31 May 2008

Salmon Flies - A primeira tentativa


Hoje, mais uma vez em função do frio e da chuvinha miúda, não fui pescar. Fim de semana sem pescaria é fim de semana de atado. Como faz um tempo que não vou pescar, estou com o armazém de moscas (heheh) lotado até a tampa, resolvi tentar atar algo que eu nunca tinha atado antes. Resonvi então tentar atar umas Salmon Flies, muito mais pelo desafio de atado do que necessáriamente pela utilidade prática.

Creio já ter mencionado aqui algumas vezes que sou um admirador das salmon flies tradicionais. Muito além de moscas, alguns parterns tornam - se verdadeiras obras de arte na mão do atador experiente. O que não é meu caso, até que me viro no atado, mas estou muito longe de ser um "artista do atado"

Depois de pesquisar alguns patterns na web e mesmo em alguns livros, ficou claro que eu teria que improvisar boa parte do material. Não tenho penas de galo selvage, ou faisão dourado ou crestas de ganso inglês. E neim de muito longe tenho a pretensão de adquirir tais materiais. Além do alto custo, teriam poquíssima utilidade.

Um Samon Flie, tem mais elementos no seu corpo do que qualquer outra mosca que conheço. São estas :
  • Tip ,Tag, But, Ribs, Body, Hackle, Horns, Shoulders, Throat, Head

Bom, quando você vê um salmon flie bacana como esse da foto acima, você já pensa que é muito complexa e tudo mais. De fato, se você pensou isto, você está absolutamente correto ! É complexo mesmo ! Um verdadeiro desafio.

Eu achei melhor separar o desafio em 3 etapas distintas. Na primeira eu ataquei os elementos que formar o corpo da mosca, prestando atenção nos elementos como TAG, TIP, BUTT e Hackle. Na segunda, além de atar todos os itens mencionados na primeira etapa, também adicionei duas penas para formar os horns bem simples, sem as sobreposições proporcionais de materiais. E na terceira e mais ambiciosa etapa, a idéia era fazer um flie já com todos os elementos.

De maneira básica usei mais ou menos os mesmos materiais nas três tentativas. São estes : Floss, mylar de carretel, Peacock Hearl, English Grouse Hackle (hackle normal de fazer soft hackle), fio de cobre trançado (nada de mais também), Pena de faisão prata, penas de Partridge (não me recordo da tradução agora...) fio de atado 8/0 e paciência... Muita paciência !

Segue então a foto da primeira tentativa :





Nessa primeira tentativa, dá para notar na foto que os hackles ficaram um pouco desalinhados e meio desproporcionais também e não há distinção entre tip tag e inicio do body.É bem complicado mesmo atar esse Hackle todo para baixo.

Segunda Tentativa :



Nesta segunda tentativa, eu tentei dar uma sofisticada no corpo trançando dois fios de Floss, não ficou muito legal não. Agora, nesta fase, foi complicado mesmo posicionar as penas (duas de cada vez) de maneira que fiquem centralizadas e retas.

Terceira e última tentativa :



A terceira, foi a que consegui atar melhor o body e posicionar melhor as penas que também ficaram mais proporcionais ao resto do corpo. Falhei no Hackle que ficou muito "Magro" para este tipo de mosca.

Para resumir, atar estes salmon flies, ainda que de maneira improvisada é bem interessante, você consegue aprender bastante sobre a colocação de materiais no anzol e proporções. Depois de ter treinado, pretendo partir agora para um pattern "de verdade" para ver como me saio.


29 May 2008

Fly na Praia : inspiração


Depois de mais uma vez voltar dedão de uma pescaria na Práia, como relatado em outro post, o negócio é procurar inspiração para não desanimar... E não tem inspiração mais legal do que o filme "Running down the man".

    O filme é naquele esquema "moderno" de filmes de fly, e mostra a pesca do peixe galo com mosca, no visual,  no beira mar, na praia de Baja no México (se não me engano). 

O que chama muito minha atenção neste filme é a correria dos caras, que ficam na parte mais alta da praia procurando avistar um peixe galo. Quando finalmente avistam um correm para a beira da água e tentam o arremesso ! Um tremendo de um desafio !!


27 May 2008

A++ !






