquê amassar a farpa do anzol :


25 October 2009

FFB - Encontro nacional 2009 - O relato

No melhor estilo, "Uma imagem vale mais que mil palavras", segue um pequeno slide show que montei com as fotos que fiz durante o encontro nacional de 2009 do Fórum Fly fishing Brasil.

O encontro em si foi bem legal, e sempre é bem bacana rever os amigos, conhecer gente nova e a coisa toda...

Enfim, sem mais delongas segue o vídeo :


24 October 2009

FFB - Encontro nacional

É hoje galera !!

Encontro nacional da galera do FFB !! Daqui a pouco estarei puxando o carro para Itu, de maneira a curtir o dia com a galera que a gente passa boa parte do ano só conversando via internet.

Amanhã tem relato com fotos no blog !

11 October 2009

Nervous Water - DVD

Recentemente, tive a oportunidade de assistir o DVD "Nervous Waters" produzido pelo time da Bettie Outdoors/FishWithRa. O DVD é composto basicamente por 4 curta-metragens, muito bem produzidos, com uma trilha sonora de muito bom gosto. Como é de praxe nos filmes sobre pesca com mosca moderno, o objetivo é entreter e não informar, e o DVD cumpre o objetivo com louvor.

O DVD é composto por 4 curta metragens principais, mais material de bônus. Os filmes principais são : The Nervous waters, First Descent to Alaska, Bird Chasers, Slovênia on the Fly. Todos são bacanas, mas o First Descent e o Slovênia são demais !! O First Descent é uma Ode a aventura ! Os sujeitos descem de mono-motor, em um lago, fazem uma travessia (sem auxilio de maquinário ou ainda de animais de carga) de 1 dia, e começar a descer um rio praticamente virgem no alaska. Aventura com A maiúsculo. Já o Curta sobre a Slovênia, foca na pescaria da truta mármore no rio Soka (ou algo que o valha hehehe) e arredores. Paisagem de tirar o fôlego, de suspirar e ficar pensando : "Hummm Se eu ganhar na mega-sena, segunda feira estou lá"

Os outros dois filmes são legais também. Mas os que me chamaram mais a atenção foram esses dois que comentei. Enfim, vale a pena. E tem outra o Sujeito que produz os videos, o RA Bettie, é um sujeito muito acessível, gente fina, e tá sempre pelo facebook colocando algumas novidades...

Segue o link para o Trailler

28 September 2009

O Mercado de Fly

Galera, é meio "jornal" de ontem, mas resolvi escrever sobre o tema mesmo assim. Quem acompanha o blog do Thiago vem acompanhando o relato "lance a lance" que o indivíduo vem fazendo sobre o Retail Show que aconteceu em Denver, CO - USA.

O bacana de ler e ver as fotos sobre o evento, é construir na mente uma idéia um pouco mais concreta sobre o business Fly Fishing. Claro que o importante e o grande barato mesmo é ir pescar, não há duvidas nisto, porém é bacana ver que o fly fishing, ao longo de suas história originou toda uma indústria.

As revistas, sites e catálogos, além claro de todos os colegas que se prestam a trazer materiais de atado e equipamento, também disponibilizam (cada um a sua maneira) muita informação também. Mas fica tudo muito fragmentado... O bacana de um trade show como esse que o Thiago foi, é poder ver tudo que tem, num único espaço. Dá uma outra dimensão a coisa toda.

Enfim, do resto é isso ai... Trabalhando, correndo, tentando pescar quando São Pedro deixa !

07 September 2009

A verdade.

Tô aqui num feriado de 3 dias enclausurado na frente do computado. Louco para pescar. Ato um pouco no começo e no fim de cada dia que é para lembrar que o próximo fim de semana tá chegando... O feriadão tá acabando e não pude ir pescar... Mas enfim, poderia ser pior...

Depois de uns anos pescando com mosca, creio que uns 5, graças a Deus, ainda tenho muito para aprender sobre pesca, cast, mosca, nós, atados, técnicas, rios, lugares e pessoas. Quando se passa muito mais tempo no escritório na frente do computador do que no rio casteando tenho a impressão de que pescar toma ainda mais a imaginação, o sonho e etc... Fica muito distante. Igual mulher bonita na TV (você até pensa que são de verdade... mas tá tão longe que vc também sabe que nunca vai pegar hehehe)

Enfim, quanto menos se pesca e mais se fala, mais se sonha, menos se tem conciência da verdade sobre a atividade. Verdade, cada qual tem a sua. Abaixo, as minhas verdades sobre a pesca :

  1. Nada como perder um peixe por nó ruim, para realmente aprender a fazer nós.
  2. Não existe uma modalidade de pesca melhor que a outra. Existe a que se gosta mais de praticar.
  3. Não existe uma espécie melhor que a outra. Existe sim, aquela que você gosta de pescar.
  4. O silêncio no meio da corredeira.
  5. Existem dois tipos de varas e carretilhas : Os ruins e os bons. Ambos podem custar muito ou neim tanto.
  6. Existem Equipamentos e Alternativos, ambos teoricamente chegam ao mesmo fim. Os alternativos porém sempre de maneira alternativa. Tudo depende da expectativa.
  7. Não existem regras gerais. Apenas ética e comportamento auto - sugerido.
  8. Quando dois ou mais pescadores estão reunidos, conversando, o tempo voa.
  9. Quando dois ou mais pescadores estão reunidos, atando, o tempo voa ainda mais depressa.
  10. Só quem já fisgou o próprio pescoço compreende porquê a farpa deve ser amassada.
  11. Antes só do que mal acompanhado.
  12. Pegar um peixe com a primeira mosca que você atou corretamente.
  13. Tirar um cochilo depois do almoço, na beira do rio.
  14. Evite a paranóia/complexo do Grande "FlyFisherman". Não é seu chapeu e colete que o define... é exatamente o contrário.
  15. Pescar e Soltar não necessariamente opcional em meio natural.
É isso !

