29 November 2007

Livros, livros e mais livros


Uma coisa que sempre me perguntam, é sobre livros, livros de pesca com mosca, livros de atado e por aí a fora.

Bom, eu tenho um certo problema com livros, leio todos que caem na minha frente (e que posteriormente são debitados no cartão de crédito). Leio de tudo, ficção, temas ligados a ciência da computação e, claro, livros de pesca com mosca !

Hoje, temos o Livro do Paulo Cesar (Pescando com mosca) em lingua portuguesa, porém, meia dúzia de anos atraz só livros em inglês. Bom, tornando uma longa história curta, li muitos livros de fly em inglês, tanto de atado, quanto de cast bem como sobre nós de pesca e nós específicos de fly.

Um fato interessante sobre comprar livros importados, é que livros não são taxados pela receita federal. Ou seja, você paga, o valor do livro e o frete para o Brasil, e recebe o livro na porta da sua casa.

Para facilitar a vida, criei uma lista de livros no site www.amazon.com contendo todos os livros de Fly que já tive contato ou que ainda tenho em casa.

Para acessar a lista, basta clicar aqui !

28 November 2007

Extremos em atado

Srs, hoje, enquanto voltava para casa, vim pensando em como o atado pode ser uma atividade mais simples, ou ainda muito mais complicada. 

Talvez seja como a fotografia, Tirar foto todo mundo tira, Agora construir uma imagem, escrever com a luz é uma arte para poucos fotógrafos obstinados que perseguem a perfeição em cada click. 

No atado não é diferente, Atar qualquer um ata, é uma questão de aprendizado, prática e em pouco tempo você está atando algumas moscas que já são bem usáveis em pescarias. Porém é para poucos a arte de atar ou ainda criar as moscas para pesca do Salmão do Atlântico. 

As moscas de salmão são um tanto exóticas e usam, em sua maioria, materiais exóticos, caros e raros de serem encomtrados. 

Hoje procuro ilustrar esses dois lados do atado com dois vídeos. O primeiro de tão simples que é chega até a ser meio ridículo uma minhoca marron atada com uma tira de chenile... Já o segundo é uma coleção de fotos de "Salmon Flies" exóticas e que acredito não são feitas para pescar, e sim para concursos de atado ou como objetos de decoração.





 

27 November 2007

Fogon Mosqueiro - Pesca com mosca ao estilo Latino !

Chamar os colegas argentinos, que compõe o fogon mosquero de um grupo de pescadores que trocam idéias pela internet, é uma simplificação grosseira de tudo que este grupo faz na Argentina, e mundo a fora pela internet.
Tudo começou com uma lista de mensagens via email (prática comun e anterior a criação dos softwares de fóruns online). A qual foi evoluindo, virou grupo de discussão sediado no Yahoo, depois um site, já a algum tempo uma revista digital.
Além de toda a atividade que toma corpo na internet, o grupo ainda promove um evento de base bimestral ou trimestral, chamado de Angus Castle, com o intuito de reunir toda a comunidade de mosqueiros para que além da habitual troca de idéia, um dos propósitos do encontro é que os pescadores levem seus equipamentos e disponibilizem para que todos os participantes possam "Castear" um pouco, entrando em contato então com uma boa diversidade de equipamentos.
Muitos dos que vão ao Angus Castle pela primeira vez, buscam justamente isto, testar diversos equipamentos distintos antes de comprar um equipamento novo.  Além do mais, sempre tem alguém mais experiente disposto a observar seus casts e lhe contar o que está acontecendo de errado !
Um capitulo a parte sobre o Fogon, é a revista que o grupo, produz e distribui gratuitamente na internet, no formato PDF e em duas resoluões (Alta com uma qualidade impressionante e uma em baixa resolução que quebra bem o galho)




Este mês a Galera do Fogon, ainda está promovendo um concurso internacional de fotografia, totalmente dedicado a temas ligados a pesca com mosca !

Em resumo, vale a penha conhecer o site do fogon, baixar a revista e ao menos tentar ler a revista (ou ver as figurinhas hehehe) 

26 November 2007

Clinica de Cast Com Gerson Kawamoto

No meio deste ano, tive o prazer de participar de mais uma clínica de arremessos presidida pelo Colega Gerson Kawamoto, e promovida pelo Betinho.

Foram dois dias de clínica, no primeiro dia, o foco foi o atado de pequenas moscas secas (o qual, deve ser assunto para um próximo post) e no segundo dia, a tão esperada Clinica de Arremesso !

O Gerson, como sempre muito paciêncioso, ia de aluno em aluno, focando de maneira a ensinar cada um dos presentes aquilo que o aluno precisava ou ainda almejava a aprender.

No meu caso, procurei focar nas técnicas de Roll Cast, de maneira a formar a base para aprender as diversas técnicas de Spey Cast. Coisas como o D-Cast, Snake Cast, Snap D e por ai a fora.

Ao fim do dia, o Gerson deu um pequeno resumo "ao vivo" de algumas das técnicas, as quais tentei fotografar em sequência, de maneira a ilustrar o dia de aprendizado. Bom, juntei toda a sequência de fotos, coloquei um Blues de fundo e coloquei o vídeo no YouTube para dividir com o resto dos mosqueiros !




Caso você tenha a oportunidade de participar de uma clínica com o Gerson, ou mesmo de um treino, não deixe a oportunidade passar !!  De Corrigir a forma como você empunha a vara até os famosos Roll Casts e Spey Casts e ET Casts (hehehe) com certeza, todos temos muito a aprender com o Colega Kawamoto !


25 November 2007

Atado - mais videos tutoriais


Seguem mais algums vídeos com tutoriais de atado, hora do youtube, hora do hook.tv ?
Woolly Bugger !



Phesant Tail - A receita clássica ?



Lefty Deceiver (com direito a ver o Lefty Krieg dando uma lambida na mosca no fim !)





Técnica - Como atar um Anti Enrosco :






Da Janela...

Moro na mesma casa, há mais de 20 anos, e uma das coisas que mais gosto aqui em casa é a vista da janela do meu quarto.  Durante anos, ela vem se alterando, se urbanizando, porém ainda me considero um sortudo, pois ainda tenho linha do horizonte.

Quando morava em SP capital, uma das coisas que mais me dava a sensação de claustrofobia, era abrir a janela do apartamento e dar de cara com outro apartamento. Ou ainda abrir outra janela não ter horizonte, só aquela massa cinzenta e pesada. E o pior que depois de alguns anos, você se acostuma com isso... e esquece como é bacana ver a linha do horizonte.

Aqui algumas fotos da minha janela...








23 November 2007

Elk Hair Caddis - Parace simples, mas...




Sendo muito honesto, a primeira vez que vi essa mosca pensei comigo "Esse treco não funciona, coisinha insignificante, desajeitada, parace um cavaco de madeira !" Porém "Quem vê mosca não vê ação " (eita trocadilho bem forçado né ?!)

