28 February 2008

Trout Grass




"Para muitos pescadores, o caniço é muito mais que um instrumento de pesca, é de fato uma antena que captura os sinais da natureza"


É baseado na "filosofia" acima que o documentário "Trout Grass" ilustra de maneira muito poética em cada uma de suas cenas. O documentário narra a jornada de mais de dez mil kilómetros desde sua colheita na china (provincia de GuangDong), o processo de seleção do bambu que vai virar caniço, todo o processo de transporte deste até chegar as mãos do artista (no caso do filme um dos mestres do caniço de bambu da winston).

O documentário ainda mostra alguns pequenos trechos de uma pescaria de trutas em Montana, e captura tanto nas imagens como em sua naração, a beleza e as alegrias de uma pescaria feita no "estilo"!

Aqui o Link para alguns trechos do filme !


27 February 2008

Spey - uma introdução



Dentro do universo de casts, equipamentos e técnicas proporcionados pela pesca com mosca, existe em especial o "europeu" Spey cast. Europeu pelo fato deste ser amplamente divulgado e praticado por toda a Europa na pesca, por exemplo, do salmão e do SteelHead.

O vídeo a seguir, é interessante, pois é bem didático em explicar as diferenças entre os equipamentos de fly "tradicional", nosso do dia a dia, para com os equipamentos de Spey. As diferenças, segundo o sujeito, são muitas, começam na vara, mas comprida extendem-se ao fly line líder e etc... Até as mosquinhas são atadas de maneira ligeiramente diferente !




26 February 2008

E revistas de fly ?


Uma pergunta muito comun nos fóruns de bate-papo sobre pesca com mosca, ou ainda em encontro de pescadores, é a famosa : "Onde consigo comprar revistas de fly no brasil ?", a outra, talvez até mais pungente é : "Existem publicações sobre pesca com mosca no Brasil ?".

Bom, "veja bem" ("veja bem" aquele fatídico prelúdio de enrolação hehehe), nunca vi uma revista dedicada inteiramente a pesca com mosca no brasil. Uma ou outra vez, sai umas fotos ou até uma materia sobre o assunto nas revistas de pesca comumente encontradas pelo brasil a fora.

E revistas importadas ? Em lingua inglesa por exemplo ? Onde acho ? Só consegui comprar uma "Fly Tier" uma única vez na La Selva do aeroporto de Congonhas. há uns 2 ou 3 anos vi uma Fish & Fly na Livraria cultura do shopping villa lobos, mas tava o olho da cara e não comprei.

Bom, então volto dedão para casa ? Não necessáriamente, existe muito conteúdo interessante e de qualidade disponível gratuitamente na web. Meu preferido é o magazine digital dos hermanos argentinos do "Fogon mosqueiro". Totalmente gratuita, de muito bom gosto, fácil de ler (mesmo para quem, como eu, é um zero a esquerda em espanhol) e vem em arquivos PDF o que facilita a impressão e a visualização off-line da publicação.

Recentemente, descobri uma maneira de comprar revistas de fly americanas, em formato digital de alta resolução, pela web, pagando menos do que o preço de banca (de banca nos eua), e ainda de forma segura.

A Zinio é uma empresa que criou uma espécie de banca de revistas digital na web. Você precisa entrar no site dos caras baixar um programa (zinio reader - gratuito), instalar no micro, e criar uma conta com usuário e senha. Depois destes passos iniciais, você pode começar a procurar no acervo dos caras pelas suas revistas preferidas. Tem de tudo, desde Times, playboy e revistinha do pokemon até revistas de caça e pesca.

A Zinio lhe permite comprar um único número de uma revista, por exemplo, ou ainda assinar a revista digital escolhida e a receber periódicamente dentro do zinio reader. Quando você compra uma revista, ela fica disponível para você baixar no site. depois que você baixa ela no seu micro (dentro do zinio reader) você pode se desconectar da net e ler a revista normalmente (no micro). Caso você formate a máquina ou por ventura venha a perder o arquivo local, tudo que você compra ainda permanece online a sua disposição para que você baixe quantes vezes forem necessárias. E para quem faz questão de ter a revista em papel, o programa permite imprimir a publicação total ou ainda parcialmente.