23 August 2009

Realistas




Não é para pescar...
As moscas realistas, na minha opnião, representam o ápice do atado. Vamos falar a verdade, quantos aqui dos colegas do voodamosca (o original) teriam as manhas de atar algo como essa ai
da foto ? Dentre uns 200 atadores... talvez uns 2 não mais do que 4 atadores, ou melhor, artistas de fato teriam a habilidade, paciência e disciplina que a empreitada deve demandar.

No site do autor, Paul whilock, tem muitos outros exemplos, não mais do que fantásticos.

Outra arte no atado, são as salmon flies. Eu estou sempre falando dessa classe de mosca por aqui, e de fato não me canso. Já tentei atar alguma coisa, e de fato, vou continuar tentando... mas para chegar aos pés dessa da próxima foto, vai uma vida de dedicação e aprendizado. Apesar de já ter lido em algum lugar que essas salmon flies pegam peixe (salmão no caso), eu ainda acho que elas servem muito mais ao ego do atador e aos olhos do admirador do que necessariamente ao pescador...




09 August 2009

The Pirates of the Flats

Eu ia deixar para colocar este vídeo mais para o meio da semana...
Mas é tão legal, que resolvi mandar bala no post !




Especialmente para os camaradas que são viciados em pescarias nos flats !!

Atando...

Não sei explicar, mas existem algumas moscas que tem o dia certo para se atar. Não é suspertição, ou esperar a fase da lua certa não...

Eu nunca acertei a mão no atado de camarões, Cray fishes e crustáceos no geral... Male male uma pancora improvisada em Ausentes. Mas hoje, domingo, depois de novamente dar uma estudada no assunto no Global Fly fisher até que tive alguns resultados animadores. Não são moscas para água salgada, e sim mais voltadas a pesca em lagos. Ainda tem muito para melhorar, em especial a cauda, e arranjar uns olhos desses iridizados menores um pouco, enfim, aceito sugestões.

From Atado


From Atado

Outra mosca que eu nunca tinha atado e resolvi atar pela primira vez, foi a famosa Mickey Finn. Mosquinha bacana de se atar. Simples e segundo os colegas que já a utilizam, ela é muito eficiente para predadores no geral. Tentei a Mickey finn Tradicional, e uma variação com uma pena sob o tufo de pelo. Novamente aceitamos opniõs.

From Atado


From Atado

26 July 2009

LUTO


Em LUTO pela CRIATIVIDADE !!

19 July 2009

Fly Cast America



Finalmente um programa de pesca com mosca bacana de se assistir !

O Fly Cast América é uma produção da ESPN Outdoors da america latina, já com um ano de vida. A produção é bem sofisticada, a narrativa é bacana feita no estilo mais clássico dos programas de pesca (sem a gritaria e musica alta das produções norte-americanas atuais).

Eu assisti uns dois ou três programas apenas (a bendita falta de tempo) mas ao que me parece a idéia geral é mostrar a aventura da pesca com mosca, e de maneira complementar um pouco de informações sobre as moscas e técnicas empregadas.

No site, fica aberto o vídeo do último programa veiculado, e na área de usuários ficam disponíveis também os programas exibidos no passado. O cadastro é gratuito e muito simples e rápido de ser efetuado.

Em resumo, diversão garantida para todos nós aficcionados em Pesca com mosca !!

03 July 2009

Aquele Filme...





Sim, Este post é sobre o filme "Nada é para sempre" !

Quem pesca com mosca, pelo menos, uma cena deste filme um dia na vida, o sujeito viu. E por mais "MachoPoints" que tenha colecionado durante a vida, vai dizer que marmanjo não se sente "sensibilizado" com o drama de familia...

Agora pescador que é pescador mesmo, tem a edição especial do filme... 15 minutos aonde só tem as cenas de pesca com mosca ! Ou ao menos os links do Youtube com as cenas mais legais ! Não tem ? Segue dois momentos bacanas logo abaixo :

Momento Radical :



Momento filosófico :


Enfim, se não assistiu vale a pena ! A mulherada via de regra gosta (tem o brad pit, mas fica tranquilo... Ele morre no final !)

24 June 2009

A arte de fotografar equipamentos




Acho que faz parte do vício... Talvez, melhor dizendo, seja parte da cultura do esporte. Enfim, a fotografia de equipamentos com ou sem peixe, no meio da pescaria ou pela absoluta falta de ter o que fazer numa tarde de chuva acaba acontecendo para quem pesca com mosca e gosta de fotografia...

O excelente Global Fly fisher, traz uma matéria bem elaborada, com algumas dicas bem bacanas de como obter melhores resultados com estas fotos....

Segue o link...

13 June 2009

Depois de um tempo...





Já tinha um bom tempo que eu não saia para pescar. Não que tenha perdido o interesse ou qualquer coisa do tipo. Realmente 2009 conspira contra minhas pescarias, hora trabalho, hora compromissos, hora mais e mais trabalho.

Enfim, hoje, muito mais por insistência do meu irmão, fomos a fazenda Kiri, dado o frio e as constantes reviravoltas climáticas por aqui, já sabia que a pescaria não ia ser nenhuma maravilha, porém já seria uma quebra na rotina de trabalhos extras de fim de semana.

Como sempre, se está frio em Sorocaba, na Fazenda Kiri está congelando. Mesmo com chuviscos a água do lago principal, e do lago "desafio" estavam até que claras, o que nos acendeu uma certa esperança de fisgar uns Blacks.

Enfim, tivemos algumas ações, todas bem fundo, acho eu que deveria até ter usado uma linha sinking tip. Também faltaram streamers bem lastreados.

Perto do meio dia, consegui fisgar um blackzinho, numa wooly bugger branca com bead head e patas de borracha. O que comprava a crença que em dias ruins só a wooly bugger dá um chute no dedão !

Depois do almoço (que infelizmente estava bem fraquinho) pescamos por mais umas duas horas sem fisgar nada, sem ação nenhuma, sem sequer avistar as famosas carpas que ficam nadando nos razeiros de lá, resolvemos encerrar a pescaria.

