20 November 2011

Ninfas Patagônicas



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Já na expectativa da temporada Patagônica 2011-2012, comecei a preparar algumas ninfas que deram muito resultado em 2010 em ambas as localidades que pesquei. Como fazia bastante tempo que eu não atava moscas para truta, foi um bom momento para lembrar das técnicas, proporções detalhes e etc...

Também aproveitei para re-lembrar uma das técnicas que mais gosto de utilizar no atado, especialmente de stone flies, o macramê, que na minha opnião é a técnica que melhor permite construir o corpo de ninfas médias e grandes. A técnica do macramê aplicada ao atado não é difícil de se aprender, como tudo na vida, basta ter paciência para pegar o jeitão da coisa e ir praticando. 

Para quem quer começar a aprender o excelente Fly Anglers Online tem um ótimo tutorial, o qual geralmente uso para tirar alguma dúvida a respeito da técnica. Agora, acreditem em mim : É mais fácil fazer a mosca em macramê do que aparece no tutorial !!! 

Abaixo, um slide show que ilustra bem a produção de moscas deste fim de semana :


13 November 2011

Curso de Cast : Fly&Cia e Gerson Kavamoto

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Pela terceira vez, participei de um curso/clínica conduzida pelo colega Gerson Kavamoto, que com sua paciência e bom humor de sempre nos ajudou a aprender um pouco mais sobre a arte do Cast. O curso aconteceu no Pesqueiro e Pousada do Tio Oscar (Entre Sorocaba, Itu e Mairinque) e teve toda sua organização realizada pela Fly &; Cia.

O mais interessante dos curso do Gerson, é a atenção individualizada que ele dedica a cada participante, fazendo então com que pescadores mais experientes fiquem lado a lado com os colegas que nunca pescaram com mosca, permitindo que cada indivíduo se concentre exatamente naquilo que mais quer, ou ainda precise, aprender para desfrutar mais da modalidade.

Como o curso foi ministrado em dois dias, resolvi focar em dois aspectos bem diferentes em cada um dos dias. No primeiro dia, levei meu caniço Double Hand de Spey e foquei em aprender o básico do lançamento com o equipamento : Roll Cast, D-Loop, mudança de direção e essas coisas.  No segundo dia, levei caniços "normais", e procurei corrigir alguns problemas que tive na última pescaria na Amazônia, coisas como : o leader cair em "U" no pesqueiro, acertar a força para lançar moscas grandes e principalmente posicionamento do braço e da mão para pescar de maneira mais confortável.

Foram dois dias bem intensos de aprendizado, treino e muita camaradagem de todos os participantes, o que permite que novas parcerias de pesca se formem bem como tantas outras informações sobre destinos, moscas e viagens que são trocadas ao longo do dia.








23 October 2011

Amazonia 2011 - O vídeo

Galera o post de hoje é um tanto curto, como registrei alguns momentos da aventura na amazônia em vídeo, achei que seria legal juntar alguns clipes de maneira a contar um pouco da aventura...

Depois de umas tantas horas editando tudo, consegui chegar no em um resultado até que satisfatório...


01 October 2011

Rio Acari : detalhes dos Streammers


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Diversos colegas me perguntaram quais foram as cores e combinações de cores, brilhos e demais detalhes das moscas utilizadas na pescaria no Rio Acari.

Cores : eu diria que as campeãs foram as combinações de Rosa, Rosa choque e brilho verde limão, seguidas das combinações de Verde escuro com verde claro, amarelo e laranja com brilho prata e verde limão. Depois vem o resto que até deu um ou outro resultado mas com uma produtividade muito inferior, combinações como : Branco e vermelho, preto e vermelho (só bateu traíra), Vermelho e amarelo escuro, Inteira branca com brilho, inteira preta com brilho, e demais cores e combinações clássicas.

Tamanho : Por recomendação dos colegas, atei a grande maioria em anzol 2/0, é preciso reconhecer que o TMC 8089 foi "O" anzol da pescaria, com comprimento aproximado de 18cm. Porém, conforme as moscas eram destruídas pelos Tucunas, elas aparentemente ficavam mais atrativas para os Tucunarés,  Logo penso que moscas menores, e mais "magrinhas" sejam mais eficientes... Alguns dos maiores Tucunarés grandes foram capturados usando moscas absulutamente detonadas, quase sem material, e totalmente "capenga". Em particular achei bem legal, pescar uns big Tucunarés com moscas totalmente destruídas...