A Zinio também tem seus problemas, até o momento, não consegui copiar nenhuma das revistas digitais que baixei para outros colegas... É um formato de arquivo proprietário e ainda não vi um "programinha esperto" para liberar o "esquema". Porém cada publicação, de fly por exemplo, custa em torno de 5 doletas, o que em dias de hoje (menos de 10 reais) não é nenhuma exploração. Porém, contudo, todavia, claro que "de gratis" é muito mais legal !

Segue então alguns links :

  1. lista de revistas de fly & pesca disponíveis na zinio
  2. Uns links a lá google para revistas de pesca na web
  3. Fogon Mosquero
  4. Drake Magazine
  5. The big sky journal (para quem tem fissura No estado de montana, black foot river, twin bridgers...)
  6. Fish & Fly - Excelente publicação, pouca propaganda, artigos longos e filosóficos, para quem gosta de ler

25 February 2008

Para os Prof. pardais de plantão - Dubbing brush


Dubbing brush nada mais é que aplicar dubbing sobre uma boa tira de fio metálico e fio de atado do mesmo comprimento e torcer tudo junto de maneira a formar um fio resistente de dubbing. Talves o dubbing brush seja o precursor do chenile na arte do atado.

Enfim, montar dubbing brush de maneira manual me pareceu ser extremamente trabalhoso. Daí fuçando no youtube, achei um videozinho de um sujeito que montou uma engenhoca, no melhor estilo professor pardal.

Nada nada é uma invenção de respeito... Talvez com algumas adaptações de material dê até para produzir um chenile caseiro !

Alguém se habilita ?


24 February 2008

Consumo e consiência


Semana passada fui aos EUA, fiquei uma semana por lá há trabalho... Das 8:30 da manhã, até as 17 horas trabalhando e participando de reuniões. Assim que terminava cada dia de trabalho, eu procurava alguma coisa interessante para fazer pela cidade. Entenda-se "algo interessante" por andar atraz de fly shops e etc etc etc...

Devido ao fuso horário, eu acordava muito cedo, mas muito cedo mesmo, algo em torno de 3 ou 4 horas da manhã. E daí sem ter nada para fazer, o esquema era ligar a tv e ficar tomando um chá-café (os caras não entendem da arte de se fazer café de verdade).

Enfim, no meio de tanta asneira da tv americana, e mudando d canal frenéticamente, achei um canal chamado "Versus Country". O Versus tem sua programação dedicada as atividades e esportes outdoors ou ainda a esportes de combate. Então durente toda uma semana, das 3 até +/- as 8 da manhã eu ficava assistindo a programação de caça e pesca e tomando chá-fé.

Num desses dias, durante um intervalo comercial, surgiu um sujeito, se não me engano presidente da associação norte americana de caça e esportes outdoor bla bla bla... Falando sobre a importância de se levar a nova geração em caçadas e pescarias, de maneira a criar a conciência sobre a necessidade de se preservar o meio ambiente. Na realidade o sujeito explica essa necessidade da seguinte maneira :

"Nossos filhos e netos vivem uma realidade fabricada onde tudo é online, tudo é rápido, uma refeição tem gosto de fast food...Passam horas e mais horas praticando violência virtual com seus xbox, e sequer aproveitam alguns muitos de sol por dia, vivendo uma realidade de emoções e satisfações frias e virtuais.... "

Mais ao fim das suas colocações o sujeito segue :

"Como concientizar essa geração "online" sobre a importância do meio ambiente e das espécies se eles não dão a menor importância a isso ? Leve seus filhos para caçar ou pescar, leve-os o quanto antes... Só quem desfruta da natureza e seus recursos entende a real necessidade das ações de preservação... "

E como descordar desse discursso ? Como explicar a alguém que nunca pisou num rio, nunca viu um peixe em seu habitat natural a importância de se preservar hoje para preservar amanhã ?