Umas semanas atrás, no fórum do www.flyfishingbrasil.net, tivemos uma saudável discussão em torno do assunto : "Por que não temos uma revista dedicada ao Fly no Brasil ?", ou ainda, "por que as revistas de pesca brasileiras dedicam tão pouco espaço ao Fly ?". Enfim, longa discussão, muitos bons argumentos e sugestões de todos os colegas a cerca de um tema relativamente polêmico na comunidade "mosqueira"

Curiosamente, durante a viagem no último feriado (Corpus Christi) fiquei surpreso ao me deparar com a capa da revista "Pesca Esportiva", a qual trazia uma matéria bem bacana sobre um roteiro de pesca "phodão" na Patagônia Chilena. Acabei então, comprando a revista, mesmo por que só a fotografia da capa já havia me convencido a torrar a grana...

A reportagem é bem bacana, bem recomendável e conta com fotografias fantásticas que transmitem muito bem o clima da aventura "A++", como comenta o autor da mesma.

A reportagem trata da operação denominada "Nomad of the Seas", um empreendimento que conta com um Navio (classe cruzeiro se não me engano) que faz o papel de "nave mãe", alguns jet boats, drift boats, caiaques e um Helicóptero ! A descrição completa da viagem você encontra na revista, e mesmo o site da empresa conta com informações suficientes para deixar qualquer um babando.

Depois de ler a reportagem umas duas ou três vezes, por que literalmente da primeira vez que a li, não me "caiu a ficha" quanto sofisticação da operação ! Imagine só, Acordar cedinho, tomar um café da manhã, vestir o wader e ir para o heliporto ! O Helicóptero te deixa num ponto de pesca inatingível por vias terrestres e complicado de se atingir de barco. Você pesca o dia todo e ao fim da tarde a aeronave volta para lhe levar a bordo do cruzeiro, aonde um receptivo com vinhos, e petiscos no geral são servidos !  São listando pontos de pesca em rios, encostas de geleiras, bocas de rios para o mar e etc...

Sem contar, as demais opções de se atingir os pontos de pesca e / ou atividades, como os jet boats e demais "boats"... Além disso o barco principal conta com cozinha internacional, open bar, serviços de SPA  e etc...

Para encurtar a história, quando cheguei em casa, liguei o micro entrei sem muita demora para ver quanto custa uma "empreitada" dessas... Estava até pensando algo como "Bom, derrepente se eu fizer umas horas extras e vender a digital talvez dê para ir...". Daí entendi o que "A++" realmente significa. Significa, em resumo, que se você precisa fazer horas extras para ir pescar, essa operação não é para você ! 

Com o valor de 6 dias no Nomad of the Seas, dá para fazer em torno de 6 (seis) viagens bacanas para a patagônia (chile ou argentina, com guia e lodge, parte aérea e gorjetas, em torno de 5 dias de pesca) no esquema econômico, chegamos a dobrar a quantidade de viagens (com mesmo número de dias)  ! O preço do pacote e tudo mais está no site...

A primeira reação, depois de ver a tabela de preços, é dar aquela "miguelada" e afirmar para si mesmo "Esse negócio é um tremendo de um exagero ! Não preciso disso...", Já o segundo pensamento gira em torno de : "Cara, se eu ganhasse na mega-sena, eu embarcava nessa... Putz ! Que louco deve ser ir pescar de helicóptero..."

Bom, amanhã é quarta feira... Acho que o esquema mesmo é fazer uma "fézinha" na mega sena, por que se depender de horas extras para embarcar no Nomad of the seas, vou precisar de umas 4 ou 5 vidas para "engordar o porquinho" !




26 May 2008

E quando não tem peixe...

E para ajudar na filosofia do post abaixo... Nada como um churrasquinho  "fundo de rede" só para acompanhar a caipirinha e anuviar os pensamentos filosóficos do post abaixo...



Vai explicar...




Na pesca com mosca, ou generalizando ainda mais, na pesca com iscas artificiais, sempre tem um "Quê" de Técnicas absolutas e infalíveis que todo mundo acredita de forma quase que incontestável e passa então a ter o status de "paradigma". 