Para mim, o mais importante foi a pescaria em si. Não tenho pescado muito, logo também tenho atado pouco... Tudo meio morno... parece pão de ontem... Mesmo depois de uma pescaria mais ou menos como a de hoje, já cheguei em casa com vontade de atar.

Na realidade, o importante é manter o ciclo acontecendo... pescar para atar, atar para pescar...

08 June 2009

Novo Video - StealHead !

Bem legal !! Bem Legal !! para quem gosta de frio e peixe grande pegando na mosca seca !


21 April 2009

O Anzol

Segue um video que encontrei no youtube, meio que por acaso. Estava procurando o video em que um sujeito de Washington ensina a atar ep Flies e depois dá um escaldo de água quente na mosca para terminar de dar o formato na mesma.

Enfim, achei legal o video que segue, muito simples. Ajuda a entender as partes de um anzol, bem como no vocabulário do atado. Afinal, quem nunca se deparau com um passo a passo em inglês, e ficou meio perdido com os termos empregados ?!

Há quem tiver o link desse video de ep flies, por favor me envie, aqui ou no FFB ou Mosqueiros do Rio !

31 March 2009

Visita a fábrica



Aos Curiosos de plantão, a St.Croix disponibilizou em seu site, um pequeno tour virtual, o qual ilustra o processo de fabricação dos caniços de grafite da marca. O tour é simples, apenas uma sucessão de fotos, porém interessante pois mostra inclusive alguns testes de stress e performance geral dos caniços.

Para participar da visitação online, basta entrar no site, e clicar no link St.Croix Rod Factory tour (exatamente igual ao que ilustra este post)

PS.: o Post não é marketing, merchandising ou qualquer coisa do tipo... O Blog continua "Agnóstico" a marcas, lojas,etc etc etc... Só achei interessante...

22 March 2009

Patagônia 2009 - E tem que Gostar...

É muito simples gostar de pescar quando está tudo dando certo. É fenomenal quando as trutas estão procurando exatamente aquilo que você tem a oferecer, num dia de temperatura agradável em um rio cercado por uma paisagem cinematográfica.

As vezes, calha que dá tudo certo, e a pescaria entra para a história, vira relato rico em fotos e tudo mais. Agora, boa parte das vezes, a natureza nos apresenta desafios. Desafios que colocam a prova a própria alegria de um dia de pesca.

Na pescaria deste ano, fizemos 3 flotadas, Aluminé, Collon Cura, e Chimehuin curto. No contexto de flotadas, eu tinha uma grande expectativa, em especial por flotar o Aluminé, que em 2007 foi muito generoso comigo, me presenteando com três ou quatro trutas "históricas". Do Chimehuin eu esperava uma pescaria animada, com muitas trutinhas. Já do Collon Cura, só conhecia pela fama (de peixes de bom porte) e relatos dos colegas que haviam pescado por lá em temporadas passadas.

A primeira flotada, foi no Aluminé. Enquanto o pessoal descia os botes para o leito do rio e cuidavam de todos os arranjos para o dia, era possível avistar a pouco metros hatches imensos de adams, e até alguma atividade de trutas na superfície.

Já no Collon Cura, nossa segunda flotada, encontramos um rio concorrido. A nossa frente alguns botes já se adiantavam nos poções, rápidos e demais pontos com "cara de truta". Durante toda a manhã, era possível ver muitas trutas e percas nadando calmamente nos poções. Neste dia vivi uma situação nova : não haviam eclosões significativas, porém a água estava cheia de pequenos insetos (midges). A primeira vista parece até uma situação interessante, mas é de fato, um tanto complicado de pescar, as trutas ficam muito seletivas e comem de forma muito vagarosa.

Resumindo, em ambas as pescarias a rotina era :

Casteia, corrige, corrige, corrige, e Nada...
Casteia, corrige, corrige, corrige, e Nada...
Casteia, corrige, corrige, corrige, e Nada...

Troca a mosca, Estica o leader, verifica o nó e voltamos para a rotina :

Casteia, corrige, corrige, corrige, e Nada...
Casteia, corrige, corrige, corrige, e Nada...
Casteia, corrige, corrige, corrige, e Nada...


No Aluminé Perto da hora do almoço, e graças a uma Stimulator maiorzinha, que afundou muito rapidamente logo após pousar sobre um rápido um pouco mais agressivo, fui presenteado com a primeira captura do dia.

From Patagonia 2009



From Patagonia 2009


Depois do almoço, de fato bem ao meio da tarde, capturei mais umas duas ou três trutas, sendo duas bem pequenas e uma maiorzinha.

From Patagonia 2009



From Patagonia 2009





No Collon Cura, a pescaria foi ainda mais complicada. Mais uma vez, tivemos um dia de sol um tanto impiedoso. Não que no Aluminé o sol tivesse em qualquer momento dado trégua, muito pelo contrário. Essa pescaria no Collon Cura foi uma verdadeira prova de resistência e perseverança. Resistência em função do calor, daquela posição meio "maluca" que você fica no bote. Perseverança, por quê você tem que seguir acreditando que tem truta na água e no próximo cast você pega uma ! Perseverar no cast também. Penso eu, ter encontrado uma razão matemática entre a qualidade do cast versus a temperatura do dia e número de capturas : A qualidade do cast cai proporcionalmente ao aumento da temperatura do dia exponenciado pelo numero de casts realizados sem sucesso. Ou algo do tipo...

Enfim, graças a bendita stimulator em tamanho não recomendado pelo guia (ou seja, bem grande) que as 15 horas da tarde, graças a minha falta de atenção, afundou e me trouxe a primeira truta do dia ! "Distraídos venceremos !!" foi a frase do dia. Um Pouco depois, consegui capturar mais uma, se não me engano usando uma Coper Jhon, e logo na seqüência o Luciano também pegou sua truta no Collon Cura.

From Patagonia 2009


Tanto o Aluminé quanto o Collon Cura, nos proporcionaram uma pescaria difícil, com pouquíssimas capturas, muito calor e uma constante luta contra o desânimo. Tem que de fato gostar muito de pescar ! Mas vale aquela frase batida que todo mundo conhece : Mais vale um mal dia de pescaria que um bom dia de trabalho !