Enfim, ledo engano o meu ! Talvez a Elk hair caddis seja a mosca seca que mais trutas me rendeu ao longo do tempo. Ir a Ausentes ou a Patagônia argentina sem Elk's na caixa é quase um sacrilégio.

Porém esta não seria a última vez que eu negligenciaria este padrão. Quando comecei a atar moscas, por um bom tempo me ative as woollies, depois as ninfas, wet's e etc... Depois de uns meses atando esses padrões que naquele instante achei mais simples, resolvi então tentar atar umas mosquinhas secas.

Para tanto, comecei a pesquisar as receitas de mosca seca, bem como os diversos sites que oferecem tutoriais passo a passo, com o intuito de achar um padrão que :
    1. usasse materiais que eu tinha disponível.
    2. exigisse poucos passos no preparo.
Bom, quando você olha tanto a lista de materiais da Elk Hair Caddis quanto o número de passos que esta exige, ela te engana direitinho, pois os materiais são poucos e mais simples de serem encontrados (tirando o Elk que na época foi complicado) os passos são poucos também.

Porém a técnica exigida em alguns dos passos da mosca, são realmente complicados de se executar. A técnica que mais me exige treino e atenção é justamente a aplicação do ELK sobre o anzol. A sacada atar o ELK de maneira que ele não "abra" ficando , em termos mosqueiros, "Esgarniçado". E é aqui, neste passo, que depois de infinitas tentativas, você passa a valorizar um bom bobbin, um que realmnete exerça pressão na linha, que dê firmeza em cada volta.

Esse passo exige muita prestreza por parte do atador, exercer a pressão sem "forçar" o fio para uma determinada direção , bem como alternar voltas de fio com mais e menos pressão vem representado a chave do sucesso para o atado desta mosca. Porém, de cara 5 Elks atadas hoje em dia, duas são sumariamente descartadas na base da gillete ! (Mosca ruim não voa !).
Enfim, treino e persistência levam ao aprimoramento, um dia chego lá !

Outra coisa interessante, que aprendi com um guia na patagônia argentina este ano, foi subistituir o dubbing que compõe o corpo da elk hair , por um material sintético o qual absorva menos água, e que permita então que a mosquinha permaneça na superfície por mais tempo, "Pescando Mais", como diria o Mário Zuniga ! A primeira sugestão dele foi usar alguns fiozinhos de brilho, a qual dá muito certo.

Com base nessa primeira experiencia com fios de brilho, fui testando outros materiais sintéticos de grande fluabilidade, Folha de espuma (aquela famosa que vem em produtos eletrônicos), Espuma impermeabilizada, e finalmente o EVA.

EVA funciona muito bem !! O que venho fazendo com bom sucesso é cortar uma tira bem fininha de EVA, atar este como se fosse chenille em torno do anzol, com voltar muito próximas uma das outras e empregando bastante pressão em cada uma das voltas. Ao fim (perto do olho do anzol) você prende o EVA com duas ou três voltas de fio de atado, corta e excesso e pronto ! Só enrolar o hackle e o corpo da mosca está pronto !

O que acho mais interessante de se enrolar essas tirinhas de EVA no anzol é, além da simplicidade, é que o corpo da mosca fica muito perfeito parecendo uma peça única. Se você ainda quiser adicionar um complemento, pode ainda, antes de enrolar o hackle você pode enrolar um fozinho de brilho, só para ficar mais atrativo aos olhos do atador, quem sabe da truta também !

Neim só de truta vive a Elk Hair Caddis, os lambaris também gostam bastante deste padrão. Porém, para os lambaris, eu acho interessante eliminar o hackle, o que torna a mosca muito mais efetiva para estes mini predadores !

Abaixo, graças ao YouTube ! dois videos tutorial bem bacana sobre o atado da Elk !



22 November 2007

Caniços rápidos, lentos, médios e a eterna discussão...





Esta discussão, surgiu no fórum www.flyfishingbrasil.net
mais ou menos no final de agosto de 2006. A discussão proposta inicialmente pelo Beto Vaucher , propunha o seguinte questionamento :

" Mosqueiros

Estava lendo algumas mensagens aqui e vi referências sobre varas e ações com termos mole/lento e dura/rapida

Entre os pescadores com quem eu tenho contato e tambem aqui no FFB já discutimos sobre varas rápidas e lentas.

Mas gostaria mesmo de ouvir opiniões é justamente sobre estas caracteristicas.
Eu entendo que há uma grande diferença entre uma vara lenta que lança a linha e uma
vara "mole" que nao consegue lançar a linha.
Da mesma maneira entendo que muitas vezes os pescadores consideram "rápida" uma vara dura que não carrega,
obrigando o pescador a fazer o arremesso com seu proprio braço.

O que Vcs pensam a respeito deste tema??

Um abraço

Beto Vaucher
"

E claro que é uma questão além de muito interessante, muito polêmica, passível do entendimento de cada um, e claro, do que cada fabricante propõe como sendo "Caniços rápidos, lentos, médios".

Depois de uma salutar discussão entre todos os colegas do fórum que opinaram no tópico, imaginei, do alta da minha pretensão de pescador ciêntista, rato de laboratório, que a única forma de atestar o que é lento, rápido e médio seria executar um ensaio laboratorial.

Segue então a proposta que fiz na época do que seria um ensaio para determinar o fim desta eterna questão :

"
Srs,

Quando estou conversando sobre pesca ou vendo sites de pesca e/ou qualquer outra coisa que não seja ligada com atividades de pesquisa e desenvimento de tecnologia (minha atividade profissional) gosto de esquecer totalmetne de ensaios laboratoriais e etc... pq vamos e venhamos pesca é pesca e trabalho é trabalho...

Este tópico, está muito interessante, com muita informação e pontos de vista que se completam ou que ao menos nos levam a pensar, o que é melhor do que ter "Aquela velha opnião formada sobre tudo" (Raulzito que me perdoe pelo plágio), mas enfim... Vamos ao que de fato quero acrescentar ao tópico :

Estamos discutindo a "Ação da vara" com a prerrogativa de que tal ação possa ser Lenta, média, rápida procede ? Onde cada tipo de ação pode causar um efeito colateral dado o tipo de material e técnica de construção da vara...

Pois bem, para se chegar há uma verdade final sobre este assunto, ao menos no espectro laboratorial, seriam necessários os seguintes passos :

1 - Eleger amostras do objeto de estudo (varas) categorizadas por nro de partes, tipo de construção, componentes, peso, altura, tração. Garantir que cada uma das amostras seja estatísticamente significante dentro de sua categoria (ou seja que suas qualidades representem em média a população)

2 - Eleger um conjuto de fly line, backing e carretilha compatível com todas as varas.

3 - Eleger um grupo de usuários (no caso pescadores ehheeh) com significância estatística dentro da população total de pescadores com mosca para um dado território. É importante agrupar classificar por habilidade, idade e tempo de experiência na modalidade.

4 - Qualificar um ambiente com características fisicas tais como temperatura, humidade e metragem quadrada adequada... controladas e mensuráveis.

5 - Qualificar um conjuto de instrumentos de captação e medição capazes de em tempo real capturar informações dos ensaios.