É bem comum nos depararmos com estes paradigmas diariamente, principalmente em revistas, livros e em discuções, sejam estas travadas em grupos de amigos ou ainda nos excelentes fóruns de pesca com mosca disponíveis na web brasileira.

Nada como situações práticas de pesca para quebrar alguns destes paradigmas. Neste último feriado, me deparei com uma série de situações um tanto paradoxais em relação aos tais paradigmas...

No quesito, pesca com mosca no beira mar, ou na praia como queira, encontro-me no atual status de "DEDÃO". Aprendendo um pouco aqui, um pouco ali, sobre marés, horários, condições climáticas, arriscando um crazy charlie aqui, um mini-minow ali, um camarãozinho de ep acolá e assim  se foram os feriados prolongados  de 2008 : de caniço na mão casteando nas ondas e andando pela praia procurando lugares para arremessar...

Durante o último feriado, acordei na 6a. feira e tomei um susto ao sair do apartamento, pois o dia estava claro, a temperatura estava amena e o mais impressionante : NÃO VENTAVA ! Até o dia estar claro e com temperatura amena, OK, agora não ventar em Ilha comprida, é praticamente um milagre ! Infelizmente eu tinha acordado um pouco tarde e já tinha perdido então a chance de pescar de fly no melhor horário da manhã para tal empreitada. Segundo por que pescar de fly com um monte de banhistas nas praia é um saco ! Além das trocentasp perguntas e palpites do tipo "coloca uma chumbada nesse trem ai !" ou ainda a clássica "Mete um camarãozinho vivo ai que é show"

Passei o dia ansioso para fazer umas tentativas no fim do dia, cair da noite e primeiras horas após o anoitecer... No meio da tarde já juntei a tralha, e sai na caminhada até um local afastado e que conta com algumas parcas estruturas submersas junto as ondas. Chegando lá, já no finalzinho da tarde, era notório que o vento continuava ausente, a temperatura começava a cair...

Caniço montado, Crazy charlie na ponta do tippet, meia dúzia de curiosos olhando o ET pescar de fly na praia e "vamo que vamo" ! Lança aqui, lança ali, entra um pouco mais ao fundo, lança ali, lança aqui... Um pouco mais ao fundo, Lança aqui, lança ali, e... e... nada...

Sai da água, troca a mosca, 2 minutos observando o lugar, tentando identificar talvez uma melhor posição de arremesso, e vamos começar o ritual todo novamente...

Já Escuro, como sempre perco a noção do tempo pescando, declaro encerrada a empreitada e volto dedão para o apartamento. Com frio, bem cansado e pensando "A temperatura estava OK, não tinha vento, a água está limpa, as ondas estavam baixas e fracas. O que aconteceu de errado ?"

Dia seguinte, Sábado, acordo bem cedo, saio do apartamento conferir o clima, e novamente me deparo com condições muito favoráveis : Temperatura amena, sol despontando, uma brisa muito leve e o mar muito limpo e absolutamente calmo. 

Pego o equipamento, uma garrafa de água, umas bolachas (café da manhã)  e caminho novamente até o local onde se encontram as estruturas que mencionei acima. 

E a história se repete... nada de peixes, nenhuma ação, resolvo voltar para o apartamento quando sinto o sol esquentando e só então percebo que não havia levado nenhum protetor solar (burrada do sujeito apressado)...

Mais uma vez volto para o apartamento pensando : "O dia está bom, condições boas,  o que deu de errado ?"

E é justamente neste tipo de questionamento que percebemos que em um dia de pesca, seja bem ou mau sucedido, muito do que se lê vai por água a baixo, muito do que se discute tem seu valor, mas sempre de maneira muito questionável. Não, não estou de maneira nenhuma afirmando que o negócio é sair queimando tudo e dando as costas as discussões. 

O que não podemos perder de vista é justamente o lado prático da pesca com mosca ! Todos que tem poucas oportunidades de sair para pescar (como eu por exemplo) encontram nos livros, revistas e sites, uma boa forma de cultivar o "vicio" na modalidade. Porém nada como sair para pescar e aprender com o meio ambiente do local, o que funciona e o que não funciona...