17 March 2009

Patagônia 2009 - As moscas

Alguns colegas, principalmente nos fóruns, tem perguntado sobre que moscas funcionaram em que situação durante a pescaria da patagônia deste ano.

De maneira geral, segue uma lista das moscas :

  1. Adams Parachute Griz, Marron, Cinza, amarelo claro, (16,18,20)
  2. Irresistible "Normal" (16,18)
  3. Adams Emerger Griz, Marron (20)
  4. Royal Wulf "Normal" (16)
  5. March Brown (18)
  6. Caddis CDC (20)
  7. Elk Hair Caddis (16,18,20)
  8. Humpy amarela (18)
  9. Caddis Midges (eu só tinha uma no 22 então...)
  10. Stimulator Kaufman amarelo pequeno 16,14 no máximo
  11. Soft hackle, corpo vermelho, com hackle preto, (18).
  12. Soft hackle, corpo preto com hackle preto (18)
  13. Timberline, bem pequena não lembro o tamanho exato, mas arrisco dizer que era um 20...
  14. Midges diversas (não sei os nomes corretos), mas com corpo formado por um fio de brilho, com uma pena de peacock formando colar, com (e sem) um pouco de CDC próximo ao olho do anzol.
  15. Copper Jhon Tradicional (16 -grande segundo o guia, mas pegou peixe)
Algumas observações :

  • Stimulator funcionou dada minha insistência (Agua mole pedra dura...)
  • Royal Wulf foi a rainha das trutinhas menores no chimehuin.
  • Irresistible foi Show !
  • Ninfas quase não usei, logo...
  • Tentei moscas, sem resultado algum tais como : Royal Stimulator, Chernobil Ant, Hoppers, Tarantula, Elk Hair caddis em anzol maior, white Wulf, Madam-X, bead head prince (é ! Falhou !!)
  • Tamanho do Leader : Uma vez e meia o tamanho do caniço. Diria inclusive para usar leader de fluorcarbono.
  • Tippet : 4x, 5x (maior parte do tempo) e no Malleo 6x.
  • Linha : Float o tempo todo, no meu caso WF.

14 March 2009

Malleo e A Truta

From Patagonia 2009 - Junin de los Andes


Aguardei a chegada do Mauro para ver que conjunto de caniço e carretilha eu utilizaria naquele dia. Bambu ou Carbono ? Se fosse um rio pequeno, bambu... Se fosse um rio maior, carbono. Atualmente prefiro pescar com caniços de bambu. Porém gosto da comodidade que um caniço de carbono proporciona em arremessos maiores, principalmente na pesca embarcada.

Chega o Mauro e nos informa que o rio do dia era o Malleo. Sem dúvida nenhuma, Bambu. Pego o caniço e a carretilha, junto com o resto do equipamento, rapidamente saimos da hosteria e nos colocamos a caminho do Malleo.

Da primeira vez que estive no Malleo, não fui tão feliz quanto gostaria. Não peguei tantas trutas quanto esperava, porém tinha aprendido muito com o rio. "O Rio do Livro", como diz o Alejandro. As trutas comem atráz das pedras, ao fim de cada "rápido", perto da espuma, e tudo mais que se lê em livros de pesca com mosca. Em particular eu esperava um dia de pesca um tanto técnico, tenso e possivelmente com poucas capturas.

De todos os trajetos entre a Hosteria Chimehuin e os pontos de pesca, os que mais me facinam são os que passam as margens do Malleo. O contraste entre as formações rochosas, que são percebidas e entendidas de acordo com a imaginação de cada um, com o rio que segue serpenteado aquela paisagem quase que extra terrestre. O Vale Lunar como dizem alguns.

From Patagonia 2009 - Junin de los Andes


Rio lotado, muita gente pescando em todos os primeiros tramos do Malleo. "Mas que coisa !" exclamava o Mauro, "Vamos mas a frente, mas a frente há pontos muito bons". Dez minutos mais, longe das áreas de acampamento, das propriedades mapuches, das escolas e tudo mais, descemos do carro, e muito rapidamente começamos a preparar o material para este primeiro tramo.

From Patagonia 2009 - Junin de los Andes



Tramo muito interessante por sinal, formado dois ou três poços à direita e um rápido seguido de alguns trechos mais profundos a esquerda. Luciano, vai tentar a sorte a esquerda, enquanto eu e o guia seguimos para os poços a direita.

Enquanto atravessávamos um pequeno trecho de água, de maneira a alcançar uma boa posição para castear, reparávamos nos insetos que eclodiam em todo o trecho do poço. "Adams ! Adams e mais Adams. Griz e marrom. Tem alguma ai ?", me pergunta o Mauro. Enquanto terminava de me firmar, começo buscar adams parachute bem pequenas. "Mais um dia de moscas pequenas" é a primeira coisa que vem a mente. Localizo então uma pequena parachute marron a qual elegemos para começar o dia.

"Que delicia de pescaria", penso, cinco minutos depois do primeiro cast. Não, eu não tinha pego nenhum peixe ainda. Porém era uma pescaria muito gostosa de se fazer, muito bonita também. Pescaria de cast curto, com caniço de bambu não tem igual. O caniço carrega sem pressa, você atira a linha a frente, fecha o loop com a mão esquerda, a linha cai vagarosamente na água, logo em seguida, a mosca pousa suavemente, desliza esticando o leader e o resto do fly line. Algumas ações e a captura de pequenas trutinhas marrons completam o cenário.

From Patagonia 2009 - Junin de los Andes


E seguimos pescando, casts curtos, corrigindo levemente o posicionamento da linha, prestando muita atenção. Provamos todo um poço sem nenhuma ação, sem qualquer movimento. Sem desanimar, sigo casteando. Alguns passos a frente já ao fim do poço, bem junto a margem oposta, começa um pequeno rápido. "Promissor o ponto", penso, enquanto abria a boca para perguntar ao Guia o que ele achava, eme me diz, "Uma Midge, a menor que tiver, ali, um pouco antes da espuma".