6 - Definir os movimentos (casts) a serem estudados.

Em se tendo os 6 pré requisitos acima, os seguintes ensaios devem ser realizados, preliminarmente :

1 - Para cada uma das varas e de maneira independente os seguintes testes são necessários :

1.1 - Cada cobaia/pescador execute cada um dos movimentos definidos em 6 apenas com a vara (sem linha e carretilha)

1.2 - Cada cobaia/pescador execute cada um dos movimentos definidos em 6 apenas com o equipamento completo. com metragem de linha fixa e menor que uma metragem pré definida.

1.3 - Cada cobaia/pescador execute cada um dos movimentos definidos em 6 apenas com o equipamento completo. com metragem de linha incremental para em função do nro de testes a ser realizados.

1.4 - Repete-se todos os testes acima, variando condições de ambiente tais como temperatura e humidade bem como o horário do dia em que estes são feitos (pessoas tem respostas diferentes para a mesma atividade durante as horas do dia).

2 - Executados os ensaios acima, temos dados suficiente para tabular informações tais como :

2.1 - Influência do fly line no comportamento da vara.
2.2 - Informações captadas tais como :
- Velocidade da ponta da vara para cada movimento p/ pescador
- Trajetória da ponta da vara para cada movimento p/ pescador
- Trajetória do butt da vara para cada movimento p/ pescador
- Velocidade do but da vara para cada movimento p/ pescador
- Dados trigonométricos para referência espacial
2.3 - Por pescador levantar as condições de saúde do mesmo bem como :
- Medir a força muscular empregada em cada movimento.
- Medir o Nro de sinapses realizadas (essa é difíci)
- Características singulares tais de cada um (a cobaia quebra o pulso no arremesso ? A cobia aplica muita força no cabo ?)

2.4 - Para todos os testes em 2.2 a metragem de linha empregada denota influência ?

Eu realmente estou ficando cansado de escrever, então vou simplificar um pouco mais...

Com todos os dados tabulados no passo 2, é possível analisar toda essa massa de informação do ponto de vista da estatística usando ferramentas como o MatLab ou ainda o MiniTab. de maneira a identificar correlações tais como :

1 - A Linha e a Carretilha influênciam na ação da vara ?
2 - O Tipo de arremesso influencia a ação da vara ?
3 - A vara influência o tipo de arremesso ?
4 - O pescador em função de sua faixa etária, experiência e habilidade influência na ação da vara ?

Notem que isto é só o básico do básico... com os testes descritos acima dá para isolar muito mais informações... Agora, você colega pescador, está se perguntado "Por que eu preciso fazer essa Mierda matemática laboratorial da Nasa pra saber a ação da vara ?"

A resposta seria científica clássica seria : "Para não deixar que os sentimentos interfiram nos fatos"

Pq cada um de nós sabe o equipamento que mais gosta, com a ação que mais lhe agrada na hora de pescar... independente da marca, velocidade e etc... que para cada um vai ser melhor que a melhor vara apontada por todo esse teste...

Note que não inventei nada... da uma olhada no que já existe no mercado e na net...:

http://www.sageflyfish.com/default.asp?p=73
Numerical Analysis of a Fly fishing cast
http://seesar.lbl.gov/ANAG/staff/bono/html/ASME_Bioengineering.pdf
O efeito do Loop em um cast.
http://www.sexyloops.co.uk/cgi-bin/theboard_07/ikonboard.cgi?act=Print;f=3;t=4640


"

21 November 2007

Woolly !!




Woolly buggers, Wooly Worms, Woolly wet, Woolly Dry e por ai a fora, a lista de "Woollys" é praticamente interminável. Mal falada pela facção purista de atadores/pescadores , largamente utilizada por muitos. Seja como for as Woollies são patterns simples de serem atadas, de baixo custo, algumas das suas variações bem simples de serem utilizadas em pescarias entre outras virtudes.

Segundo o livro Wooly Wisdom, a primeira woolly foi a Woolly bugger, atada com um tuffo de marabou formando a cauda e tendo o excedente do material enrolado no corpo da mosca para dar o volume e um pequeno hackle apenas a frente, perto do olho do anzol.






Creio que a necessidade e a criatividade dos atadores se encarregaram evoluir as woollies adicionando chenille mais hackle brilhos, lastro, pernas de borracha lã.. e etc.


Se o atado tem por objetivo, imitar a natureza, o que de fato uma woolly bugger imita ? Basicamente, nada e tudo ao mesmo tempo. É o chamado coringa. o que de fato uma woolly bugger faz, no geral, é gerar uma impressão acustica (espécie de rastro) a qual é muito atrativa para diversas espécies de peixes. Em especeial, e no geral os salmonídeos (Salmão, Stealheads, Trutas arco iris, Marrons, Brokies). Essa impressão acustica varia muito de acordo com as quantidades de materiais e a disposição dos mesmos durante o atado. Mais marabou e menos hackle causa um tipo X de impressão, menmos marabou, mais hackle e um bead head causam um tipo Y de impressão acustica por onde passar.

Se a mosca que deixou o rastro X vai funcionar melhor que a que deixou o rastro Y, realmente só Deus sabe. Isso vai variar muito, e vai variar em função de fatores como :
    1. Habitat (que tipos de peixes e crustáceos vivem naquela região)
    2. Temperatura, pressão barométrica, humidade do ar e etc...
    3. habitos alimentares dos peixes da região em que se pesca.
Um fator curioso, e que levanta muita discussão entre atadores e pescadores, é a cor da isca. Segundo o livro citado acima, a cor é menos importante que o formato geral da Woolly (note que isto só se applica a woollies). Em uma escala de importância de 0 (menos importante) a 10 (mais importante) o formato da woolly é 9 a cor é 4.

Eu quase que não concordo com essa escala de valores, mas até que faz sentido, sempre acreditei que a cor mandava no jogo, mas se pararmos para pensar o formato e o rastro que as woollies deixam na água pode vir a aguçar um peixe mais rapidamente do que apenas o estimulo da cor (lembrando que algumas espécies não distinguem cores).




Outro fator interessante é que geralmente, confundimos Wollies com Pancoras. O que não é bem verdade. Uma pancora não é um coringa. A pancora visa imitar um crustáceo largamente encontrado na patagônia e em alguns rios do Brasil também. Essa confusão é bem comum, mesmo por que ambas tem o mesmo aspecto e utilizam materiais bem semelhantes.




Apesar da reconhecida eficiência das Wollies, elas tendem a funcionar melhor quando os peixes estão se comportando de maneira oportunista, ou seja, tiram vantagem de todas as oportunidades de se conseguir alimento. Já quando os peixes estão se comportando de maneira seletiva, as woollies não são tão efetivas, então aconselha-se mais a utilizar outros padrões que de fato imitam insetos e etc... Ou Alguma variação de woolly!