21 May 2008

Itens de decoração

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Não caro colega mosqueiro, você não acessou um blog sobre design, estilo e decoração de interiores... Neim qualquer tipo de afrescalhação inerente. Este é o vôo da mosca, e continua tal e qual era alguns posts atráz...

Enquanto procurava imagens para o post anterior sobre as "soft hackles", achei algumas imagens de posters clássicos tanto, retratando peixes bem como alguns flies dos mais bacanas e tradicionais... Verdadeiras obras de arte que retratam bem a pesca com mosca e ainda que apenas graficamente, apresentam algumas das belezas do esporte...















20 May 2008

Soft-hackle video tutorial


Complementando o Post de ontem então (19/05),  segue um vídeo tutorial bem simplificado e rápido de como atar uma soft-hackle utilizando duas penas (me parecem ser penas de ganso ou mesmo pato) para formar o hackle. O corpo e cauda também não poderiam ser mais simples...

Creio já ter mencionando anteriormente aqui, o site hook.tv,  que nada mais é que uma versão "mosqueira" do famoso youtube. O site foi recentemente reformulado, e está muito mais interessante visualmente e, acredito eu, bem mais simples de ser utilizado... Enfim, muito recomendável a todos !

Sem mais delongas então segue o atado da "2 minute soft hackle"!


http://www.hook.tv/player?key=27D3455A705E6C3A



19 May 2008

Soft Hackle




Nos tempos do "Antigamente" ou ainda do "guaraná com rolha", Mosquerio que se garantia pescava de caniço de bambú, com linha de seda trançada cuidadosamente "lamecada" com algum tipo de graxa/gordura, líder de crina de cavalo ou similar, e claro, na ponta de todo o sistema uma mosquinha seca ! E lá ia o mosqueiro sempre subindo o rio e arremessando contra a corredeira, na mais perfeita sintonia com a tradição do esporte.

Nesses tempos de "antigamente", era inadimissível o uso de mosquinhas que não permanecessem na superficíe. Para os aprendizes era então oferecida a única excessão, que era justamente empregar mosquinhas tipo WET, uma vez que o aprendiz ainda não tinha toda a habilidade para se pescar de "Dry UpStream".

De todas as Wets, excluindo-se as salmon flies, as soft-hackles são um caso a parte. De forma geral, atadas com materiais de fácil acesso e empregando técnicas de atado muito simples, as soft hackles, atravéz dos anos criaram uma legião de fãs e acredito eu, que uma nova janela de possibilidades para a pesca com mosca no geral levando a pesca para a sub-superfície.

As Soft hackles não visam imitar nenhum inseto de forma específica, mas sim características gerais de alguns tantos encontrados em regiões específicas de ríos e lagos. Na inglaterra, mais específicamente nos famosos chalk streams, é corriqueiro o uso de soft hackles hoje chamados de "soft spiders" pois possuem o corpo simplificado, e o hackle longo e esparço remetendo então a imagem daquenas aranhas grandes de perna comprida. Na patagônia norte, é muito provável que o guia lhe aconselhe a utilizar uma soft-hackle um pouco mais "gordinha", com o hackle de penas de pato, ou de faisão e demais assemelhados.

Spider Soft hackle - A mesma "soft" com hackle esparço e comprido


O que diferencia as soft-hackles das demais wets, é o emprego do hackle em si. As demais wets, empregam um tipo de pena para formar as Asas (em "V" ou "U") na parte superior, bem como cerdas de outro tipo de pena para formar as guelras.

Wet (Alexandria - Adaptada)


Já as soft-hackles, empregam uma única pena, de cerdas macias (daí o "soft") para formar então o colar da mosca. outros elementos como rabo (tail) tag (parte superior da curvatura do anzol) e ribbing são elementos complementares ao padrão básico. Ou ainda, claro, elementos que toranaram o padrão mais eficiente em algum lugar do mundo...

Para o próximo post sobre soft hackles, estou selecionando alguns tutoriais, vídeos (youtube) e links de sites que discorram um pouco mais sobre a história e técnica de se pescar quem este padrão ! Por enquanto, segue um link que conta um pouco mais de história

18 May 2008

Condições Ideais



Fazem umas três semanas que resolvi montar um aquário aqui em casa.  A primeira idéia era popular o mesmo com umas trutinhas miúdas e conforme elas fossem crescendo, ir soltando elas em um lago (de bom porte) onde depois, obviamente eu iria ofertar umas mosquinhas secas para as trutinhas já criadas !