Mosca atada ao também reformulado tippet, e lá vai o cast. Vai mais um. E outro. E mais um. E finalmente, quando a midge começa a derivar, o leader estava começando a carregar o fly line. "Trucha ! Trucha ! Trucha ! Grande !! Muito linda". Não penso, sequer respiro, literalmente levanto a vara com toda força. Na ponta da linha uma Trutona Marron. O Caniço vibra, verga, canta a linha entre os passadores. Eu tento manter a calma. A Truta pula ! E Pula de novo ! Sigo recolhendo a linha. E ela pula ! E derrepente a linha fica leve, o caniço não verga mais. Meu troféu se foi... Eu não acreditava, Mauro me pergunta o que aconteceu, estava tão emputecido que não conseguia responder. "Só espero que não seja o nó que abriu", penso. Instante depois, examinando todo o conjunto, descobrimos que o Anzol tinha aberto, estava parecendo uma agulha. "Comprou anzol de oferta ? " Me pergunta o guia já dando risada da minha cara, respondo "Acho que foi ! hehehe".

Encontramos com o Luciano, que nos relata suas capturas, e entramos no carro para mudar de ponto. Seguimos mais por mais uns vinte minutos. Mais uma vez, os pontos próximos da onde estávamos já estavam todos tomados por "Yankees" como dizia o Mauro. Encontramos o que parecia ser um bom ponto. Mauro para o carro e rapidamente vamos para as águas do Malleo terminar a manhã de pesca.

Este segundo tramo, estava com as águas ainda mais claras, pouca sombra, água muito calma. Um verdadeiro desafio. Nos separamos, novamente, Luciano vai a esquerda e eu a direita. Notamos uma pequena eclosão de caddis. "Já sei, a menor que eu tiver !", digo ao Mauro, "Que bom ! Está aprendendo ! hheheh", me responde. E vai um cast, corrige a linha, corrige novamente, recolhe, seca a mosca e recomeça. "A água está muito clara. Dá para ver a sombra do leader no fundo", me diz o Mauro. De fato, a sombra estava completamente visível ao fundo, refletindo perfeitamente seu posicionamento. Sigo pescando, e nada. "Meu troféu se foi", "Acho que de agora para frente, não sai mais peixe", fico pensando já meio desanimado.

Quando chega a hora de nos reunirmos para almoçar, enquanto caminhávamos a beira do rio, começo a prestar atenção em um pequeno braço de água clara e profunda, abrigada por uma formação de pedras e vegetação, sem nenhum movimento de superficie. Sem espuma, sem galhos caidos, sem "rápidos". Dez metros a nossa frente avistamos o Luciano casteando no leito principal do Malleo. Olho para a mosca, e resolvo ir casteando nesse braço de águas calmas. De passo em passo avistávamos pequenas trutas serpenteando ao fundo do lugar.

"A água está muito clara, olha como seu leader está espantando as trutas", me diz o Mauro. Não dei muita bola, a cada dois passos, fazia um cast curto. Estava me divertindo com a curiosidade das trutas. Cada vez que a mosca pousava na água, ao menos uma trutinha se aproximava, estudava a mosca e batia em retirada muito rapidamente.

O Luciano já tinha recolhido o material, enquanto nos aproximávamos, vi uma truta pequena bem próxima a pequena parade que limitava o poço. comecei a castear, "Gustavo ! Tem uma bonita aqui ó ! ", Olho para o Luciano e ele me aponta a direção, muito próximo da nossa posição bem a cerca da margem da onde nos encontrávamos, não mais de três metros.

Recolho um pouco de linha enquanto troco a direção do cast. Se quer lanço a linha, apenas deixo-a cair próxima a margem. O Fly line cai próximo ao meu pé e se estende a esquerda, levando o leader a cair sobre um pequeno juncal, sem tocar na água. Um pequeno trecho do tippet leva a mosca a tocar suavemente na água, alguns centrimetros a frente do juncal. Penso em recolher e lançar novamente.

"Deixa ai !! Deixa ai !! Não meche", me diz o Luciano, quase sussurando. Recolho um pouco do fly line. O tempo muda de compasso e correr lentamente. Não tiro os olhos da mosca, que permanece ali, parada. A Truta se aproxima calmamente, serpenteando em "slow motion" até a mosca. Ela para, examina sua presa. Aperto o grip do caniço. A Truta sobe e para. Engulo seco.

A Truta sobe, abre lentamenta a boca e toma a mosca suavemente. Exito. Ela desce. Eu Fisgo. Ela corre para o fundo do poço. Aplico um pouco de pressão no caniço, acho que alguém fala alguma coisa. Não escuto. "Espero que este anzol seja melhor que o outro, espero que o nó não Abra. Espero tirar a Truta" sigo pensando um tanto tenso. De um lado a outro do poço A Truta corre, despertando outras pequenas trutas que por ali se encontravam. Lentamente recolho a linha, que por vezes era novamente esticada pela Truta. E o tempo volta a seu rítimo normal...

O guia entra no poço empunhando o net, se posiciona, e gentilmente dirijo a truta até ele. Já segura, tomado pela euforia tipica do pós captura, saco a máquina fotográfica para registrar a ocasião. Depois da foto, a Truta e calmamente devolvida. Assim que se solta das mãos do Mauro, calmamente, volta ao juncal próximo a margem que estávamos e desaparece. "Meu Troféu se foi... Agora sim ! Agora sim pesquei de verdade" penso um tanto realizado.

From Patagonia 2009 - Junin de los Andes


From Patagonia 2009 - Junin de los Andes


From Patagonia 2009 - Junin de los Andes



Paramos para almoçar, e seguimos a tarde pescando, ora em pontos onde capturamos mais trutas médias e pequenas, ora em trechos sem nenhuma atividade. E o dia seguiu, perfeito, como só um dia de pescaria pode ser.