20 November 2007

Feriado Prolongado, Chuva Prolongada

Acabo de voltar de 6 dias de estada em Ilha Comprida, na região do Vale do Ribeira SP. Região muito conhecida pela abudância na pesca, e claro, pelas praias. Por sinal, frequënto a ilha comprida desde, provavelmente, meus 6 anos de idade. Foi lá que comecei a pescar, pesca de praia na época, com aquela chumbadona triangular gigantona, com umas varas telescópicas bem gigantes também e claro, isca viva (Corrupto, caramujo de areia, camarãozinho). Isso tudo muito antes de sequer ouvir falar em fly.




Choveu o feriado todo, ao que me lembro, foram +/- um dia e meio com um tímido sol. Mas no geral tava jóia ! Li um livro muito bom quase que inteiro e ainda, como já previa chuva e mau tempo, levei uns dvds de pesca com mosca para assitir, O primeior deles foi o do Lee Wulf ( The Lee Wulf Masters) DVD Duplo que mostra as melhores pescaria do Mestre dos mares Segundo o Thiago Zaneti (que por sinal me vendeu o DVD)

O vídeo em si, é bem legal, mostra muitas pescarias de salmão no Alaska, bem como diversas pescarias de peixe de bico em mar aberto. Uma das coisa que mais admiro no Lee Wulf é a simplicidade com que ele trata da pesca com mosca. Um dos grandes méritos deste vídeo é também mostrar que o mestre é humano e também erra ! Numa das cenas, com um Salmão "Grandinho" na ponta da linha a carretilha se desprende da vara (aquela varinha de bambu #3 se não me engano, curtinha que se tornou uma das marcas do Lee) e o mestre sem perder a calma faz o que pode para recuperar o equipamento e voltar a pescar. Detalhe, Ele não só recupera a carretilha como também põe o salmãozinho no net !

Outra Série de 3 DVD's bem bacana também é a Walkers Cay Chronicles, principalmente para quem gosta de pescaria em água salgada, a série mostra diversas pescarias de Tarpons, permits e bone fishes. Muito bem produzido. Um pouco cansativa só.

Neim só de Chuva e DVD de pesca vive um feriado chuvoso ! Também tem a caipirinha, a porção de camarão, Siri Mole (iguaria lá do vale, quando eu conseguir uma foto, ou ao menos uma explicação decente eu posto aqui)






Até levei um equipamento de Pesca com mosca, um punhado de Crazy charlies, minha idéia era, mais uma vez arriscar uns arremessos na praia. Acabei deixando a vara quieta no tubo mesmo. Muita chuva, muito vento, e quando o tempo melhorava, a praia entupia de gente gente desesperada por alguns momentos de diversão.

Tenho meus receios em pescar de mosca em praia lotada, afinal, você nunca sabe quando alguém vai estar exatamente atráz de você durante um backcast, em especial crianças. E realmente, ninguém quer interromper o descanço por um acidente causado por uma Crazy charlie no meio da testa de alguém.

Nunca tive sucesso pescando de fly na praia também. Tenho lido sobre o assunto, procurando informações com quem sempre pratica a modalidade, mas até agora nada ! Caso você já tenha tido sucesso numa empreitada em Ilha comprida, Cananéia e arredores, mande um comentário !


14 November 2007

Fly Line, O começo de uma longa história.

Em um esporte como a pesca com mosca, é praticamente impossível dizer que determinada parte do material é menos importante do que a outra. A Melhor vara do mundo (o que também é absolutamente relativo ao gosto do pescador) não irá desenvolver o melhor arremesso do mundo se a linha de mosca (Fly line) não colaborar, entre outros elementos claro... Porém hoje vou dirigir a conversa a linha de mosca, tendo como perspectiva ajudar os colegas iniciantes a comprar uma linha de fly honesta que o possibilite a arremessar de maneira condizente.

Quando comecei no Fly, eu comprei um conjunto da marca Pfluegger, com uma vara +/- uma carretilha bem legal (me arrependo até hoje de ter vendido ela) uma linha de mosca, umas mosquinhas e etc... No momento da compra, o vendedor gente boa me falou : "Colega esse é um bom conjunto de fly, porém a linha de fly não é boa, recomendo você a comprar outra", e eu claro perguntei o preço e ele me disse sem a menor cerimônia... Claro que naquele instante eu infartei !! Só a linha que ele me ofereceu custava 2/3 do valor do final do conjunto todo. Concluí então errôneamente que o vendedor estava tirando proveito da minha ignôrância no esporte.

Bom, quando comecei a pescar em PP usando aquele conjunto, eu estava num estado "Acelerado" da pesca com mosca. Enquanto meus colegas linguiceiros tiravam 2 tilápias na varinha de mão em uma tarde de pesca, eu tirava dez vezes mais na metade do tempo. e neim prestava muita atenção na linha de fly, no cast e etc... Mas, no momento seguinte, quando de fato comecei a me preocupar com arremessar de maneira correta com o loop na ponta da linha e tudo mais, notei então que estava fazendo as coisas de maneira bem errada.

Li muito sobre cast, assisti um vídeo básico de fly em inglês (bem fraquinho por sinal) umas 15 ou 20 vinte vezes. Treinava / pescava todo fim de semana, procurando prestar atenção no que eu estava fazendo de errado. E nada vinha à tona...

Foi quando dando um google no termo "Fly Cast" caí na caterva do Colega Nelson Maciel e Cia Limitada. Nessa pesquisa eu achei um Post, de um dos participantes do fórum, infelizmente não me rocordo mais o nome ou nickname do colega, mas nesse post estava a chave do meu enigma, o colega comentava : "O Conjunto da Pflueger é bem legal, mas a linha de fly que vem no Conjunto é quase uma Level, muito ruim de arremessar". E esse post "Quebrou meu galho". Na mesma época +/- eu comprei um conjunto de fly usado, de qualidade muito, mas muito questionável mesmo. Porém este conjunto usado veio com uma linha de mosca da marca Scientific Angler WFF. A vara desse conjunto usado éra realmente muito ruim, mas ruim mesmo ! Porém a Linha de Fly, casou perfeitamente com a varinha da Pfluegger do primeiro conjunto !

O cast melhorou muito, quero dizer, eu continuava um medíocre, mas um medíocre bem melhor ! Conseguia obter mais controle, um pequeno esboço de loop começava a pintar no arremesso.

Minha grande lição de tudo isso foi : Uma linha de fly meia boca nunca vai somar na qualidade final do arremesso de maneira que uma boa linha de fly vai. Claro que há considerações, Se você é um "Phodão" (sim Phodão com PH) de um Caster, você deve conseguir arremessar qualquer coisa muito bem, muito melhor do que eu.

Ok, vamos a parte prática de tudo isso então. Em se tratando de linhas de mosca, existem diversos fabricantes, tais como Cortland, Scientific Angler, Rio, Wulf, entre tantos outros. Em se tratando da engenharia da linha de mosca, existe uma variedade ainda maior e um tanto complexa. Coisas como : Weight Forward, Double Taper, Level, Shooter, multi-tip, dyna-tip sinking tip, Float, Intermediate, Full sink e por ai a fora. Sem contar coisas realmente específicas que cada fabricante adiciona a seus produtos.