Enfim, a idéia de por trutas no aquário foi por água a baixo quando descobri que seria uma sacanagem com elas, uma vez que estas crescem muito rapidamente em ambiente controlado.

Resolvi então partir para peixes ornamentais mesmo, espécies criadas em cativeiro por aquaristas e tudo mais.

Depois de montar o aquário, colocar as plantas no lugar, encher de água e ligar toda a parafernália elétrica, essencial  para manter o ambiente habitável, começa a brincadeira para criar um "mini" sistema que disponha do tipo correto de bactérias (que vão decompor o material orgânico) com a temperatura de água correta, além de outros parâmetros como PH, NH, GH,KH e mais uma série de outros... Todos importantes para receber os peixes.

Se um parâmentro desses ai, varia muito "da noite para o dia", pode comprometer a saúde de todos os habitantes do aquário, levando a doenças, fungos e demais pragas. 

O meu aquário ainda é muito novo, ainda está meio desregulado (no senso de ser um meio ambiente equilibrado), porém, recebeu seus quatro primeiros habitantes há uma semana, os quais também tem a missão de começar a gerar matéria orgânica, colaborando então com o meio. Tudo para trazer equilíbrio ao meio, habilitando então a introdução dos demais peixes que irão compor a vida no aquário.

Toda essa história me fez pensar nos ambientes naturais, quanto a natureza teve que evoluir, se adaptando aqui e ali de maneiras tão distintas, para proporcionar a todos nós um ambiente propício a vida. Hoje, depois desses começo no aquarismo, passei a apreciar ainda mais os riozinhos de trutas, as lagoas amazônicas cheias de tucunas e tantos outros ambientes formandos e evoluidos do glorioso acidente...

Próximo post : Soft Hackles !

15 May 2008

Livros...



Boa parte dos mosqueiros que :
  • Não fazem curso,
  • Não procuram informações básicas
Acabam comprando equipamentos pouco adequados a sua cituação de pesca, levando então a dificuldades no aprendizado e possívelmente desistindo da modalidade.

No meu caso, quando comecei, mesmo empunhando um equipamento bem meia boca, acabei gostando muito da modalidade, e resolvi então começar a buscar mais informações sobre a modalidade. Desta "busca", surgiu uma lista de livros, sites e dvd's, que considerei primordial para então "disparar" a evolução na modalidade.

Hoje em dia, estou na adrenalina de aprender a pescar utilizando equipamento de SPEY especialmente caniços "Two hand". Por que ? Sei lá ! Acho bacana o arremesso, bem como toda a forma de se pescar com este tipo de equipamento.

Então, resolvi começar certo ! E ao invéz de sair comprando um equipamento de spey, comecei buscando informações na WEB, vendo uns DVD's aqui e ali, e finalmente, meu favorito até o momento, comprei o Livro "Spey Casting" de autoria de Simon Gawesworth. Ricamente ilustrado, e muito didático, o livro está para as técnicas de Spey, assim como Livro do Paulo Cesar está para a pesca com mosca.

O Livro passa brevemente pela história da modalidade, equipamentos e aconselhamento. Porém 90% de seu conteúdo é totalmente dedicado ao arremesso e a táticas de pescaria.

E quase que como "Bônus", o livro traz muitas fotos excepcionalmente belas, tanto da ação, quanto de paisagens e rios ingleses, onde o autor cresceu e se "formou" na modalidade.

12 May 2008

Pouco Atado




Depois da minha última pescaria de Black Bass, a qual já tem um mês e pouco, fiz umas duas ou três sessões de atado, para preparar alguns streamers EP bem como tentar atar streamers usando penas e pelos no geral. 

Aprendizado à parte, atei uma penca de streamers EP de uns tantos tamanhos distintos, porque afinal de contas, nunca sabemos de ante-mão se é a "filhotada" ou os mais velhos que vão dar o "Ar da Graça". Depois, fiquei treinando atar o Lefty Deceiver.

Enfim, atei muito mais do que precisava, estou com as caixinhas de streamers lotadaços de EP's e alguns Lefty deceivers. 