A apresentação abaixo mostra os streamers que renderam bem na pescaria. Qual rendeu mais ? Pense o seguinte, quanto mais destruída a mosca, mas tucunas ela pegou...
  

29 September 2011

Amazônia 2011 - "Até que é Grandinho"...

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O primeiro dia de pesca é sempre uma coisa complicada. Você entra naquela adrenalina louca de pegar logo um peixe, para "garantir" que "dedão" você não volta para casa ! E desse "rush" só sai besteira : fisgada errada, cast frouxo, pick-up mal feito, mosca na orelha do piloteiro e essas coisas que todo mundo faz, mas ninguém comenta ! Depois do antídoto, ou seja, da primeira captura bacana do dia, a gente respira aliviado e começa a pescar de fato. 

E foi bem isso que aconteceu comigo, na primeira tarde de pesca e nas primeiras horas do que seria meu primeiro dia de pesca completo na Amazônia, que começou bem cedo, logo as cinco e meia da manhã já estava com toda a tralha pronta e embarcado para ir pescar um trecho mais abrigado do rio acari distante uns 20 minutos do acampamento. 

Este primeiro ponto de pesca me impressionou, eram muitos os pontos convidativos para uma tentativa ! Muitos troncos caídos, muitos galhos, muitas árvores grandes fazendo sombra na água. Você vê e pensa : "O sujeito precisa de uma vida para bater todos esses pontos !". E vamos nós, jogar o EP streamer, verde, amarelo e laranja com brilho verde limão na galhada e ver o que acontece... 

Não aconteceu muita coisa nas primeiras horas de pesca, umas fisgadas perdidas, uns macacos "daqueles", nas galhadas... Ou seja, a minha afobação estava entre eu e os Tucunas. Enfim, pelo bem da nação, paro de castear, respiro fundo, tomo um copo de água, converso um pouco com o piloteiro, sujeriu que eu trabalhasse a isca mais rapidamente e também jogasse ela não dentro da galhada na primeira tentativa mas aos lados. 

E para saudar o sol que pertinho das sete horas da manhã revelava o dia quente que estava começado, fisgo o primeiro Tucunaré do dia. Um "popoquinha" "meninote" como disse o Piloteiro. Pequeno, mas já anima a pescaria. Mais uns casts sai outro, agora um paca, também "meninote". E a manhã segue com a captura de uma série de tucunarés pequenos. 

Lá pelas 10 e pouco da manhã, já com o sol Castigando, mudamos para a outra margem, e seguem os casts. Num dado instante o Pacu (no caso o Piloteiro), me avisa : "Seu Gustavo, tem um maiorzinho ali ó !", O lugar era uma galhada até que grandinha, com grandes possibilidades de peixe macaco. Neim penso muito, e topo o desafio. Tiro mais linha da Carretilha, dou uma apertada no freio e vamo que vamo !

Primeiro cast, jogo na frente da galhada, só para evitar um macaco logo de cara, no recolhimento uns tucuninhas perseguem o streamer até perto do barco. Mais um cast, um pouco mais para dentro, e mais uma vez alguns tucuninhas parecem disputar o streamer. Outro cast, espero o streamer afundar um pouco mais, e começo a recolher a linha muito rapidamente, quando o Pacu me avisa que o "Grandão" estava atrás do streamer. Dou um toque diferente na isca... Vejo o Tucunaré mudar de direção e perder totalmente o interesse... Peixe perdido, lição aprendida... Uma série de tentativas no mesmo ponto e nada ! A janela de oportunidade tinha fechado, fazer o quê ? Não pode perder a esportiva !

Uns tantos metros para frente, já perto do meio dia, com sol alto, calor digno de uma fornalha industrial, seguia eu pescando e o Piloteiro me alertando sobre um ou outro Tucunaré maior.  Até que em uma dessas, mando o streamerzinho no meio de uns troncos caídos, e começo a recolher rapidamente, e derrepente aquela pancada imediatamente seguida de uma corrida de fazer o sujeito que está atrás do caniço perder o Rumo ! Eu estava com muita linha fora da carretilha, e foi coisa de louco, brigar com o peixe, recolher a linha, até que numa bobeira minha o Tucunaré corre para a galhada e sei lá como enrosca a linha toda no meio dos galhos. 