Não foi a maior truta da minha vida, seguramente não foi. Não sei dizer o quanto pesou, ou quantos centímetros media. Ainda sou novo, creio ter muitas temporadas de pesca no futuro. Mas seguramente afirmo que A Truta, entrou para a minha história, nunca vou me esquecer dela.

Possivelmente, meus netos, um dia, vão escutar a história da Truta que fez o tempo parar.

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08 March 2009

Patagonia 2009 - O rio Chimehuin

From Patagonia 2009 - Junin de los Andes



Mal tinha dormido. Noite fria, com certeza a noite mais fria da temporada, além da pança cheia, aliada a perspectiva do primeiro dia de pesca, que me tirou o sono quase que por completo. Até tentei dormir mais um pouco... Em vão, calhou que com o dia ainda muito escuro, não me recordo que horas eram, acabei saindo da cama, e fui tomar café.

Me dei conta que era de fato muito cedo quando entrei no "comedor" da hosteria chimehuin, e o lugar estava vazio. Até o rapaz que veio me atender acho estranho alguém ir tomar café aquela hora. Enquanto tomava o café da manhã, que diga-se de passagem é bem gostoso e ajuda bem a começar o dia, olho para tráz e vejo o Dr. Luciano descendo de um taxi. "Pronto !" pensei, "agora só faltam as trutas !!".

Depois de recepcionar o parceiro de pesca, e finalizar o café da manhã, enquanto me aprontava para o dia de pesca, o Luciano me contou de sua aventura de taxi desde o aeroporto de Bariloche até Junin. Acertamos como seria o dia de pesca, o Luciano precisava comprar um wader e botas de vadeio, logo, enquanto ele corria atráz desses itens durante a parte da manhã, eu iria pescar com o guia Mauro, e nos encontraríamos na pousada na hora do almoço.

E assim foi, alguns instantes depois chega Mauro, o guia, um sujeito bacana, que está em seu primeiro ano de trabalho com o Alejandro. Vamos então em direção a San Martin. Depois de uns 15 minutos de estrada, Mauro estaciona o carro, e vamos ao rio.

O Chimehuin é um riozinho que me surpreende sempre. Da outra vez que o visitei, não tive oportunidade de pescar de vadeo, e na ocasião, ambas as flotadas que fizemos, foram fantásticas, logo eu tinha uma grande expectativa em relação ao este rio.

Enquanto montava o equipamento, ouvia com cuidado as recomendações e conselhos do Mauro. Na realidade quase que uma repetição de tudo que o Alejandro já havia me adiantado. Quando estava com quase tudo pronto, Mauro averigua meu leader, e me diz : "Está curto, tem que ter uma vez e meia o tamanho do caniço". "OK, termino com 4x ou 5x ?" respondo, "6x está bom"


Entramos no rio, e antes do primeiro cast, identificamos uma eclosão próxima a margem oposta da onde estávamos. Mauro me pergunta se eu tinha uma adams parachute em anzol 20, digo a ele que a menor que tenho é em anzol 18. " Vamos tentar " ele me responde.

E começa a pescaria ! Estica a linha, cast, cast, lança, apresenta... "Um metro más" me diz o guia. Cast, cast, lança, apresenta. "Tem que corrigir a linha antes de cair na água, a mosca está dragando muito rápido". Cast, cast, lança, corrige, apresenta, mending mending mending, "Trucha !" Grita o Mauro. Fisgo tarde de mais ! E recomeça o Jogo...

Cast, cast, lança, apresenta, mending, mending, mending, Mending. Nada ! Mosca Dragou...
Cast, cast, lança, apresenta, mending, mending, mending, Mending. "Trucha !", fisgo errado mais uma vez ! "Devia ter tomado mais café !" foi o que pensei depois de perder duas oportunidades muito próximas uma da outra.

Uns passos acima, identificamos uma pequena eclosão de caddis. Trocamos a mosca por uma Elk Hair Caddis em anzol 16. Grande, segundo o guia, mas era o que eu tinha em mãos. E vamos trabalhar !

Cast, cast, lança, apresenta, mending, mending, mending, Mending... Nada...
Cast, cast, lança, apresenta, mending, mending, mending, Mending...Nada...

Um passo acima, lanço a linha um pouco mais dentro do salseiro. A mosca mal bateu na água e uma truta sobe. Sobe em "Slow Motion", Abre a boca, pega a mosca e desce. Fisgo ! "Trucha ! Trucha ! Trucha !!" Grito ! A primeira da temporada, na ponta da linha, "Esta noite vou dormir bem melhor !".

From Patagonia 2009 - Junin de los Andes


From Patagonia 2009 - Junin de los Andes

E segue o resto da manhã, agora um pouco mais relaxado, seguimos casteando, apresentando, e corrigindo (mending), e trocando de mosca sempre que identificávamos eclosões onde haviam trutas ativas. Ainda muito desatento, perdi uma quantidade considerável de trutas.

Na hora do almoço, voltamos a Junin, fazer o lanche, e bucar o Luciano, que em breve se juntou a nós para comer algumas empanadas, salada, e umas carnes. Tudo muito simples, mas tudo muito bom.

Voltamos ao Rio, de volta a batalha ! Luciano foi pescando rio a cima, e eu me adiantei um pouco mais para voltar pescando rio abaixo. Durante a tarde, a pescaria ficou um pouco mais técnica, ao menos no trecho de rio em que eu estava pescando. "Tem alguma midge ai ?", me pergunta o Mauro. Tiro do bolso o menor fly box que trouxe na viagem, aquele que eu achei que nunca iria usar. Selecionamos uma, alongamos o leader, que agora estava com tippet 6x na ponta.

Se pescar com mosca seca em anzol 18, anzol 20 já é complicado. Pescar com midges em anzol 22, 24 representa um desafio. E não é apenas uma questão de ver onde está a mosca. É toda uma técnica refinada de acompanhar a mosca, evitar o drag e principalmente, ter a calma e a atenção de fisgar no instante exato, mas com calma, sem precipitação, afinal as midges são apenas um ponto derivando na correnteza, tem que esperar a truta fechar a boca e descer. E quem é que tem o sangue frio de esperar ?!