Dada a baixa quantidade de pescaria no último mês e meio, não tenho atado quase nada, tenho uma quantidade boa de moscas para trutas, outras tantas para robalos e essa "penca" que relatei acima para Blacks !!!

Então neste último fim de semana, seguindo a minha filosofia de atado "Mosca feia não decola", promovi uma batida nas caixas de mosca, procurando pelas fatídicas moscas 1/2 boca ! 

Depois de juntar tudo, e dar uma agrupada por tamanho, começa a dança do estilete com a tesoura ! Apara aqui, rasga ali demonta aqui... E assim vai até o anzol ficar limpo ! Daí é só guardar o anzol +/- que por tamanho (se você não for um cara muito criterioso, do contrário pode classificar da forma que sua paranóia organizacional mandar)...

Na realidade, desmontar moscas é uma chatice. Porém se você não tem a necessidade de atar nada para uma pescaria que está próxima, ou ainda precisa de uns anzóis, é uma forma de passar o tempo e reciclar o material !

Na realidade, acho que eu preciso mesmo é ir pescar !!

10 May 2008

Wader Boots de verdade



Esta semana recebi meus novo par de Wader Boot, o primeiro par "Phodão" de verdade ! Ou ao menos penso ser "Phodão"... Como sempre, vou poupar os colegas de informações sobre marcas e etc...

Até então, eu estava em minha 3a. tentativa com wader boots caseiros seguindo alguns tutoriais que encontrei na web, hora comprando alguns nacionais.

Durante a viagem a Caviahue, conversei muito com os outros colegas pescadores, e com os guias também, e claro, o assunto de equipamentos, vestuário técnico sempre surge. Foi numa dessas que o Colega Rubinho mostrou seu par de Wader shoes e comentou que era o único par que dispunha há mais de 15 anos, fazendo uso deste nas mais diversas pescarias, diversas vezes ao ano. O que me impressionou foi o estado de novo que os boots se encontravam... Pareciam que estavam em sua primeira pescaria.

Outras tantas conversas surgiram, algumas seguidas de comparações e etc... Resumindo, aprendi um pouco mais sobre o assunto, e gostaria de dividir estas dicas com os colegas :

  • Construção : Não importa se você vai fazer seus Boots, ou comprar um "Top Phodão super super". Tenha certeza que o material que compões o corpo inferior do calçado seja pouco maleável e muito resistente. Dê preferência aos boots de Cordura "Emborrachada", couro parece legal, mas na realidade não é, em contato contínuo com a água deteriora e laceia com facilidade.
  • Segurança : Um boot tem que lhe oferecer o máximo de segurança, e aqui é que o bixo pega ! Sempre que possível, de preferência aos boots de cano mais alto, aqueles que oferecem proteção ao seu tornozelo. Aqui, de preferência a aqueles que de fato "segurem" bem a articulação. Lembre-se que uma torção pode acabar com sua pescaria !
  • Amarril : Se você é barrigudo como eu, laçar o amarril do boot já com wader vestido é um desafio de contorcionismo. Logo, um amarril longo, ajuda um pouco. Lembre-se de amarrar bem apertado e nunca esqueça de cobrir todo o cadarço com o gravel guard.
  • Solado : Para rios no geral o solado é de feltro. Um bom solado de feltro, além de ser colado a sola principal do boot dever ser também costurado. E é exatamente a costura que pega para quem quer se aventurar a fazer seu próprio par de wader boot. Os pares que fiz, utilizei somente cola de sapateiro para fixar o feltro. Funciona, mas depois de uns dois dias andando pelo rio, ao menos um pedaço da sola vai soltar ! Alguns waders shoes empregam grampos para fixar o feltro ao resto do calçado, neste caso, tome cuidado com os grampos que utilizar, pois se sobrarem pontas para fora, você pode danificar os botes infláveis de pesca.
  • Botas de borracha não são Wader boots : Galochas, botas de borracha e assemelhados não devem ser utilizados como wader boots ! Enchem de água, causando o efeito âncora, e comprometendo sua segurança !
Em resumo, o wader boot é muito mais que só uma bota de pescaria, juntamente com o wader, é o principal item de segurança numa pescaria de vadeo, afinal de contas, quem é que quer torcer o pé ou tomar um tremendo de tombo ou torcer o tornozelo durante a pescaria ?