A linha de mosca custa uma quantidade considerável de dinheiro, e se manutencionada de maneira apropriada, dura anos a fio. Logo a escolha de uma primeira linha, é muito importante pois esta tende a lhe acompanhar em muitos anos de pesca com mosca.

Na minha opnião, não há uma grife de linhas de fly, existem sim, empresas com produtos diferenciados, com linhas de produto totalmente diferentes, que vão desde material tradicional, passando por diversas linhas intermediárias até o estado da arte em termos de tecnologia de manufatura de linhas de mosca. Dizer que uma linha de mosca é mais cara por que é de grife, não é de fato um axioma válido.

Basicamente uma linha de mosca é composta de um núcleo, que pode ser tanto um monofilamento quanto uma linha trançada, e de uma manta externa, formada basicamente por um polímero plástico ou algo que o valha.

Existem duas manufaturas mais proeminentes de linhas de Mosca : A Cortland e a 3M detentora da marca Scientific Angler. Existem outras como a Rio e etc... Tanto a Cortland quanto a Scientific angler produzem linhas para outras marcas seguindo especificações técnicas da outra parte. Dos fabricantes citados aqui, apenas a Cortland fabrica a linha de mosca do começo ao fim, inclusive manufaturando o monofilamento utilizado no núcleo de seus produtos. Tanto a 3M quanto os outros selecionam fornecedores de monofilamento e de trançados no mercado. A Manta que envolve o núcleo da linha é de fato o segredo de cada fabricante.

Conheço mais as linhas da cortland e da scientific angler, logo vou me ater a elas. A cortland tem 3 séries de linhas muito conhecidas no mercado todas com diferenças na tradição, no processo de fabricação e nas especificações tecnicas utilizadas para gerir a produção, são estas :
    • Série 333 : Linha mais tradicional da Cortland, produzida da mesma maneira há mais de 50 anos. De fato, primeira linha de fly produzida em polímeros plásticos em escala indústrial. Uma linha de tradição pensanda para uma realidade de equipamentos e performance as quais ainda existem mas já não são tão divulgados mais. Outro fator é que as linhas 333 não possuem núcleo em monofilamento e sim uma aplicação mais densa da manta de polímeros de maneira a formar o núcleo. a grande vantagem da 333 é o preço reduzido. Alguns dizem que esta série não dá performance em varas rápidas de carbono.
    • Série 444 : Linha mais moderna, Pensada para equipamentos mais rápidos e varas de carbono de fato. possuem núcleo em monofilamento . Uma evolução da 333, tanto em processo produtivo, quanto de engenharia. Excelente qualidade, altíssima durabilidade, de valor mais elevado, porém tem seu "por quê"
    • Série 555 : Evolução da 555, tem melhorias do monofilamento utilizado no núcleo e em especial na manta externa nos modelos utilizado em água salgada. Boa durabilidade, custo semelhante ao da 444.
Já da Scientific Angler, tem três séries interessantes de se conhecer, todas as séries porém possuem núcleo em monofilamento são estas :
    • Mastery : Boa Qualidade, altamente durável, A Mastery HeadStart é aconselhada para iniciantes pois possui metragem menor e algumas características que a fazem carregar de maneira muito eficiente durante o cast.
    • Professional : Linhas pensadas para guias de pesca ou pescadores hardcore. a principal característica é a durabilidade. A Professional Ultra 4 bem como a AirCel são muito boas. A airCel em específico tem um custo benefício muito bom !
Existem de ambas as marcas especializações diversas de cada uma das séries, as quais não vou citar, hora por não conhecer hora para tentar manter o texto mais simples.

No fim das contas, você tem que utilizar uma linha que vá se adequar ao resto do seu equipamento, caso exista a possibilidade de testar algumas delas antes da compra é muito recomendável pois você então terá parâmetros empíricos para decidir na compra. Na minha opnião tanto linhas da cortland da série 444 ou da Scientific angler airCel ou ainda da Rio Série MainStream são produtos muito interessantes para se começar. Existem ainda uma outra série produzida pela cortland a AirFlo a qual é muito recomendada para quem está inciando e tem um custo benefício muito desejável. Não consigo porém opniar sobre a durabilidade da mesma.

Gostaria de deixar claro que esta análise aqui é um tanto incompleta e feita de maneira muito mais pessoal do que científica (o que seria impossível para mim e um tanto teórico também) e que de maneira nenhuma promove esta ou aquela marca. Novamente, não acredito em grifes, e sim em produtos.

Em resumo, uma linha Scientific Angler ou Cortland ou Rio Weight forward (peso a frente) Float (flutuante) devem inicialmente somar considerávelmente na qualidade do seu arremesso. Com o tempo, você terá a curiosidade e talvez a necessiade de explorar outras linhas.

Pretendo abordar este assunto, linhas de mosca, em breve para tratar de outros aspectos das mesmas coisas como, dimensões da região de shooter, running, e de especializações das mesmas para espécies ou ainda para climas e tipos de pescarias específicas.

Segue um resultado de uma busca google optimizada para Linhas de mosca

Bom feriado a todos !!

13 November 2007

Trutas Mármores da Slovênia



Cada pescador talvez tenha sua espécie preferida de peixe esportivo. Tucunas, robalos, dourados e por ai a fora. A minha espécie preferida de peixe com certeza é a truta e suas variações, em especial, a arco-íris. Talvez Todos os colegas já tenham notado isso dada a foto no canto superior direito da página.

Enfim, tava assintido alguns clips no www.hook.tv e achei uma sequencia de 8 clipes sobre uma pescaria de "Marble trout" (truta mármore se não me engano) na Eslovênia. Achei esta trutinha muito bonita, de uma coloração amarela bem bacana. O Vídeo foi produzido pelo mesmo povo que produzio o "Angling addiction" e o "The amazon" (você encontra eles aqui no blog num ainda recente)

Segue então a 1a das 8 partes do vídeo de pescaria de trutas mármores na Eslovênia. Tão diferente e intangível quanto o Taimen da mongólia !

Fly fishing in Slovenia

Espero que gostem !

12 November 2007

Moscas no YouTube

Youtube é uma febre certo ?! Talvez uma febre irreversível, uma mídia nova, para novos tempos onde o network e as micro-redes de relacionamento, possibilitiam disponibilizar programas para públicos muito específicos.

Claro, que é possível achar bastante conteúdo sobre pesca com mosca no youtbe. muita coisa muito amadora, vídeos de familias pescando nas férias, alguém fisgando uma truta pela 1a vez e por ai a fora. Mas também tem coisas que valem muito a pena, hora pela diversão, hora pela informação.

Posto aqui, alguns dos meus vídeos de pesca com mosca ou cast preferidos do youtube !

TBD 1 - Patagonia




TBD 2 - new Zeland




Fish Eye - volue 3 - Fishing the big bow



Extreme casting - SDombaj




Mel Krieger - 40 fishing in Patagonia



In the Search for the rising tide



Running Down the man



Running Down the man - Clipe 2 : com trilha sonora muito mais legal !