A tarde seguiu, tão perfeita quanto poderia ser, peguei algumas trutas mais, todas pequenas, trutas de "palmo", arco-íris, marronzinhas com cores bem acentuadas. Em cada truta um pouco mais de conhecimento, um pouco mais de experiência.

"Tenho que batalhar cada truta", pensei enquanto caminhava para fora do Chimehuin. "Tenho que ficar mais atento". O primeiro dia de pesca, representa sempre o desafio de se adaptar as condições locais. Por mais preparado que você esteja, por melhor que sejam seus equipamentos e moscas, por mais experiência que você tenha, a soma de todos estes fatores representa meros 50% de uma pescaria. Os outros 50%, dependem única e exclusivamente da natureza.

From Patagonia 2009 - Junin de los Andes


De volta a hosteria, combinamos com Mauro como seria o segundo dia, nos despedimos, e conversávamos sobre o que funcionou sobre as condições de pesca, capturas, piques perdidos, e tudo mais que ajudou a compor um dia de vadeio no Chimehuin...

07 March 2009

Patagonia 2009 - Junin de los Andes e o Tempo...




"Junin de los Andes não é afetada pelo tempo". Foi o primeiro pensamento que me ocorreu quando entrei na Hosteria Chimehuin. Dois anos se passaram de minha primeira visita ao local, e tive a estranha sensação de que não mais do que um par de meses tinham se passado. De fato, horas em Junin fluem como em São Paulo.

Enquanto aguardava o Alejandro, que vinha ao meu encontro para acertar os últimos detalhes da pescaria, desfiz a mala, conferi o estado dos caniços, diferente de outros anos em que pude levar os tubos como bagagem de mão, este ano fui obrigado a despachar ambos os tubos, logo sempre ficam aquela preocupação com extravios, furtos e demais ocorrências que podem frustar a pescaria.

Juntei as caixas de mosca, abri uma a uma para arrumar os anzois que sempre se soltam durante a viagem. " Trouxe muita mosca, acho que não vou usar metade ", " Essas moscas estão muito pequenas, anzol 18 !! Aonde eu estava com a cabeça ?!". A ultima caixa que tirei da mala, também era a menor, e estava replata de moscas em anzol 20, 22, uma ou outra em anzol 18. "Trouxe esta caixa para passear", pensei...

Alguns minutos depois, chega o Alejandro, que prontamente me coloca a par das condições climaticas dos dias anteriores, me lembra de ir tirar o "permisso de pesca", me fornece, alguns telefones para casos de emergência e principalmente, discutimos como seriam os dias de pesca, 6 neste primeiro instante. Quase ao fim da conversa, pergunto bem animado : "E como está a pesca ? Que moscas estão funcionando ? Elk hair caddis e mais oquê ?". E vem a resposta, com um certo tom de preocupação : "Mira, las truchas... Las truchas estan muy selectivas", e continuou "Estão pegando em adams parachutes bem pequenas, anzol 18, anzol 20, timberlines bem pequeninas também anzol 22". Conforme me narrava as moscas mais efetivas, eu fui ficando mais e mais preocupado. E ainda completou "Cuidado com o tamanho do leader ! 12 pés é o que está funcionando, 5x ou 6x na ponta".

"OK ! mañana tremprano empecamos ?" disse do alto do meu espanhol macarrônico. Alejandro me responde : "Claro, Mauro vai ser teu guia, passa aqui perto das 9 horas". Nos despedimos, e minutos depois me ponho a caminho do centro de atendimento ao turista de Junin para tirar o "permisso".

Com muita fome, minha última refeição "de verdade" (comida de avião não conta) tinha sido no dia anterior, ainda no Brasil, e já com o permisso de uma semana já em mãos, olho em direção ao "Ruca Hueney" - Restaurante local, e este ainda estava fechado. Me dirijo então a uma loja de artigos de camping e pesca bem próxima a praça central.

E aqui mais uma prova irrefurtável de que o tempo flui de maneira distinta em Junin :
Enquanto olhava o tabuleiro de moscas secas e ninfas da loja, chega o Dono da loja (do qual eu tinha uma leve lembrança) e me pergunta, "É do Brasil ?", respondo, "Sou sim !", "Me recordo de você !! Esteve aqui a pouco tempo não ?! Com Roberto ?!" (no caso Roberto = Beto Vaucher).
Confesso que fiquei bem espantando e respondi, "Sim, sou eu sim, fazem uns 2 anos que estive por aqui... Como vai o Sr ?!", e me responde "Que bom que voltou... vai pescar ? Temos moscas e o que mais você precisar..."

Faço então uma seleção de moscas seguindo as recomendações do Alejandro, Parachutes em anzol 18,20,22, ninfas bem pequenas, e claro sempre tem aquela mosca bem bacana que acabo comprando por que tem um visual bacana, mas no fundo no fundo sei que não vou usar.




Me despeço do Sr. Roque, proprietário da loja "Los Nostros" e sigo em passos rápidos para o restaurante... a fome, de fato, estava me tirando da esportiva. Escolho muito rapidamente o prato da janta, obviamente um bife de chorizo com batata frita e salada, faço o pedido ao garçon e não consigo parar de pensar, pensar de forma até preocupada nas recomendações que o Alejandro tinha me passado.

E esse bife de Chorizo que não chega ! Que fome...,

De fato, o tempo em Junin flui a seu próprio compasso...

05 March 2009

Patagonia 2009

From Patagonia 2009


Em breve ! Aqui no Vôo da Mosca !

15 February 2009

Decidindo o que levar...





Vira e mexe, nos encontros de pescadores com mosca, alguém sempre pergunta : "Mas o que levar na mala ?", "Mas de avião não é muito complicado ?", e dai sempre completa : "Poxa, quando vou pescar, loto o carro de tralha, e chego lá ainda tá faltando coisa..."