20 February 2008

Não é todo dia.

Não é todo dia que você tá parado no transito, congelando de fato, quando, por algum motivo, você olha do lado e tem a chance de fazer uma foto até que inusitada ! Um boing em processo de aterrisagem no campo de testes da empresa, cruza o céu bem em cima do ícone da cidade, o Space needle...


18 February 2008

Entre -1 e 5C


Muito diferente daquele frio bacana que faz em São josé dos Ausentes, ou ainda na Patagônia (antes de esfriar de verdade) é muito "punk" (por falta de uma palavra melhor !) este frio seco e cortante do hemisfério norte. Andar contra o vento, lembra muito fazer a barba com um aparelho já com lâminas desgastadas e totalmente "a seco".

Apesar disto, todas as ruas de comércio tem atividade constante. O povo realmente não fica em casa aqui... sai todo mundo na rua... Basta não estar nevando ou chovendo...
Bom a gente faz o que tem que fazer... no meio desse frio todo, com trocentos agasalhos, saio na caminhada atráz de um flyshop... Meia hora depois, acho exatamente o qual estava procurando e e na porta, do lado da plaquinha "Gone Fishing" tem uma carta aos clientes que diz :

"Amigo Fly fisherman, Num dia lindo como este você não deveria estar pescando e não comprando equipamentos ! "

Em um primeiro instante dá raiva da situação, daí você para pensar, analisa a situação e percebe que o figura tem razão !! E olha que "dia lindo" aqui signifca não estar nevando, neim chovendo...

15 February 2008

O Roll Cast



Quando comecei a pescar com mosca, o primeiro cast que aprendi foi o "Roll Cast". Como eu só pescava em PP, e em pp sempre tem obstáculos para o back Cast eu sempre pratiquei bastante o roll cast, mas ficava na vontade de arremessar fazendo false casts e a coisa toda.

Na realidade, nessa época eu pensava que rollcast era um quebra galho, ou seja, sempre que não dá para castear tradicionalmente (Pick up, back cast, forward cast e shoot), você faz uns rollcasts. Ledo engano !

Rollcast é uma técnica de arremesso elegante e muito interessante que exige prática e atenção. Hoje em dia percebo que o rollcast é a técnica básica para arremessos mais elaborados e até penso que seja o princípio das técnicas de Spey e etc...

Basicamente, o roll cast se vale da tensão superficial sofrida pela linha de fly em contato com a água para tensionar o caniço durante o arremesso. Idealmente, após a execução do movimento de arremesso, o fly line tem pouco contato com a superfície da água, fazendo com que o loop formado a frente da linha se encarregue de "carregar" todo o sistema a frente.

Segue, então alguns links com pequenos tutoriais sobre o rollcast "Basicão" e ainda um videozinho ensinado a técnica !

http://www.letsflyfish.com/rollcastmovie.htm
http://www.flyfisherman.com/skills/jbrollcast/
http://www.fishsniffer.com/technique/tl022004rollcast.html
http://www.sexyloops.com/flycasting/tbasicroll.shtml (com filminho bacana !)



13 February 2008

Para quem gosta de história !

Achei mais um videozinho bacana no youtube ! 

Desta vez mostrando a história de um dos caniços de bambu mais procurados pelos colecionadores, e que está sendo recussitado por um artesão americano !

Vale a pena assistir ! muito bem produzido, e ilustra muito bem a paixão que os artistas do bambu tem que ter por sua arte !



12 February 2008

Como empunhar o caniço de mosca.



O texto a seguir é uma compilação de alguns textos encontrados na web, bem como trechos de livros dedicados ao ensino do arremesso.

Existem, inicialmente, três maneiras distintas de se empunhar o caniço de fly :

  • Thumb Grip : A famosa empunhadura com o dedão voltada para cima ! Talvez a mais disseminada entre os brasileiros. De acordo com a literatura, é uma empunhadura utilizada em equipamentos mais pesados, ou ainda para se imprimir maior energia a vara.