Eu só pensava : "Que saco ! Além de perder o peixe, vou perder a linha junto ! PQP !!". foi ai que o Pacu me instruiu a afrouxar a linha,  enquanto aproximava o barco perto da galhada. Antes mesmo de eu conseguir falar para ele algo como : "corta a linha e deixa quieto", Ele me fala : "Tá tudo embolado aqui Seu Gustavo, vou cair na água e tirar o peixe", respondi : "Você tá doido ! Deixa quieto !". Mas não deu tempo...

Quando vi a cena não acreditei : O piloteiro mergulha, volta e fala : "É grandinho ! Tá bem embolado".  Mais um mergulho, sobe e fala : "Recolhe um pouco da  linha", eu pergunto : "E o peixe ?", Ele dá uma risada, levanta o braço e mostra o "grandinho", e fala : "Tá aqui comigo". Cena sulreal... 


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Pacu, tirando o streamer do beiço do tucuna...
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O Troféu do enrosco.
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Volta para Casa 'Grandinho"

Feliz da vida, volto para o acampamento, almoçar, descansar e principalmente,  ficar umas horas longe do sol ! Foi Genial esse primeiro "Grandinho", meu objetivo agora era ficar mais "esperto" com os Tucunarés, não deixar ir pra galhada, mandar a mosca mais para dentro da galhada, arriscar mais para quem sabe, dobrar o peso do "Grandinho" que, por sinal, foi de uns cinco kilos e pouco...

O resto da semana seguiu assim, muitas e muitas capturas de Tucunarés entre 1 e dois kilos, uns tantos  na casa dos 3 kilos  e poucos bateram os cinco kilos do Grandinho, mas neim de longe foram surpreendentes quanto ele...

Para resumir as idéias segue um Slide Show com fotos dos Tucunarés capturados nos primeiros dias de pesca ! Uma pescaria na Amazônia gera muito mais assunto do que consigo escrever !



Em breve tem mais relatos amazônicos !

25 September 2011

Aventura Amazônica - Chegando lá !

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Rio Negro - Manaus


Esta aventura, assim como tantas outras, teve seu início mais ou menos entre abril e maio de 2011 com uma mensagem no fórum "Mosqueiros do Rio",  na qual eu pedia sugestões de onde pescar no 2o. semestre, mais especificamente entre os meses de setembro e outubro.

Foram muitas as recomendações recebidas, desde Ausentes  até Los Roques, e muitos outros lugares que com certeza um dia irei visitar, porém como um colega mencionou em uma das tantas respostas : "Você deveria ir conhecer a Amazônia ! Vai tanto gringo pra lá e não é a toa, é bom conhecer antes que..."

 Confesso que eu estava mais propenso a ir para Los Roques, porém nenhum dos habituais parceiros de pesca tinha disponibilidade para ir no mesmo período que eu, o que acaba deixando tudo muito mais complicado : As pousadas ficam mais caras, não tem ninguém para rachar despesas, geralmente os guias de pesca cobram mais para guiar um pescador "Solo".  Enfim, complicou !

E da impossibilidade de ir para Los Roques, surgiu a idéia de ir a Amazônia, pensei que seria mais fácil integrar um grupo de pescadores com uma vaga aberta do que necessariamente viajar solo. Enfim, encurtando a história de muitos telefonemas, e-mails e um tanto grande de Non-Sense (tema para outro post) acabei entrando em contato com o pessoal da Pescaventura que curiosamente tinha uma turma aberta exatamente para o período que me era mais conveniente.  Seria um programa de 6 dias de pesca totalizando 8 dias de viagem, no qual pescaríamos no rio Acari, no qual a Pescaventura disponibiliza um acampamento bacana e toda a infra-estrutura para a empreitada. Enfim, a coisa toda engrenou, acabei fechando o pacote, terminei de acertar as férias junto a empresa que trabalho, e começaram então os preparativos para minha primeira pescaria de Tucunarés !