08 May 2008

E Caviahue rendeu mais uma !



Quarta-feira dia 08/05 recebi um email do grande colega Rubinho, o qual informava que nossa pescaria em Caviahue, fará parte do próximo número da revista "Pesca", do próximo mês.

O texto, escrito pelo Rubinho, é muito bem estruturado, e ricamente ilustrado com as fotos da pescaria, traz detalhes interessantes sobre toda a pescaria, região e tudo mais. Para quem busca a visão de um profissional no assunto "Pescaria & Viagens" esta é uma excelente Oportunidade !

Confesso que foi uma grata surpresa ! Nunca imaginei me ver em uma revista de pesca, ou ainda ter toda a aventura tão bem relatada... Muito legal !

06 May 2008

Fish Bum Mongolia, comentários gerais.


Ontem, consegui assistir o novo filme da galera do Angling Exploration Group. Diferente dos outros dois filmes que eram inteiramente dedicados a pesca de trutas (Patagônia e Nova Zelândia) este é o primerio filme cujo os verdadeiros protagonistas não são as trutas arco iris e marrons, e sim o maior salmonídeo do planeta : O Taimen.

Como já falei em posts passados sobre o trailler do filme, ou ainda sobre os Taimens, vou me ater aqui a falar sobre minha opnião sobre o filme.

Neste 3o. filme, a galera da AEG superou os anteriores em diversos aspectos tais como : produção gráfica, trilha sonora (vibrante mas não enfadonha), narrativa (diferente do esquemão reality show dos outros, este conta de fato a história por tráz da viagem).

De maneira geral, o filme é dividido em 3 grandes blocos de pesca separados por trechos que ilustram as viagens entre cada um dos pontos. Todos os trechos são bem divertidos e interessantes de se ver, entreterimento puro.

Como sempre, o lado técnico da pescaria é deixado de lado, coisas como : tipo do equipamento, carretilha, dimensões do leader e etc são literalmente colocados de lado. Porém a grata surpresa foi mostrar no filme diversas sessões de atado improvisadas, uma vez que nenhuma das moscas que eles tinham providenciado de antemão parece despertar a atenção do Taimen. O bacana de fato, é como eles descobrem que mosca de fato chama atenção do bicho !

Em termos de atado, o bacana mesmo é ver a galera indo cercar bufallos mongóis e Iaques em pastos praticamente congelados com uma tesourinha de atado na mão para extrair alguns bons tufos de pelo desses bixos, hora por que estavam sem material de atado, hora por que as fibras sintéticas em tamanho "default" são pequenas demais para o taimen (imagine o comprimento de um punhado de EP totalmente desdobrado, e isso era pequeno !! hehehe)

Outro aspecto, é que os caras lançaram a REAL da pescaria ! Ou seja mostraram as verdadeiras dificuldades de se pescar um Taimen, a frustração das primeiras X semanas de pesca passadas literamente "no dedão". Acho isso, muito bacana ! primeiro por que acaba com a conversinha mole do tipo "Uáu Super pescador na melhor pescaria do mundo !" e literamente enterra com o esquemão "propaganda de Lodge/Guia/ boa vida". Nada contra, mas se eu quisesse ver Lodges, eu compraria (ou copiaria hehe) um DVD sobre Lodges !!!

Enfim, se você gosta de vídeos de pesca absolutamente voltadas ao entreterimento, gosta de viagens e paisagens exóticas, vale muito a pena ! Agora se vc quer aprender a castear ou qualquer outra coisa do tipo, este não é o DVD que você precisa !

05 May 2008

Uma conclusão rápida !

Fiquei preparando o novo visual do blog e mais algumas novidades e acabei "dando um drag" no post "de verdade" de hoje !
Então, rapidão, vou postar uma frase que li outro dia (não lembro a onde) mais achei ser verdadeira ao extremo !

"Sim, as suspeitas estão confirmadas, Pescar com mosca é uma doença ! E o problema é que o único antídoto para isto é se enfiar num riozinho de águas geladas e lançar moscas as trutas !"
(Autor Desconhecido)