  • Golf Grip :
    É a empunhadura mais simples de se entender inicialmente, e oferece um grande conforto a priori. Porém durante logos dias de pescaria pode oferecer desconforto, e até causar um pequeno stress no punho.

  • Point Grip :
    Como o exemplificado na figura, o "Point grip" emprega o dedo esticado sobre o grip do caniço. Muito difundido entre os pescadores de truta em pequenos rios. Proporciona casts em menor distância, porém com grande acuidade e controle da linha.

Na minha opnião, a forma com que se empunha o caniço está de certa forma relacionada ao estilo que aprendemos a pescar. Para quem já leu ou assitiu o Material produzido pela Joan Wulff, sabe que ela até cita o pointing grip e o golf grip, mas de fato prega a utilização é o thumb Grip. Da mesma maneira Mel Krieger no vídeo "THE ESSENCE OF FLYCASTING" também faz uma pequena citação ao golf e ao pointing grip mas de fato prega a utilização do thumb.

Particularmente até já tentei usar o point grip, mas não me adapto ! Porém, a título de treino, vale a experiência, tavez você descubra uma nova forma de pescar que lhe seja mais confortável ! Afinal o objetivo em um dia de pesca é, claro, pescar ! E não ficar reclamando no canto de dor na mão, no braço e etc...

11 February 2008

Acuracidade



No livro "Fly Casting Accutacy" a 1a. dama do Fly casting, Sra Joan Wulff, discorre sobre o assunto que talvez mais preocupe mosqueiros ao redor do globo : "Como colocar a mosca no lugar certo !"

Ela começa o livro explicando o que é acuracidade e os elementos que fazem parte desta. De maneira muito breve, vou dar um pequeno resumo :
  • O elemento fundamental da acuracidade é a cordenação entre os olhos, a mão que controla a vara em relação ao alvo. A relação ao alvo é afetada diretamente pela distância em que o projétil (no caso a linha de fly) tem que percorrer para atingir o alvo.
  • Desenvolver e treinar este fundamento pode ser exercitado diáriamente, sem necessariamente empregar o material de pesca. Você pode começar a desenvolver sua mira, jogando bolinhas de papel amaçado no lixo, camisetas pela casa e etc...
  • Para treinar jogando bolinhas de papel no lixo, é importante executar o mesmo movimento que você faria em um cast, obviamente soltado a bolinha em direção ao lixo no final da trajetória do seu braço (faz muito mais sentido ver alguém fazendo do que tentar descrever em palavras !). Ao invéz de brincar de NBA, você brinca de pesca !
  • De começo, é muito mais importante jogar a bolinha de papel em direção ao cesto de lixo do que necessariamente acertar o cesto de lixo. Acertar, faltar pouco ou passar do cestinho, é apenas uma questão de imprimir mais ou menos força ao movimento.
  • Lembre-se apenas de treinar o movimento sempre da mesma forma, para acondicionar seus neurônios a executá-lo de maneira correta.
Claro que ficar jogando bolinhas de papel no lixo o dia todo não vai te fazer um pescador melhor ! Este é apenas um pequeno exercício utilizado para desenvolver a mira/acuracidade como queiram.

Outro fator interessante, que a maioria de nós só presta atenção durante o curso de fly casting e depois esquece, é executar o back cast e o forward cast de maneira que o fly line permaneça sempre no mesmo plano. Sem alternar para cima e para baixo, ou para os lados em toda a trajetória do fly line. As vezes até em função da adrenalina da pescaria, tentamos corrigir um cast no "meio do caminho" o que acaba com qualquer chance de colar a mosca aonde precisamos.

No texto acima procurei dar uma pequena idéia sobre o conteúdo do livro escrito pela Sra Wulf. Particularmente aprecio a idéia de se desenvolver acuracidade treinando a mira durante o dia a dia, achei a idéia muito válida, principalmente para quem tem poquíssimo tempo para pescar / praticar

Neste LINK é possível encotrar o livro mencionado bem como demais livros da autora, e ainda outras opniões a respeito do material.