Eu nunca tinha pescado Tucunarés, digo, Tucunão invocado de verdade mesmo,  uma ou outra tentativa em pesque-e-pagues das redondezas de SP, uma ou outra tentativa meio falida em Fernandópolis, mas Tucunaré de verdade ainda eu não tinha pescado. Logo, em meados de maio, comecinho de junho, comecei a pesquisar mais o assunto junto aos amigos do fórum Mosqueiros do Rio e não foram poucos os sábados que fui na Fly&Cia conversar com o Moreli, com o Gabriel, Cacosa e quem mais estivesse por lá disposto a responder algumas perguntas sobre moscas, técnicas, leader e etc...

Depois de muito atado, muitos preparativos, muita conversa, na sexta-feira dia 9 de setembro de 2011 começa a aventura de chegar ao rio Acari. O plano era Chegar em Manaus dia 9, pernoitar, e no dia 10 as 4 e pouco da madrugada  ir ao Aéro Clube de Manaus para pegar o táxi aéreo que nos levaria até Nova Aripuanã. Depois teríamos um percurso de aproximadamente 2horas em Busão (hehehe) até a pequena vila de Araras, onde embarcaríamos nas voadeiras para chegar ao "meio do caminho" onde disfrutaríamos de um almoço, prepararíamos as tralhas para pescar ainda naquela  tarde.

Bom, só esse vôo em taxi aéreo é uma aventura totalmente a parte ! Foi meu primeiro vôo numa aero-nave pequena. onde o piloto olha para você e fala : "Em caso de problemas, vou tentar descer na água, a porta de emergência é aquela ali... Boa viagem !" Enfim, tinha chegado até aqui, faltavam poucas horas para começar a pescar Tucunaré, não era para um piloto com senso de humor distorcido que ia me impedir de pescar ! hehehe...

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Eu ! Num Rush de Adrenalina pré decolagem



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O Tal do Taxi Aéreo... 
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Chegando em Nova Aripuanã... 

Bom, é importante dizer que o vôo de Manaus até Nova Aripuanã é muito mais tranqüilo do que o esperado ! A vista da floresta é incrível ! o Pouso em Nova Aripuanã também foi tranqüilo... Pista de Terra, Aeroporto... Bem o Aeroporto é quase que inexistente, uma pequena casinha com um banheiro e... e...é isso ai ! "Torre de controle é pra fresco"

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O Aeroporto de Nova Aripuanã... Torre de controle é frescura...
Depois de descarregar as bagagens agudarmos o Sr. Mauro, organizador e administrador do acampamento do rio Acari, chegar para nos levar até Araras. Junto com ele chega um grupo de pescadores que estavam iniciando a viagem de volta à Manaus. Deste grupo ouvimos as primeiras notícias de como estavam as condições de pesca, tamanho dos Tucunarés capturados e algumas dicas. A ansiedade só aumenta... 

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O Busão - De Nova Aripuanã até Araras

A viagem no Busão até que é bem divertida, praticamente duas horas no busão por estrada de terra bem mais ou menos. Este pequeno trecho da viagem também é um tanto triste, passamos por diversas madeireiras em plena atividade, foi possível avistar toras gigantes sendo transportadas pelos rios, puxadas por canoas com motorzinho "rabetinha"... É a dura realidade da Amazônia... 

Araras é um pequeno povoado, que vive basicamente da extração da madeira, da pesca, e dos poucos aventureiros que chegam por ali... É aqui que você tem o primeiro choque que a sociedade como você conhece está algumas horas de distância, pois a coisa aqui é totalmente diferente, um verdadeiro choque cultural...  

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Vilarejo de Araras.

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Canoas a beira do Rio.

Bem, depois de carregar as voadeiras e barcos com os equipamento e bagagens, seguimos direto para o ponto de almoço, onde além de uns peixinhos assados além de um churrasquinho acompanhado de mandioca cozida e da deliciosa farinha de mandioca, algumas redes nos aguardavam para um pequeno descanso. Foi aqui neste "meio do caminho" que armei os caniços, separei umas caixas de moscas para desfrutar do resto da tarde pescando. 

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O "Meio do Caminho" - Pressão baixa e 45 graus na sombra !