"The Mouse Film" - Fly fishing



The SteelHead Subculture



Como vocês devem ter notado, não coloquei nenhum video educativo de fly, apenas videos que mostram pescarias e tem trilhas sonoras bacanas (pelo menos para o meu gosto) justamente para inspirar todos nós nas próximas pescarias !!

11 November 2007

Nó ! E que Nó usar ?


Um dos desafios de se começar a pescar, creio que em qualquer modalidade, são os nós. Nó que abre, Nó cego que arrebenta, e depois em o malfadado nó de vento !

Quando eu comecei, eu achava que nó era nó e que as variações eram coisas de perfeccionistas e que não havia muita diferença entre uma coisa e outra. Como é duro ser ignorante né !?
Ainda na fase Pesque e pague, eu perdi muito peixe em nó mal atado que abria. Só com o tempo e com a eminência de uma pescaria de robalos e depois uma de truta pela frente, percebi que de fato tinha que aprender a dar nós de verdade.

Uma fator que deve ficar claro logo em primeira instância é o fato que nós diferentes tendem a ter finalidades distintas. Então antes de sair google a fora procurando tutoriais de nó, veja a finalidade do nó que você quer.

Eu não sou nenhum especialista em nó, porém uso uns 3 deles os quais me são muito úties e que aprendi atar até que bem, são eles :

    1. Nail Knot (nó de prego) : Talvez o mais complicado de se aprender, mais muito forte, muito útil, altamente indicado para atar a linha de mosca no Backing. já vi também algumas receitas de leaderes em monofilamento onde os diferentes pedaços de mono são atados com Nail Knot. Minha dica para esse nó é ao invés de usar um prego usar um tubinho de caneta bic cortado pela metade.
      Tem também a ferramentinha de fazer nail knot... Ainda prefiro o tubinho de bic !
    2. Blood Knot (nó de sangue) : Geralmente utilizado para unir dois pedaços de monofilamento de bitolas iguais um próximas. Uso bastante para prender tippet material no leader, e ainda para construir leaderes. A minha dica aqui é treinar bastante a hora de finalizar o nó, e ainda sempre pusar um pouco de saliva para lubrificar o sistema e fazer com que o aperto final seja bem eficiente.
    3. Improved Clinch Knot (Nó de "Forca" Melhorado) : Este é o nó que uso para atar o anzol ao tippet. Talvez não seja o mais simples, mas é bem forte. Para moscas secas, você deve tomar um cuidado especial com o uso dele, pois ele tende a dar uma "Entortada" na mosca. A dica aqui é, na hora de finalizar o nó dar uma lubrificada nele com saliva e apertar bastante !
Estes três nós são até que simples, o importante é treinar. Para treinar, recomendo que você consiga um pouco de monofilamento de bitolas diferentes, comece treinando apenas com uma bitola bem pesada, 0.60 por exemplo, e depois para as coisas mais leves chegando no 0.10 e etc...

Treinar em casa, no conforto do lar, é muito importante, pois em pescarias mesmo, você vai estar num barco em movimento ou com água até a cintura se preocupando com correnteza, com a vara, com voltar a pescar rápidamente entre outras tantas outras dificuldades normais de pescarias, logo você tem que ter um bom dominio sobre os nós, especialmente os utilizados para emendar tippet e os utilizados para atar a mosca no tippet.

Aqui seguem, alguns links para sites que ensinam mais tipos de nós ou ainda apresentam tutoriais sobre os nós que mencionei acima.

http://www.killroys.com/knots/knots.htm
http://www.graysofkilsyth.com/fishing-knots.htm
http://www.flyfishusa.com/tackle-tips/leaders/knots.html

10 November 2007

Dia de Chuva é dia de Atado !




Sábado chuvoso, dia bom para ficar em casa, assistindo TV, comendo pipoca, sem nada para fazer... Bom isso era antes de eu conhecer a arte do atado !

Quando comecei na pesca com mosca, basicamente pescando em Pesque e pagues, não prestei atenção no atado arte que se dedica a montar justamente as moscas que se se usa para pescar. Na época eu pensava que era muita coisa para aprender, todo o esquema novo do fly, e ainda ter que aprender a fazer as iscas ? E se eu não as fizesse direito ? como eu iria saber o que está errado : O cast ou a mosca ? Ou os dois ? Então decidi apenas comprar moscas prontas e foi isso que fiz no meu primeiro ano de pesca com moscas.

Depois da primeira visita as trutas gaudérias de São José dos Ausentes, na qual tive a oportunidade de conhecer outros mosqueiros, pude perceber que atar moscas era algo absultamente diferente do que imaginei que fosso inicialmente.

Até então eu só conhecia moscas atadas por atadores profissionais ou no mínimo muito experientes. Na internet, quando buscava informações sobre o atado, encontrava muita coisa sobre moscas realistas com muitos detalhes e pensava : "Prefiro pescar, esse treco de atado não é para mim !" . Em Ausentes porém, pude perceber que eu não precisava de toda aquela habilidade e aquela infinita lista de materiais e equipamentos de atado que via na internet. Notei que a atividade poderia ser muito mais simples do que eu imaginava.

Bom, comecei a estudar o assunto do atado com mais calma, e fui comprando os equipamentos um por um. Morsa, bobin, wip finisher, tesouras, bodykins pliers e por aí a fora.

Atar moscas também tem lá suas dificuldades para o inciante, pricipalmente se como eu, você for um iniciante muito ávido que não resiste ver um passo a passo na internet e não tentar atar. E é exatamente esta avidez o maior inimigo do atador principiante.

Todo livro de atado, todo atador experiente, todo site dedicado ao atado recomenda aos inciantes começar por uma mosca específica que é justamente a famosa : WOOLY BUGGER
adorada por alguns, mal falada por outros, mas a wolly bugger é o tipo de mosca que você sempre tem que ter na caixa !

Bom, se tudo mundo recomenda, vamos atar wooly buggers !!! Daí eu fiz uma, duas, três, dez vinte Woolys e... E era uma pior que a outra ! Uma tortinha, outra paraceia um patuá pataxó, daí pensei comigo : Acho que já está bom de wooly vou tentar atar outra mosca !! E este foi um terrível erro, que só percebi muito tempo depois : Eu não tinha acertado a mais básica das moscas para se atar e já pensava em atar algo diferente !! ??