09 February 2008

Restos mortais




Durante a semana, resolvi passar um pente fino nos fly boxes inicialmente com a intenção de levantar o que estava faltando para as próximas empreitadas. Durante o pente fino, percebi que tinha muitas moscas que eu tinha atado logo no começo da carreira de atador (hehehe) e que neim de longe pareciam com uma mosca "Pescável".

Comecei então a separar essas moscas que estavam mal atadas e ainda as que já estavam detonadas ou que simplesmente moscas que nunca renderam nenhum peixe. Algumas horas depois, eu tinha praticamente limpado o fly box de ninfas quase que por inteiro e um pouco mais da metade do de moscas secas.

Hoje passei boa parte do dia descendo o estilete nas moscas que mais pareciam amuletos dos homens da caverna contra o barulho que vem do alto (heheh) !

O resultado : uns 80 anzois limpinhos, prontos para serem utilizados novamente com mosquinhas decentes desta vez (ou ao menos espero que sejam moscas decentes) ! e uma pilha de material desperdiçado !

Nada nada, essa limpeza é conseqûencia de uma mudan;a de pensamento. Antes, no começo, eu queria apenas terminar a mosca. Tipo chegou no nó de finalização o atado acabou ! Hoje em dia, sou mais crítico, se a mosca não ficou do jeito que quero, ou igual a uma foto, neim finalizo e já toco o estilete nela !

O resultado de desmontar um monte de moscas-patuá-patachó, é esse monte de material desperdiçado ! Afinal de contas, só dá para salvar o anzol !


07 February 2008

De volta ao básico !



Tinha um gerente em uma empresa que trabalhei, que é um cara realmente muito inteligente, engenheiro / matemático / curioso de plantão que sempre que vê uma discussão em torno de algum problema mais técnico, solta a seguinte frase :

"ÉÉÉ !!! Um dia esse negócio de Excel, MathLab, brinquedinho (calculadora programável), vai tudo parar de funcionar e quero ver vocês tudo ai "Ó" na régua de cálculo !! Quero ver vocês pularem ! Que neim eu pulava quando..."


Eu nunca tinha visto uma régua de cálculo na vida. Mas como a curiosidade é um treco que mata ! Fui consultar o todo poderoso oráculo dos tempos modernos : www.google.com. E claro lá estava a reguinha de cáculo ! Artefato curioso ! Existem diversas formas de régua de cálculo para diversos fins. operações básicas, algumas mais sofisticadas voltadas a fisica e quimica e etc...

No blog "The Fly fishing underground " o autor em um post de 15 dias atráz, ressalta que uma nova geração de pescadores "Born in the coldness of the Carbon" (nascidos no frio do carbono) vem descobrindo as varas de bambu e também as varas em fibra de vidro.

Em um post subseqüente, do mesmo blog, o autor reforça ainda essa busca por equipamentos clássicos, noticiando que três grandes artesões da construção de varas de bambu nos EUA não estão mais aceitando pedidos, pois possuem filas de espera de até 5 anos !


Algo semelhante foi notado em um fórum de pesca europeu, porém no velho mundo, o "revival" são as varas de fibra de vidro. Em particular, procuradas por pescadores que buscam um equipamento de ação progressiva.

Aqui mesmo no Brasil é possível observar toda uma galera descobrindo as varas de bambu fabricadas pelo Beto Saldanha e Gregório entre outros. Alguns testam o equipamento, e se apaixonam logo de cara. Outros compram e acham bacana mas ainda preferem o carbono e etc... Enfim, uma questão muito mais de gosto do que de tecnologia.

O que acho fantástico mesmo é constatar que diferente da régua de calculo, que morreu com o advento do computador moderno, tanto as varinhas de bambu quanto as de fibra de vidro, não se apresentam como equipamentos antigos e saudosistas. Mas sim, como equipamentos que não apenas resistem ao tempo, mas que evoluíram e que fazem frente a tecnologias um mais recentes.