 O que eu não contava, porém é que o calor intenso da região fosse ter um efeito tão drástico sobre mim. Depois de almoçoar, minha pressão arterial caiu bastante, além de um mal estar geral. Não tem jeito, 45 graus celsius a sombra me tirou de combate !  Depois de umas poucas horas na rede e muita água e refrigerante, seguimos por aproximadamente 30 minutos para bater os primeiros pontos de pesca.

E finalmente ! Finalmente !! Vai o primeiro Popper para a água ! os Primeiros tantos arremessos são executados com uma ansiedade tão "monstro" que  não sai um direito. Erra daqui,  Erra dali, e você derretendo debaixo daquele sol escaldante, e dá-lhe popper na galhada... Nada.

Resolvi então mudar para o outro equipamento, armado com uma linha intermediate. Tinha chegado a hora de conferir se os últimos meses atando streamers em EP tinham adiantado de alguma coisa ou se tudo tinha sido apenas mais uma perda de tempo... Pedi para o Pacu, nosso piloteiro, ver qual streamer achava mais bacana, e ele então aponta para um verde e rosa com pouco brilho.

Ato a isca na ponta do líder, e mando perto de uma galhada. Nada, mando de Novo e, no meio do trabalho da isca entendo o porque tantos pescadores são apaixonados pelo Tucunaré, Aquela pancada na mosca  seguida de uma corrida forte para o meio da galhada ! Era meio primeiro Tucunaré, que diga-se de passagem concretizou a previsão do Moreli : "Você vai queimar o dedo !" E o danado do Tucunaré briga muito, abusa do freio da carretilha, põe a prova suas habilidades em manusear o caniço.  Este primeiro, não era grande não, mas foi legal demais !

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O Primeiro Tucunaré A gente não esquece !

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O ponto de Captura !

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Ep Streammer Campeão do 1o. Dia.

Do mesmo ponto onde saiu o primeiro, saíram também, o segundo, o terceiro, o quarto... E tantos outros, tudo com a mesma mosca : Ep Rosa com o Lombo verde claro e brilho verde limão.  Feliz da vida, e cozinhando no forte sol, minha pressão arterial cai mais uma vez. Me dou por satisfeito, recolho o caniço, tomo uns bons copos de água, saco a máquina fotográfica e registro o fim de tarde no meio do rio Acari, afinal, não há por que ter pressa, esta foi apenas a 1a tarde, eu tinha mais seis dias de pesca pela frente ! 

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Primeiro Entardecer Amazônico - Rio Acari


Outro momento de pura aventura neste primeiro dia de viagem foi, a chegada no acampamento já próximo das 8 horas da noite. Poucos instantes antes do sol se por, o piloteiro pede para que ajeitemos as coisas no barco, sobre o motor elétrico, baixa o motor de popa e acelera rumo ao horizonte, Só vivendo esta experiência para saber do que estou falando, é incrível e não consigo por em palavras !

E a noite cai, com uma brisa fria que me parece um antídoto contra o calor do dia ! Uma escuridão incrível, lua escondida, e nós no barco navegando em zigue-zague pela imensidão do Rio Acari. Não entendia como o piloteiro estava navegando tão precisamente naquela escuridão toda, sem GPS, sem mapa, sem tecnologia nenhuma ! Nos lugares mais rasos o piloteiro, apelidado pelos demais piloteiros de Pacu, manobrava precisamente e de maneira muito suave. Eu confesso não enxergava um palmo na frente do Nariz, até que, depois de uma série de curvas, surge o acampamento, todo iluminado por pequenas tochas e bicos de luz amarela.


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No meio da Noite o Acampamento surge...

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Um lugar legal pra descansar...


E foi só o primeiro dia... Tem muito mais pela frente...




08 September 2011

Fui !

Finalmente !!! Fui !





Até a volta !!!

21 August 2011

Atado pré amazônico !


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Já faz alguns meses que eu tinha acertado minha primeira pescaria de tucunarés na Amazônia. Logo após receber todos os "Ok's" necessários para sair de férias, depois de acertar o pacote, vôo, e tudo mais que a empreitada demanda, comecei a me dedicar a melhor parte da preparação para a viagem : O ATADO !

Como eu não entendo quase nada de Tucuna, comecei a perguntar para os amigos sobre equipamento, que moscas levar em que cores, tamanhos, quantidade e tudo mais. O pessoal do Fórum Mosqueiros do Rio, deram excelentes dicas, as quais tomei como ponto de partida para começar a atar, coisas como : Streamers em material sintético, anzol 2/0, muito material de brilho, e por aí a fora.

