25 July 2010

O que não se coloca em palavras - Parte 1


Talvez a sensação que ninguém espera ter na pesca com mosca é uma daquelas que não é causada por um peixão na ponta da linha ou ainda por visualizar uma truta subindo em uma mosca seca feita por você, e sim, em um instante capturar a sensação de paz e harmonia que só a natureza nos proporciona. Um pequeno momento de quietude onde todo o resto do mundo desaparece, deixando apenas a respiração, o vento soprando, o barulho do rio passando e aquela incrível sensação de relaxamento inigualável que atua como um antídoto contra todas as bobagens da vida moderna em sociedade.

Só quem vai para a natureza sabe do que estou falando, é impossível registrar o que se sente, talvez o máximo que nós, na tentativa de convencer outros dos "porquês" de se ir a natureza defrutar da pesca esportiva, é tirar algumas fotos, talvez escrever algumas palavras em algum canto, uma filmagem quem sabe. É importante contudo, lembrar que nenhum desses artefatos vai transmitir a sensação de como foi viver tudo aquilo.

Para mim, algumas fotos obtidas ao longo de diversas pescarias que fiz desde que comecei na pesca com mosca, são muito representativas destes momentos. Abaixo listo algumas delas, não por que são bonitas, ou ainda por que foram tiradas alí ou acolá mas sim por que foram mais tentavias de se registar "O" que não pode ser registrado.

Regressando - Patagonia 2009

Confluências - Patagonia 2010

Entardecer no Malleo - Patagonia 2009

Ponte no Chimehuin - Patagonia 2009

Cruzando o Rio Patagonia 2008

Entardecer Em Ausentes - 2006

Rio silveira : à primeira vista (2005)

Entardecer em Ausentes -2005

11 July 2010

Programa Eco Aventura Nro 3 - Fly na Telinha

A primeira vez que vi alguém pescar de fly, foi pela TV, +/- em 1991, no então programa do Rubinho de Almeida Prado o Pesca e Cia, que na época ia ao ar as 6:30 da manhã se não me engano.

Naquela época eu mal pescava. ia umas duas ou três vezes ao ano num pesqueiro "meia boca" aqui de Sorocaba, e durante as férias de final de ano eu e meu irmão pescávamos na praia, usando umas varas shimano, uns molinetes PAOLI verde, usando vela de carro como chumbada e pernadas de 3 a 5 anzóis encastoados. Enfim, era divertido.

O ponto é que depois que começamos a assistir o programa do Rubinho, a visão sobre a pesca esportiva mudou. Passamos (eu e minha familia no geral) a ver a pescaria como pura diversão, e não como um método de "capturar a janta". O programa também nos fez começar a sonhar com viagens a lugares exóticos e naturais, com paisagens naturais e exuberantes e claro, com pescarias cheias de ação e aventura.

E hoje, quase que vinte anos depois, é muito legal ver o programa Eco Aventura no ar, e em especial na internet, trazendo o Rubinho novamente as telas, mostrando novas pescarias, novos lugares, e principalmente mostrando os conceitos de cada modalidade, passando informações e principalmente a emoção da pesca.

O terceiro episódio do programa foi 100% dedicado há pesca com mosca e o emprego da técnica na pesca de Dourados. Para nossa felicidade, o programa foi disponibilizado no YouTube em três blocos. Vale lembrar que também é possível subscrever ao canal ecoaventura00 de maneira a conseguir os demais episódios e informações sobre futuros programas.

Bom, Abaixo seguem os três vídeos do programa Eco Aventura Número 3 : Dourados no Fly ! Nossos sinceros parabéns a todo time do programa Eco Aventura, e fazemos votos de muito sucesso nessa nova empreitada ! E claro, fica também registrado nosso desejo de ver ainda mais aventuras de pesca com mosca na telinha !







04 July 2010

Ep Flies



Já fazem alguns anos que eu comecei a utilizar as fibras EP em meus Streamers. Fibra sintética desenvolvida pelo Emilio Puglisi (daí EP), especialmente para situações de pesca em água salgada. Com o passar do tempo porém este material fácil de encontrar em qualquer lugar do mundo, e em especial aqui no Brasil, vem se mostrando muito versátil, com diversas aplicações que vão muito além da pesca em água salgada.

A primeira pergunta que vem a cabeça quando você tem em mãos pela primeira vez um pacote de EP fibers na mão é : "Como é que eu uso isso ?!", e a pergunta torna-se absolutamente inquietante quando você um streamerzinho já finalizado em EP. "Como é que esse treco virou esse peixinho ?". E o mistério só piora (ou melhora) depois que você testa um streamerzinho de EP e vê o quão legal é o movimento que este desenvolve na água.

Comigo não foi diferente, comprei um pacote de EP verde, o qual ficou um tempão no fundo da caixa de atado. Até que um dia o Thiago (Fly Shop Brasil) colocou no blog um pequeno slide show mostrando as técnicas básicas de se atar em EP. Foi o ponta pé inicial do EP nos meus atados. Agora o legal mesmo foi pegar um black, e diga-se de passagem, o maio black que peguei até hoje, com um "monstrinho" feito com uns fios de brilho e o tal do EP verde. Não parei mais, comprei mais algumas cores e segui atando, e experimentando com o material.

O grande lance de se atar com EP é a facilidade que o material proporciona em construir iscas boas em pouco tempo, aliado a uma diversidade muito grande de cores e variações da fibra (em termos de espessura, brilho e comprimento) que habilitam ao atador criar, ou imitar, com certa perfeição peixinhos, carangueijos, camarões, insetos, scuds e o que mais a imaginação quiser.

Claro que como tudo, é necessário aprender as técnicas básicas que o material demanda. No caso do EP nada complexo, mas que fazem toda diferança durante o atado. A primeira e mais básica é como manusear o material. Aprender a segurar o EP "sem bagunça" economiza tempo e material.

Em uma das sessões de atado que fizemos na Fly&Cia, o amigo atador Fábio Matos, nos ensinou a separar um pacote de EP em até quatro porções menores usando fitas herlermans para prender o material. Essa dica é ótima pois facilita "barbaridade" o manuseio do material.

Outra sacada, também ensinada pacientemente pelo Matos, é separar as porções de material que vão ser utilizadas, num streamer por exemplo, e assegura-las numa fita de velcro, tornando então o processo de construção da isca mais dinâmico.

No conjunto da obra, vale muito a pena conhecer os materiais EP bem como as técnicas de atado empregadas nos mesmos. O site da empresa, tem muitas dicas e o catálogo completo de cores e variação. Claro que os Fly shops brasileiros também disponibilizam os materiais.