Aquele fatídico instante do "Click"

Realmente não sei dizer se são montagens ou não. Recebi estas fotos por email hoje, e fiquei impressionado com as imagens. Não sei se foram editadas ou não (se alguma delas foi, quem editou está de parabéns !) se foi sorte do fotógrafo(s) e se foi um desses caras da National Geographic Society que passam meses e até anos embrenhados nos confins do planeta atráz de imagens como estas.

Mas enfim, espero que os colegas gostem !

Olha a cara de "Mifudi" do peixe !


Dublêzinho



Esse ai virou sashimi !

06 February 2008

Pescaria "Fast Food"

Já fazem alguns dias que o Alex (CEO da ALDEFLY) postou no fórum do www.flyfishingbrasil.net, um tópico sobre pescarias em rios que cruzam cidades, ou ainda em lagos/ lagoas que fazem parte do cenário urbano.

Também já ouvi diversos colegas pescadores, contarem das famosas "Fugidas" na hora do almoço para pescar. Especialmente em períodos de grande stress no trabalho, onde uma pescaria de 1h traz muito mais benefícios do que uma refeição completa.

Uma boa pescaria, na minha opnião, é aquela feita em lugares onde não tem sinal de celular, o telefone mais próximo fica a uma hora de distância e por aí a fora. Porém uma pescaria "Fast food" tem seu valor em um cotidiano cada vez mais atribulado.

Enfim, para ilustrar a idéia, segue o videozinho de um pescador urbano, que dá o famoso "perdido" no escritório na hora do almoço e vai pescar umas carpas num canal no centro do que imagino ser uma pequena cidade. Sempre com um olho na mosca e outro nas imediações para ver se o chefe não está chegando !


Divirtam-se !






05 February 2008

Como fotografar moscas e objetos pequenos


Quer aprender a fotografar suas mosquinhas ? Ou ainda aquele detalhe minúsculo de uma isca artificial ou um anzol ?

O Nelsão Maciel Ensina !

No "Foto-Forum - Escrevendo com a luz" da caterva, o Tio Nelsão, já há um bom tempo escreveu e disponibilizou um excelente tutorial das técnicas necessárias para se produzir uma boa foto em "Macro". Vale muito a pena dar uma conferida !

Segue o link : http://caterva.com.br/forum/viewtopic.php?t=2547

No globalflyfisher, também tem um excelente tutorial (em inglês) de como fotografar moscas,
o qual também traz seções sobre scanners e também de como tratar as fotos.

Segue o link : http://globalflyfisher.com/gallery/digitizing/index.html

04 February 2008

Phesant Tail, Mallard flank, Biots e Turkey Tail

Além das penas do neck, utilizadas para fazer o colar de moscas secas e ninfas, das penas do saddle para utilizadas em streamers e moscas maiores, também existem penas de outro animais bastante utilizados no atado, ainda que fora do campo dos materiais de atado exóticos que custam uma exorbitância.


Phesant Tail, ou cauda de faisão, de muita utilidade, principalmente no atado de ninfas e midges, além de ser utilizada na confecção das patas de alguns patterns de terrestrials (dave's hopper por exemplo). Creio que a mosca mais conhecida que utiliza esta pena é a phesant tail nimph, que por sinal sempre dá bons resultados em Ausentes.




Mallard Flank, Mallard é uma "raça" de pato, as penas do flank são retiradas das lateriais do pato, muito utilizadas como asas de moscas secas, caudas e em ninfas. Não sei se nunca dei sorte ao comprar este material, mas as penas de mallard que tenho aqui são muito fracas e arrebentam na primeira batida de um lambari numa mosquinha seca. Creio que o melhor emprego desta pena seja em moscas secas tipo spinners



Biots, biots podem ser extraídos de perus e de gansos, geralmente utilizados para se fazer caldas em "V", antenas e até wing cases (um tanto exótico esse wingcase). Creio que o melhor exemplo do uso de biots seja a famosa Bead Head Prince, também sucesso em Ausentes.