Como mencionado no post anterior, o amigo Carlos Cacosa junto com o pessoal da Fly&Cia, também vem me dando uma tremenda força ! Desde a aula de atado que tive com o Cacosa há algum tempo, até diversas dicas de arremesso do Morelli, que inclusive me alertou : "Você vai queimar o dedo a hora que entrar um Tucunão nesse streamer ai ó !"

De posse desse tanto de informação, começa então a primeira parte da pescaria ! Montar um tanto de Streamers, poppers, Seaducers, deceivers, Clousers e tudo mais. E em proporções "superlativas" como diria um conhecido professor de história aqui da cidade.

Até então, eu eu nunca tinha atado streammers de EP em anzóis 2/0. Dado a pescaria do ano passado no lago Strobel eu eu tinha atado uma série de Wolly buggers gigantes, alguns Needle flies de tamanho absurdo, mas nada que se compare tecnicamente ao atado de Streammers e demais moscas em anzol 2/0 e 3/0.

E claro, atar essas moscas grandonas é absolutamente diferente de de se atar streammerzinhos pequenos, ninfas e tudo mais. O balanço do material, o posicionamento de cada tufo de materia influencia muito no resultado final. No começo eu apanhei bastante, mandei o estilete num tanto de streamers que não ficaram a contento. Outro desafio é finalizar a cabeça de cada streamer com Epoxi. Esse bendito epoxi exigiu bastante de mim, demorei para pegar a manha de aplicar ele na quantidade certa cuidar para fixar corretamente na cabeça de cada streamer.

Sem contar os outros desafios encontrados nas outras moscas, como por exemplo a seaducer : streamer simples de fazer, mas que apresenta suas manhas !!! Especialmente em relação a qualidade da pena que vai utilizar para fazer o gigantesco "Palmered Hackle" dela. Se vc usar uma pena mole, o streamer não fica legal, não nada direito, não trabalha... enfim não presta !

Ir para um lugar que você nunca foi, atar moscas que você nunca atou fazem parte do grande barato que é a pesca esportiva / fly fishing ! Seguem algumas fotos de algumas fotos de moscas que tirei enquanto empacotava tudo para a viagem...


10 July 2011

Moscas do Cacosa




No Último feriado de Corpus Christ, estive junto com o amigo Carlos Cacosa Na Fly&Cia, que mais uma vez nos recebeu para mais uma sessão de atado seguida de uma genial Parmegiana e claro toda a camaradagem e bom humor de se passar o dia com amigos atando, comendo, contando histórias e marcando pescarias.

Desta vez, eu em particular, tinha pedido ao Cacosa, me dar umas dicas de atado de streamers em EP, Craft Fur e demais materiais sintéticos. É a tal coisa, você pode ver cem vezes o mesmo vídeo do Puglisi atando o Peanut Butter, outro atador atando um streamer em Craft e etc, mas nada como estar presente ao lado do cara que entende do assunto, prestando atenção em cada detalhe.

Coisas que para o atador incauto, ou inexperiente, passariam completamente desapercebida. Minúcias tais como selecionar tufos de craft, misturar EP Sparckle ao EP Normal, posição das mãos na morsa de maneira a facilitar o manuseio das fibras, além de outras tantas "manhas" que diferenciam o iniciante do experiente.

Eu sempre gostei de atar em EP, se você pesquisar aqui no Blog, vai achar alguns tantos posts falando de streamers em EP, inclusive eu achava que eu mandava bem no EP, afinal de contas, já tive muitas moscas aprovadas por Blacks, Trairas e demais predadores comumente encontrados no interior de SP. Porém minhas moscas nunca ficavam com o acabamento que eu esperava obter ou ainda, mantinham o mesmo padrão de ação na água, o que é na realidade um problema ! Atar a mesma mosca, seguindo a mesma receita, e obter ações diferentes quando você põem ela pra pescar é arriscado ! Afinal a característica que deu muito certo na primeira, pode não estar presente na segunda... Você perde a confiança no seu atado !