Pois é ! quando se vai pescar, e aqui já vou "afunilar" bem o assunto, pescar de fly, deve-se estudar o destino que se tem em mente, averiguar as condições de pesca e porte do equipamento... Um tanto óbivio não ?! Na realidade, neim tanto, toda atividade, tem suas catindolências !

Por exemplo, você decidiu ir pescar trutas no Chile, X região, vai ficar hospedado em Puerto Varas, onde no programa proposto pelo Lodge diz : 4 flotadas pelo rio Petrohué. Logo em seguida, volta sua atenção aos equipamentos e moscas sugestionados pelos guias do lodge : Caniço entre #6 e #8, linhas Sinking, sinking tip, Float. Moscas : Wooli buggers, zonkers, matukas, Sculpins, Stimulators grandes e etc...

Pelo curto descritivo acima, já dá para ter uma boa noção do que levar, e principalmente que tipo de pescar você estará submetido. É claro, que além das recomendações dos experts sobre o local, é importante também levar em conta o tipo de pesca que você quer fazer !

Da colisão dos pontos colocados acima, sai a lista de equipamentos a ser levado na empreitada ! Na situação apresentada, um equipamento #2 ou #3 não é indicado, e mesmo que você realmente queria fazer uma pescaria com equipamento mais leve, creio que para este cenário, o equipamento leve aceitável seria algo entorno de #4 ou #5.

Logo, para esse programa, eu levaria os seguintes caniços :

  • #8 - com certeza seria empregado em 90% da pescaria, com linha sinking / sinking tip, e uns wooly buggers e streamers gigantões com muito lastro... Não é exatamente a pescaria que eu gosto de fazer, porém estou levando em conta que o Rio Petrohué é um rio profundo, largo e rápido.
  • #5 - Seria utilizada poucas vezes com linha float, e umas moscas secas variadas, e possivelmente umas ninfas e streamers menores, penso em utilizar em alguns pequenos afluentes do Petrohue, e quem sabe um ou outra situação de vadeo...
Mas será que levar um equipamento #10 não vale a pena para aquele salmão monstro ?! Mas e aquele afluente bem calmo, de águas cristalinas... não era bom levar uma #2 ?

Quando essas perguntas aparecem, é o momento de rever o programa de pesca : 4 flotadas, ou seja, no total 6 dias de viagem !! Não se iluda !! NÃO DA TEMPO !! Não dá para flotar o petrohué, pescar de vadeo em riozinho pequenos, e ainda tentar uns mosntros em um ou outro lago com equipamento pesado.

Por que não dá tempo ?! A resposta é simples : Transporte e distâncias !! essas coisas são relativamente longe uma das outras, você iria passar muito mais tempo no carro indo de um lado para o outro do que necessariamente dentro da água pescando...

Enfim, sempre é bom lembrar que isto é a minha perspectiva da coisa toda... gosto de pescar com certa calma... correria já basta o resto do ano... Não gosto de pescaria com hora marcada... tipo 2hs aqui, 2 hs ali e vamos pro carro, fazemos o lanche na estrada enquanto alguém dirige para o próximo ponto onde permaneceremos por mais 2hs... Afinal peixe na linha não tem hora marcada !!

08 February 2009

Atado pré patagônico


From Atado


Só mesmo depois de pegar a passagem aérea na mão é que você sente aquela alegria pré-patagônica !

E como nos anos anteriores, os finais de semana que precedem a viagem, são dedicados quase que inteiramente a atar as mosquinhas que faltam no estoque. E hoje, enquanto verificava os estoques, notei que estava faltando até que bastante coisa ! Depois da última temporadda em ausentes, creio não ter atado moscas "truteiras".

Em resumo, eu estava com saudade de atar moscas secas principalmente. Hoje atei diversas elk hair caddis, adams, adams parachute, e algumas das minhas prefiridas : Royal Wulf, Humpy em EVA, que por sinal ficou bem bacana.

Sem contar, obviamente, uma ou outra invenção, ou ainda adaptações de moscas de salmão para um tamanho mais "aplicável" as trutas, como essa mosca sem nome que coloquei como ilustração do post.

Testar moscas e novas ideias no atado é sempre um grande desafio, pois na morsa, na ponta dos dedos, ou até mesmo na foto, a mosca até parace bacana, e você sempre pensa : "Essa mosquinha vai render a viagem". Agora a única opnião que de fato importa, é a da truta... E a truta será que vai gostar ?!

01 February 2009

Fish Green !




Galera,

Post curto... mas estamos retornando a velha forma...
Vale muito a pena ler sobre a iniciativa "fish green" promovida pelo excelente site globalflyfisher.com !

10 pequenas atitudes que colaboram com a natureza ! Muito legal !

25 January 2009

6 Meses depois...



Eu tinha praticamente esquecido como é pescar...
Depois da última aventura em Ausentes (agosto / 2008), não tive muitas chances de ir pescar, na maioria dos fins de semana ou tinha que trabalhar, ou estava chovendo, ou algum outro compromisso.

Finalmente, depois de uns 6 meses (mais ou menos), acordei cedo, sem dar a menor chance pro azar, mesmo antes de tomar o café da manhã, as tralhas todas estavam carregadas, e tudo no esquema para um dia de pesca.

O dia até que estava bacana, sol encoberto, pouca gente pescando (pouca mesmo), pena que tinha pouco black respondendo aos streammers, poppers, woolies, monstrinhos, divers... Por diversas vezes foi possível avistar cardumes de carpas nandando na superfície.

Quando você fica tanto tempo sem pescar, em especial sem pescar por motivos que lhe fogem a vontade ou até mesmo o controle, e quando finalmente consegue esticar a linha com o pensamento "Hum... Ali tem peixe", parece irreal, lisérgico para os hippies de plantão...

Dada a escasses de pescarias, também tinha parado de atar, por que acredito que atar sem pescar torna o atado meio sem sentido. E para completar, também estava evitando assistir vídeos de pesca de maneira não aumentar a ansiedade...

Enfim de volta a ativa... Preparando as novas aventuras tanto na pesca como no atado !