Turkey tail, As penas da cauda de peru, são muito utilizadas na confecção de wingcases, caudas e em algums casos são utilizadas em conjunto com fitas de silicone ou ainda com epoxy, em backShelf (costa) de scuds e Czech nimphs. Hoje em dia, existe um material sintético chamado Medallian brown sheet, que lembra muito com ráfia,porém é coberto por uma camada de parafina. materialzinho muito bacana que rende muito e é mais simples de se utilizar em wingcases e backShelfs.

Fica aqui também o convite aos colegas mosqueiros, a enviarem outras utilizações destes materiais !

03 February 2008

Ô loco meu !


Cansado de Faustão ?! Eu também !

Graças a Deus existe a internet, youtube hook.tv entre outros ! Hoje fuçando no site da galera que produz a série The Trout bum diares, encontrei a iniciativa deles de promover a pesca com mosca atravéz de filmes na web !

Na minha opnião, achei o site mais interessante que o youtube, por ser totalmente focado em Fly fishing, e melhor construído do que o hook.tv (que tem navegação bem chata na minha opnião)

Segue aqui algumas amostras do conteúdo !















02 February 2008

Necks & Saddles : emprego e conservação



Quando comecei a atar minhas próprias moscas, o material que mais tive dificuldade de achar, foram as penas necessárias para fazer o colar (Hackle) das mosquinhas menores. Tentei uma série de penas "alternativas", penas de pardal e etc. Até me convencer de que era de fato necessário investir uma grana, no material adequado, pois minhas moscas ficavam todas desproporcionais e meio tortas.

Se as mosquinhas tortas tivessem dado resultado no rio, talvez eu não me importasse, mas nunca deram ! E só depois de umas duas ou três tentativas frustradas comecei a correr atráz de mais informações e principalmente de comprar penas decentes.

As primeiras penas bacanas que comprei foram duas metades de saddle Cape genético da Whitenning farm e um Neck de Hen da mesma empresa. Logo ao abrir o pacote, a diferença de qualidade já fica muito clara. Porém, nessa época, eu até sabia que um saddle não era a mesma coisa que um neck e das diferenças entre Hen's Capes naturais e genéticos. Depois de ler um pouco sobre o assunto em alguns livros e sites na internet, descobri que a coisa e bem diferente do meu primeiro "palpite sobre o assunto"

Logo, vamos ao básico sobre penas, galos e galinhas
  • Cape : Ou seja, o chefe do galinheiro ! O Galo, tem penas mais estreitas e com cerdas dispostas em "V" ao longo da haste, sempre com as terminações em ângulo bem agudo. Além da disposição das cerdas, a penas de galo são mais resistêntes que as penas de galinha e possuem um brilho natural mais pronúnciado. Possui ainda, pouquíssima pluma no início da haste. A principal utilização é a confecção de hackles.

  • Hen : A mulher do galo ! A galinha tem penas largas e menores em comprimento, com cerdas distribuídas em ângulo mais aberto ao longo da haste. a Terminação de cada pena é ovalada. Ainda são menos resistentes que as penas de galo, e possuem muito mais pluma no início de cada haste. No geral é pouco indicada para fazer hackles, e costumeiramente utilizada em streamers e também como material de uso geral.
Bom, agora que já separamos os galos das galinhas, vamos aos necks e saddles :


  • Neck : do inglês significa pescoço, ou seja quando falamos em penas do neck, estamos nos referindo as penas que crescem ao redor do pescoço das aves. Um bom cape neck, tem penas compridas e finas, com quase nenhuma pluma e haste bem firme. ao longo couro, as penas devem crescer gradativamente, indo de penas bem miúdas (aquelas para anzol #24, #28) até penas bem maiores (para streamers médios por exemplo).
  • Saddle : A tradução literal de Saddle não faz muito sentido em português, mas é o correspondente as costas do animal. Nesta região, crescem as penas maiores, geralmente utilizadas para streamers e coisas maiores. Um bom saddle, é estreito e bem comprido.
Além dos galos e galinhas criados naturalmente, os quais representam em média 40 anos de evolução nas espécies utilizadas para a produção de penas, hoje ainda contamos com produtores que fazem uso da genética para aprimorar a qualidade das penas.