Pois bem, depois dessa clínica de Streammers com o Cacosa, atei uns 8 streammers em EP, os quais ficaram um tanto parecidos, tem mais ou menos o mesmo peso, e pelo menos no primeiro teste na água, ficaram com a mesma ação. O que achei bem legal, e me animou a continuar estudando o assunto para me aperfeiçoar no EP e começar a atar um pouco com Craft Fur !

Abaixo um Slide Show feito com fotos que fiz dos Streamers e demais moscas Atadas pelo amigo Carlos Cacosa ! Espero que gostem !

19 June 2011




Até uns poucos meses atráz, eu só atava pequenos streamers, poppers pequinininhos, midges, ninfas e moscas secas mais "tradicionais". Logo, eu já tinha uma boa idéia da proporção das moscas, da quantidade de material que costumava a usar em cada parte de um streammer de EP por exemplo.

Em função de uma possível pescaria no mês de setembro na amazônia ou em algum outro destino repleto de peixes grandes, valentes e mal encarados (hehe), comecei a preparar as moscas mais coringas para esse esquema de pescaria. Agora peixes grandes, valentes e mal encarados, segundo o que me disseram, respondem mais a flies maiores, mais barulhentos e volumosos.

E daí você ingenuamente pensa : "Beleza ! é só aumentar a proporção de tudo que vai ficar legal !" e depois de duas ou três tentativas mais sérias de atado você então constata : "Não é bem assim !". Foi o que aconteceu comigo... Comecei atando streammers de EP em anzol 2/0 seguindo a mesma receita que eu venho utilizando já há alguns anos para streammers menores (anzol 6,8 e miudezas no geral) apenas dobrando a quantidade de material para cada seção do streammer.

Dá minha esperiência não deu muito certo não... Entrei no Youtube, e assisti diversos videos de diversos gringos atando moscas para tarpons, bones, pikes até ter uma idéia melhor de quantidade e proporção de material. Depois de mais algumas tentativas, consegui produzir uns dois Streammers em anzol 2/0 bem dentro do que eu esperava. Mas o desafio continua, ainda tem o desafio do epoxi na cabeça da mosca, de acertar legalzinho o formato do corpo do streammer e demais pequenos detalhes.

Afinal de contas, atado é isso ai, um eterno aprendizado ! Especialmente no Brasil, que oferece desde lambari, até os grandes dourados e tucunas valentões. Ser capaz de atar de tudo um pouco, requer uma vida de aprendizado !


streammers pequenos no sol.

08 May 2011

Caniços de Bambu...

Caniços de bambu feitos pelo Beto Saldanha entre os anos de 2007-2008. Sendo estes um Macaé Especial #5, um Joan Wulf Tournament #3 e um Dickerson 801611 #5.

Sem muitas palavras !! Assistam o vídeo e tirem suas conclusões...


03 April 2011

A vida cobra...




Há algum tempo, li não sei aonde, um "pensamento" sobre o porquê muitos camaradas abandonam a pesca com mosca, ou a pesca esportiva no geral. Segundo esse tal pensamento, impreterívelmente a pesca esportiva cede as pressões profissionais e sociais modernas, e gradatativamente cede espaço as preocupações do dia a dia, até o ponto de não ter mais a menor importância na vida da pessoa que antes a praticava vorazmente.

Bom, talvez por mais que nós, mosqueiros inveterados, pescadores esportivos e demais camaradas que gostam de estar próximos a natareza, gostamos ou até prefirimos pensar que isto nunca vai acontecer conosco porém seja por este ou por aquele motivo, a vida cobra ! Sejam por cituações profissionais ou familiares, mas a verdade é que a vida nos afasta daquilo que mais temos prazer em realizar !

Estes momentos de "exílio", que nunca são fácies ou rápidos, geralmente levam o pescador a tornar-se um ex-pescador. Derrepente o ânimo de sair para pescar sucumbe-se a paranóia da situação. É difícil !! Todos sabemos que é ! A questão principal aqui é : Como seguir ? Como superar as barreiras da vida e seguir pescando ?

Lembranças... As lembranças de um dia de pesca, de uma fisgada, daquele peixe capturado com a mosca mais ridícula que você já viu na vida, as conversas e "causos" as margens de rios e lagos com os tantos amigos e parceiros. Ao fim de um dia terrível, enquanto você dirige para casa, lembre-se destas pequenas alegrias que a pesca esportiva adicionou na sua vida.