Bom, para resumir uma longa história, atei muita mosca errada, que não serviram absolutamente para nada, só gastei material ! E só percebi isso, quando passei a comparar as moscas que eu atava com algumas moscas que eu tinha comprado antes de começar a atar. E foi ai que criei meus critérios de atado, quase que um six sgima do atado de moscas, o qual apresento a seguir :

      1. Mosca feia não voa : Depois de atar uma mosca, compare ela com outra (pode ser uma foto, ou uma outra mosca que vc tem há mão de modelo) compare ambas. A que você terminou de atar, tem que no mínimo estar nas mesmas proporções da sua mosca modelo. Nenhuma mosca é exatamente igual a outra, porém elas reservam características que devem ser mantidas (comprimento da cauda, tamanho do hackle, tamanho do corpo). Se a mosca ficou feia parecendo um patuá pataxó a solução é : ESTILETE NELA !
      2. Atando uma nova mosca : Se você prentende atar uma mosca que nunca atou, e vai seguir uma receita que achou na web, primeiro : Estudo muito bem a receita antes de começar. Alguns sites fornecem fotos de alta resolução que são excelentes para você estudar as características dela antes de começar a atar.
      3. Material ruim, mosca pobre : você pode atar a mesma mosca, ou pelo menos algum muito próximo a original, usando uma infinidade de materiais diferentes, dos clássicos aos sintéticos passando pelos discutidos alterneativos. Porém existem materiais os quais você não pode abrir mão da qualidade como por exemplo o fio de atado, chenille penas e pêlos. fio de atado ruim quebra o tempo todo, pena ruim defaz no anzol, pelô ruim corta na hora de prensar. Então recomendo cautela !
      4. Calma gafanhoto ! : Moscas como a Dave's Hopper, Royal wulf, Mudlers no geral são moscas muito chamativas aos olhos do pescador e principalemtne do atador principiante afoito ! Com o tempo, você vai atar estas coisas, mas para o começo atenha se mais a padrões como as wooly buggers, wooly worms, Bead head prince e moscas que usam pouco material em sua construção. Estas moscas podem ser básicas, mas para atar elas você vai praticar todas as habilidades as quais tem que ter domínio para atar as mais complicadas.
      5. Qualidade versus Quantidade : Alguns atadores medem sua eficência em moscas atadas por hora. O imporante para quem ata por diversão e para consumo próprio é a qualidade da mosquinha ! a velocidade vem com o tempo.
      6. Ferramentaria : Existem ferramentas e ferramentas de Atado, boas ruins, de marcas famosas, feitas em casa, improvisadas e etc... Na minha opnião no mínimo a morsa, o bobbin (supporte de carretel) e a tesoura de atado tem que ser o melhor que você conseguir arranjar. Um bobbim bem firme com ponta de cerâmica custa lá seus 30 reais +/- mas vale cada centavo. Um bobbin ruim não segura a linha direito, em pouco tempo perde as características originais. quanto a tesoura pense ela vai servir para aparar penas, pelos e materiais que exigem certa precisão então as tesouras micro serrilhadas são as melhores. A morsa é o item mais caro da ferramentaria do atado. É preferível ter uma morsa simples e muito firme do que uma bacaninha cheia de recursos que não aguente a pressão feita no anzol durante o atado. Minha morsa é uma Anvil Apex, muito simplas mas muito funcional...
O atado pode ser tão caro, ou tão barato quanto você desejar, é tudo uma questão de gastar o dinheiro com materiais e ferramentas que de fato valem a pena ! Eu gastei muito mais tentando improvisar do que teria gastado se tivesse comprado as coisas certas em primeira instância.

Em resumo o atado, é uma atividade interessante, que exigem treino, certa paciência, e chega a ser um tanto Zen na minha opnião. Atar num dia chuvoso e frio, leva seus pensamentos para longe da batalha diária e faz você desejar dias mais claros de pescaria..



Bom, peço licensa a todos, vou voltar para o atado agora !


07 November 2007

E como é que é que eu começo ?


Entrar numa atividade nova, é sempre um desafio, um desafio contra nós mesmos. Para muitos, ou para mim pelo menos, uma questão de persistência e insistência.

Claro que na pesca com mosca, a coisa não é diferente em absoluto. Existem algumas maneiras de se aprender a decolar as mosquinhas, acredito que não existam formas erradas, apenas a mais correta para cada indivíduo. Afinal cada um tem um jeito muito particular de aprender. Como a pesca com mosca é uma atividade acima de tudo recreativa e que está muito associada a qualidade de vida, convívio com a natureza e tudo mais, eu sou partidário de que o aprendizado também deva ser muito "Entretenido".

Eu fiz muito errado no começo, depois que vi um colega pescando com mosca, achei aquilo o máximo, no outro dia cedo, já fui a compra de um conjunto para começar a pescar. Olhando para tráz creio que não foi a coisa mais experta que fiz. Porém até que funcionou, me ajudou a desenvolver o gosto pela atividade.

Pensando então no meu começo na modalidade, montei uma lista das maneiras de se começar a praticar a pesca com mosca, de maneira um pouco mais calma e pensada, principalmente evitando gastos desnecessários e decepções.

  1. O Auto didata : Essa foi minha primeira escolha, pois como não conhecia ninguém que praticasse, e também por fazer parte do meu dia a dai, estou acostumado a fuçar novos assuntos e ir atráz de recursos como livros e etc até aprender algo de fato. Até que funciona com a pesca com mosca. Para quem quer aprender sozinho, algumas dicas são :
    1. Antes de comprar Vara, linha & carretilha, compre Livro, DVD & outro livro !
    2. www.google.com - funciona muito mais se você consegue ler bem em inglês.
    3. todos os fóruns de pesca com mosca e a caterva do nelsão !
    4. Em inglês, existem muitos livros de Pesca com mosca, para inicio, o "The complete idiot guide to Fly fishing" é muito bom !
    5. Em português, tem o livro do Paulo Cesar, Pescando com Mosca. Mandatório para qualquer praticante da modalidade, o livro é um verdadeiro compêndio do esporte.
    6. DVD em inglês , tem todos do Mel Krieger, da Sra Joan Wulf entre outros.
    7. DVD em portugues tem o do LF Pinheiro, que é bem bacana !
  2. Participar de um curso : Esta na minha opnião é a melhor maneira de se começar na modalidade. Dependendo da cidade onde você se encontra, existem diversas opções de instrutores e cursos, aqui vão alguns deles :
    1. Em SP, tem a FlyCast, O Betinho , O Rubinho entre outros.
    2. Em Curitiba e creio que Paraná no geral tem o Beto Vaucher da Fly Sul
    3. Tem também oLF Pinheiro que ministra seus cursos no Rio Auriaoca, em Itamonte se não me engano.
  3. Treinar com um amigo mais experiente - Este também funciona muito. Marcar não apenas pescarias, mais tardes de treino em qualquer PP que ofereça condições é altamente recomendável !
  4. Todas as anteriores - Claro, que com o tempo, quem aprendeu sozinho tende a fazer um curso, quem fez um curso tende a comprar livros e aprender coisas por si só e por ai a fora.
Depois de aprender por conta, frequentar um curso, ou ir aprendendo com amigos, é uma excelente idéia também participar de clínicas de arremesso, encontros de mosqueiros e etc... São nestas oportunidades que nascem novas parcerias, novas oportunidades de pesca etc...

Outro grande passo também, e muito discutido, é a escolha do material para iniciar... Bom, creio que este assunto vou deixar para uma próxima oportunidade !

06 November 2007

Conservação : Esperar ou agir ?