A Whitenning farm, principal criadora de galos e galinhas genéticamente modificados, iniciou sua operação contando com 4 grupos distintos de animais, os quais eram criados anteriormente de maneira natural sem intervenção genética.

Qual a vantagem de se empregar necks e saddles genéticamente modificados ? A intervenção genética, permite aprimorar as características desejadas do animal, no caso as penas, de maneira muito mais eficaz e rápida do que a simples "cruza" de animais de grupos distintos.

Tomando por exemplo os galos genéticamente alterados , estes produzem penas muito mais longas e estreitas e proporcionais. Para o atador, penas longas e que reservam as mesmas características do início ao fim representam uma grande econômia, uma vez que é possível atar mais moscas com a mesma pena, reduzindo perdas.

Além das características já citadas acima, os galos e galinhas alterados genéticamente contam com um maior controle sobre características tais como cor, brilho e resistência da haste. O criador consegue ter um bom controle sobre a cor dos animais, ofertando aos atadores, cores consistentes ao longo dos tempos, bem como, introduzir novos padrões de cores ao longo dos anos.

Inicialmente os produtores investiam apenas em obter necks de boa qualidade, como efeito colateral deste aprimoramento, os saddles também evoluiram. Hoje em dia, um bom saddle genético possui penas de qualidade tão próxima as encontradas nos necks, que muitos atadores profissionais fazem uso do saddle em uma grande variedade de moscas que antes demandavam o uso de penas de neck.

Mas e agora ? Compro neck, saddle, galo ou galinha ?

Tudo depende das suas necessidades. De acordo com as moscas que você mais ata / utiliza, pode-se optar por comprar um saddle ou um neck ou um pouco de cada. Mas vamos, em linhas gerais, delinear o que comprar baseado no tipo de atado :
  • Midges : Neck natural, os neck genéticos não contam com penas tão pequenas
  • Ninfas, Secas, emergers e moscas clássicas : Neck, sem sombra de dúvidas. Se você ata estas moscas sempre do mesmo tamanho ou com pouquíssima variação, em anzóis 16 e 18, vale compensa investir em necks genéticos, pois o aproveitamento é bem maior.
  • Wets, Ninfas Stone, Secas grandes, terrestrials mais "Patagônicos" : Neck também ! Porém, dada a variedade de tamanhos e a necessidade de penas maiores, um Neck Natural seria de maior serventia. Talvez, ainda valha a pena investir num bom saddle genético para complementar.
  • Woolies, Streamers, bugs e poppers : Um bom Saddle genético ! Além de penas de galo e galinha "normal" mesmo...
  • Todas as alternativas acima : Necks naturais e Saddles genéticos.
Vale lembrar ainda, que comprar um neck ou um saddle, é quase um investimento a longo prazo. Um neck, tem muita, mas muita pena mesmo e rende muito, um neck genético rende mais ainda !

Na minha opnião, vale mais a pena comprar 1/2 neck ou ainda 1/4 de neck de cada cor/padrão necessário, do que comprar apenas um neck de uma única cor, e ficar limitado. Diversas marcas oferecem necks e saddles fracionados a preços mais interessantes. Porém, sai ainda mais enconta comprar um neck ou saddle inteiro e dividir entre dois ou três colegas de atado.

Uma dica é sempre prestar atenção se as penas ainda estão presas a pele do animal ou se estão grampeadas na embalagem. Necks e saddles de qualidade sempre vem presos a pele do animal. E ainda, por algum motivo que não sei precisar, as penas tem maior durabilidade quando estão presas a pele.

Para conservar os necks e saddles basta manter estes nas embalagens originais, ou em sacos plásticos, preferencialmente hermeticamente fechados e ainda com material secante, silica gel por exemplo, sempre de maneira individualizada, evitando assim passar bolor entre as pe;as.

Mais referências na web :