E, emprestando um pouco da sabedoria de meus pais : "Para tudo dá-se um jeito" ! Via de regra, vale exercitar a paciência ! Vale a pena manter a chama da pesca esportiva acesa, afinal de contas, basta um dia de pesca para mudar por completo a perspectiva que temos sobre a vida, o universo e tudo mais !

E como exemplo, cito o que eu vinha vivendo nos últimos sete meses. Eu não saia para pescar desde meados de agosto de 2010. Tinha acabado de mudar de emprego, passei por algumas situações um pouco complicadas também, e quando tudo parecia que ia entrar no lugar, começam as chuvas !! E continua chovendo ! E quando não chove tenho que trabalhar no fim de semana, e quando não trabalho chove !

Finalmente, no último fim de semana de março/2011, a convite do meu irmão, fomos pescar Black Bass na Fazenda Kiri (Piedade SP). Eu não precisei neim de 5 arremessos para re-encontrar o grande barato que é a pesca com mosca ! Graças à um voraz Black bass que atacou meu pequeno popper preto no instante com que este encostou na água, minha vontade por pescar, por atar novas moscas estava começando a se renovar !

Mais alguns arremessos e sou agraciado com mais alguns "Blackinhos", todos no Popper !
Eu sei, e concordo, pescar em PP, por melhor que seja o lugar não é tão legal quanto na natureza, mas tem sua utilidade ! Especialmente em tempos difíceis...

Seguimos pescando (quando a chuva dá uma trégua) e planejando as próximas pescarias, pois para tudo dá se um jeito !

22 March 2011

Por falta de assunto...

Galera,

Só tem chovido, quando não chove eu to trabalhando, quando não to trabalhando chove... Tá difícil acertar um bom fim de semana para ir pescar, testar iscas novas, melhorar o atado e tudo mais que costumo colocar aqui no blog.

Para quebrar o galho, segue um video muito engraçado que achei hoje no Youtbe...


23 January 2011

Em dias de chuva...




Que está complicado sair para pescar, creio que todo pescador Brasileiro já sabe (ou ao menos para nós aqui de SP/RJ/SC e etc) A impiedosa chuva, vem impiedosamente lavando os planos "pescativos" dos fins de semana.

Estes dias olhei para o equipamento de pesca, e senti uma certa tristeza, pois pensei : "Tanto equipamento, para ficar guardado empoeirando". De fato, talvez eu tenha mais equipamento do que o de fato necessário, talvez tenha mais moscas e material de atado do que eu e meus tataranétos um dia vão usar...

São nestes momentos em que bate o desânimo que temos que empregar a criatividade e achar algo legal, ou ao menos construtivo para interagir com o mundo da pesca esportiva... Do contrário perdemos o interesse, e o que um dia foi vetor de grande alegria, torna-se apenas um ˜treco˜ empoeirando em um canto do quarto...

Eu, resolvi juntar duas coisas que gosto muito : Material de atado e fotografia. Como já tinha algum tempo que eu não abria as caixas em que guardo o material de atado, e aproveitando o pouco de sol da tarde de hoje, tirei todo o material para fora, para tomar um sol, de maneira a evitar a formação de mofo. Uma vez que o material estava todo espalhado, aproveitei a chance para sair fotografando, ao menos uma parte do material.

O resultado, compatilho com todos os camaradas pescadores esportivos, que assim como eu, encontram-se "empoeirando" ou ainda "Mofando" em casa !



Você pode se perguntar : "Mas por quê este sujeito não está atando ?". E eu lhe respondo, fiz moscas demais ano passado ! De streammers grandes para trutas, epezinhos para blacks, e montes de midges para lambaris, tenho muito de tudo !! Preciso gastar um pouco de mosca para poder atar mais !

Até por quê atar moscas fica muito mais interessante quando você faz moscas após voltar de uma pescaria cheio de idéias na cabeça, novas cores, um tamanho diferente, o que funcionou do que não funcionou e por aí a fora! Talvez, durante esta semana, se der tempo, eu faça algumas moscas de "treino" aquelas que você ata para não perder a técnica... Tipo umas parachutes, umas Adams, um epezinho e por aí a fora...