Não há duvidas que a internet é uma grande fonte de informação, que se acha de tudo, para o bem ou para o mal dentro de uma determinada esfera de conhecimento. Um dos meus serviços favoritos da "REDONA" são justamente os fóruns de discução, mais especificamente os fóruns de pesca com mosca.

De fato, aprende-se muito nos fóruns de discução, existem excelentes debates, muitos textos e relatos de pescarias muito interessantes, bem escritos com fotografias excelentes e cheios do bom humor brasileiro.

É farto também nos fóruns, as tantas críticas as diversas instâncias do governo, hora em função da falta de atenção a natureza, hora sobre as licenças de pesca, mas basicamente, uma das linhas de pensamento mais comuns que se observa é : Fulano foi no rio XPTO, achou umas armadilhas/redes, um vasto estoque de garrafas pet, põe seu relato no site e termina com a frase : "CADÊ ESSE MALDITO GOVERNO QUE NÃO FAZ NADA ?"

Claro que os governantes estão fazendo alguma coisa. Alguma coisa em benefício próprio, em benfício de alguém mais ou rifando algum patrimônio da nação. É moral, ilegal e não presta, mas fazer o que ? Fazer o quê ? Mas dá para fazer algo ?

Sim dá !


A máquina capitalista, aliada as demandas do mundo moderno bem como diversas características pouco louváveis do ser humano, faz com que governos, comglomerados empresariais e e demais engrenagens do sistema voltem suas garras para os recursos naturais.
Afinal, todo mundo quer energia elética, silício (extraido do fundo de rios) remédios e demais proventos da cultura extrativista. Alguém tem que suprir essas demandas...

Porém, existem grupos de pessoas, que vão muito além de reclamar, e que para garantir que seus filhos e netos também possam apreciar o vôo da mosca, ou ainda para manter as tradições vivas de seu povo milenar, deixam o conforto de seus respectivos lares e vão de fato a guerra da conservação.

No Alaska existe uma iniciativa que chega a ser emocionante, os nativos da região de Bristol Bay, se uniram para proteger o último grande pesqueiro de salmão selvagem, e para tanto, lutam contra a instalação de um sistema de mineração a céu aberto, o qual arruinaria com toda uma região de natureza selvagem. E não são apenas pescadores esportivos, pescadores que fazem seu sustento da pesca do salmão, depositam o futuro de suas familias na conservação da área.



*
Na argentina existem outras tantas inciativas de conservação dos rios patagônicos, e das áreas de pesca de dourados. No Chile também, iniciativas, até radicais, mas que mostram seu resultado. Na Venezuela, a pesca esportiva do Tucunaré está impulsionando, ainda de maneira discreta, a economia local.

Mas e no Brasil ? Bom no Brasil nós culpamos o governo que culpa alguém e que vai chorar para a ONU ? Transformar a amazônia em patrimônio da humanidade ?

Existe pequenos grupos de pessoas especiais que se lançam, em pequenas empreitadas para conservar trechos de rios, alguns mangues e principalmente espécies de peixes.

Um destes grupos é o pessoal do rio grande do sul responsável pelo projeto Graxaim Carçado, que conta com reposição de trutas no rio Silveira, Gerando então, em função da pesca esportiva, novas oportunidades para a econômia local. Ainda nas Trutas, existem o grupo de pescadores do rio de Janeiro (galera do Mosqueiros do rio) que tomam diversas iniciativas para manter o rio macaé de cima povoado de trutas, efetuando diversas ações de repeixamento e ainda procurando por em pontos estratégicos do rio placas informativas sobre a pesca esportiva.

Ainda existem projetos como o SOS Robalo, diversos repovoamentos de black bass em lagos /lagoas e represas de SP entre outros.

Porém, ainda somos muitos os que reclamam e poucos os que de fato adotam um curso de ação para ajudar o meio ambiente, para garantir a próxima temporada de pesca e por ai a fora.

Em tempos modernos toda ação conservacionista conta !!! Se você não vê o grande barato de fazer uma ação de repeixamento, ou ajudar em campanhas de conservação, você ainda, durante sua pescaria, pode colaborar com a natureza recolhendo garrafas pet, latas, sacos plásticos entre outras pequenas ações que fazem a diferença hoje e faram uma grande diferença em um futuro não tão distante.

É eu sei que a próxima frase é meio piegas, mas é "Vero" como diria o meu avô :

O que podemos fazer hoje para termos um amanhã ?


05 November 2007

Taimen



O pessoal do Trout bum diares (AEGMédia) publicaram em seu blog
Algumas fotos e um curto relato sobre esta nova empreitada no mínimo pitoresca.

As fotos mesmo em baixa resolução são fantásticas e o pouco relatado alí é de dar frio na espinha !




O video acima, mostra um video curto (graças ao youtube) uma outra aventura de pesca com mosca na mongolia.


O jeito é aguardar o vídeo ser lançado... Mesmo por que a hipótese de ir pescar na mongólia é tão remota quanto a própria localização em si !

Para quem quiser saber mais sobre o taimen

03 November 2007

Angling Addiction - Viciado em Pescarias

Acho que este pequeno curta, é o vídeo que melhor explica como a pesca com mosca invade nossas vidas.

Em um tom até poético, narrador conta sua história desde a infância até a vida adulta quando deixa seu outro emprego para se tornar guia de pesca. Infelzimente não achei o video narrado em português ou ao menos com legendas.






Nada para assistir na Tv ? Visite : hook.tv

Pescaria nota 10 !

Para quem esperava uma pescaria complicada, com chuva e muito barro, a pescaria de ontem foi muito legal !

Com a presença de diversos colegas pescadores dos fóruns da web, além da pescaria em si, muita troca de informação, receitas de atado e claro, muita conversa !

Mais ao fim do dia, um pancadão de chuva de 5 minutos, para dar aquela refrescada e por todo mundo para correr !! O que acabou resultando em mais conversa, mais comida (agora os famosos bolinhos de tilápia da fazenda Kiri)

Na volta para casa ainda, parada estratégica para trocar material de atado e conversar mais um pouco sobre técnicas de atado e pesca !

Hoje o dia tá bem fechado, chuviscos o tempo todo, o negócio é atar ! Ainda bem que fui pescar ontem, se não tivesse ido, teria me arrependido !

02 November 2007

Véspera de pescaria com chuva

Ô agonia !

Sol terrível a semana toda ! Calor insuprtável que fica até difícil de dormir, feriado se aproximando com pescaria já marcada ! Derrepente o céu se cobre, as nuvens pretas vem chegando...

Daí você fica na torcida para o tempo continuar encoberto mas não chover... daí começa a garoa, você pescador inveterado, muda a torcida para "É só uma chuvinha e já passa", daí, vem aquele dilúvio homérico !

Bom, o jeito é mudar a torcida, denovo, agora para : "Durante a madrugada passa e amanhece seco !"

Resta esperar !!! E para não deixar o ânimo esfriar com a chuva o esquema é ir pesquisando na net sobre os peixes pretendidos na pescaria ! No meu caso, amanhã é dia de Black Bass !!!



Bom feriado a todos !